Operação no Guarujá chega a 28 mortos em pouco mais de um mês

Operação no Guarujá chega a 28 mortos em pouco mais de um mês

5 de setembro de 2023 Off Por Ray Santos
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Do último sábado até segunda, 4, foram registradas ao menos uma morte por dia

Redação Terra Redação Terra 

5 set 2023 – 18h13
(atualizado às 18h18)
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A Operação Escudo vai completar 40 dias
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Prestes a completar 40 dias, a Operação Escudo, no Guarujá, litoral de São Paulo, atingiu a marca de 28 mortos até a última segunda-feira, 4. Foram registradas uma morte por dia de sábado, 2, à segunda.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) afirmou que a operação continua ativa “para sufocar o tráfico de drogas e combater o crime organizado na Baixada Santista”.

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A operação teve início no dia 28 de julho, após a morte do soldado Patrick Reis, das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota). As primeiras ações contaram com a participação de ao menos 600 homens de equipes especializadas das polícias Civil e Militar do litoral paulista.

Pedidos pelo fim da operação

Antes mesmo das mortes registradas no fim de semana, o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) recomendou, na sexta-feira, 1, o encerramento da operação. Naquele momento, a Polícia Militar já havia matado 24 pessoas – todas, segundo a SSP, em confronto.

Ainda no mês de julho, poucos dias depois do início da Operação Escudo, o Ministério Público de São Paulo também se pronunciou. O órgão disse que vai investigar a atuação da PM no caso. Na ocasião, 10 mortes haviam sido confirmadas em três dias.

O que diz a SSP

Segundo a SSP, de 28 de julho a 4 de setembro, 958 pessoas foram presas. A secretaria informou que, deste número, 382 – ou seja, cerca de 40% – eram procurados pela Justiça e estavam foragidos. A corporação afirma ainda ter apreendido 117 armas e 966,5 kg de entorpecentes durante esse período.

Os casos de morte decorrentes de intervenção policial estão sendo investigados pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), de Santos, com o apoio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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Fonte: Redação Terra


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