ACI e Taxa Selic: entenda os benefícios do Aporte de Capital Internacional

23 de setembro de 2022 Off Por Ray Santos
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Segundo Luciano Bravo, CEO da Inteligência Comercial e Country Manager da Savel Capital Partners, o Aporte de Capital Internacional (ACI) deve crescer diante do aumento das taxas de juros

São Paulo, 23 de setembro do ano 2022 – O Banco Central do Brasil (BC) divulgou seu Relatório de Estabilidade Financeira, publicação semestral que traz o panorama da evolução recente e as perspectivas para a estabilidade financeira no Brasil, com foco nos principais riscos e na resiliência do Sistema Financeiro Nacional (SFN).

Um dos pontos abordados pelo documento é a implementação de novas Linhas Financeiras de Liquidez (LFLs) em novembro de 2021 pelo BC e como ela possibilita a obtenção de liquidez a partir do estoque de títulos privados em carteira.

“A criação das LFLs auxilia a gestão da liquidez pelas instituições porque permite a obtenção de empréstimos utilizando como garantia o estoque de títulos privados que atendam a um conjunto de características”, esclarece Luciano Bravo, CEO da Inteligência Comercial, empresa pioneira no segmento de crédito internacional e Country Manager da Savel Capital Partners

Segundo ele, o Aporte de Capital Internacional (ACI) representa a cooperação ou subsídio realizado em valores do exterior. Trata-se de uma grande alternativa para a estabilização, expansão e crescimento, mesmo em contextos históricos, societários e pessoais complexos. “Enquanto uma empresa de médio porte dificilmente encontra crédito fácil e abundante para seu desenvolvimento sustentável e financeiro por aqui, em outros países a história é diferente”, afirma ele, lembrando que no Brasil é impossível uma empresa aportar acima de 30% de seu faturamento, por conta da legislação vigente. “Já, nos Estados Unidos e na Europa esse limite não existe”, explica o especialista.

Ele acredita que este movimento tende a aumentar por conta da elevação da Taxa Selic. “Ela é a principal ferramenta que o Banco Central usa para controlar o volume de recursos em circulação. Por isso, quando a economia está aquecida e os preços começam a subir a ponto de minar a meta de inflação, a Selic é elevada. Com juros mais altos, fica mais caro tomar crédito — e não só para os consumidores, como também para as empresas e o próprio governo. Isso desestimula o consumo e ajuda a controlar os preços”.

Ele prossegue lembrando que o crescimento do crédito amplo continuou condizente com os fundamentos econômicos. O crescimento do crédito bancário para pessoas físicas acelerou, com destaque para as modalidades com maiores.

Além disso, o BC instituiu e regulamentou, por meio da Resolução BC 110, de 1º de julho 2021, duas novas linhas de liquidez destinadas ao gerenciamento de descasamentos temporários de fluxo de caixa de curto prazo (Linha de Liquidez Imediata — LLI) e ao atendimento de necessidades de liquidez decorrentes de descasamentos entre operações ativas e passivas de IFs, abrangendo operações de até 359 dias (Linha de Liquidez a Termo — LLT).

As linhas são operacionalizadas contra uma cesta de garantias de títulos privados. “São recursos que equivalem a 9,5% dos ativos líquidos do SFN”, detalha Bravo, lembrando que entende-se como crédito bancário os instrumentos de dívida privada do mercado de capitais e dívida externa internalizada.

“O crédito bancário às MPMEs desacelerou com o encerramento dos programas governamentais, mas permanece crescendo em ritmo acima do observado no período pré-pandemia. As empresas de maior porte, por sua vez, acessam principalmente o mercado de capitais, que permaneceu aquecido. Os valores em dólares das captações externas internalizadas não se alteraram”, afirma o especialista.

O apetite ao risco das IFs seguiu aumentando, com destaque para algumas modalidades de crédito para famílias que possuem maiores retornos e, consequentemente, maiores riscos. Segundo o documento, ao longo de 2021, e em especial no segundo semestre, o crédito não consignado cresceu principalmente em operações que possuem maior risco. “Houve aumento das operações rotativas nos cartões de crédito e o perfil de risco nas contratações de financiamento de veículos manteve-se elevado”.

Por fim, ele ressalta que no caso do crédito imobiliário, apesar de as contratações permanecerem historicamente elevadas, elas arrefeceram em razão do aumento das taxas de juros.

Sobre a Inteligência Comercial / Savel Capital Partners

A Inteligência Comercial / Savel Capital Partners é uma empresa pioneira no segmento de crédito internacional, focada na estruturação de negócios, que utiliza ferramentas como o Aporte de Capital Internacional (ACI) e execução de serviços especializados na área financeira para outras empresas brasileiras.

MGA Press


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