Participantes de congresso internacional sobre seguro rural conhecem tecnologias da Embrapa Cerrados

Balizador do seguro rural no Brasil, o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) foi apresentado pelo pesquisador Fernando Macena

XVIII Congresso Internacional da Associação Latino-Americana para o Desenvolvimento do Seguro Agropecuário (Alasa), realizado em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) de 7 a 10 de abril em Brasília, foi finalizado com a apresentação de tecnologias e experimentos da Embrapa Cerrados (DF) no centro de pesquisa e na Fazendas Entre Rios, no Paranoá (DF), na última quinta-feira (10).

Voltado ao fortalecimento das relações entre os países latino-americanos e à discussão dos desafios dos seguros rurais frente às demandas do campo, o evento reuniu representantes de empresas seguradoras e resseguradoras, autoridades governamentais, produtores rurais, organizações do setor agropecuário, além de agentes de organismos internacionais de desenvolvimento e de instituições financeiras. 

A programação contou com conferências, painéis e mesas-redondas com especialistas, apresentados por 47 conferencistas – entre eles, a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá –, moderadores e apoiadores de 26 países.

Além das visitas à Embrapa Cerados e à Fazenda Entre Rios, um terceiro grupo de participantes visitou a Fazenda Malunga, no PAD-DF, Distrito Federal.

O chefe-geral da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro, pontuou que a política do seguro agrícola ainda é pouco utilizada frente à extensa área de produção, e portanto a troca de experiências com a Alasa é fundamental. “Nossa Unidade tem hoje cerca de 500 tecnologias.

Grande parte já foi adotada e impacta a sociedade de forma importante, contribuindo para o rápido crescimento da agricultura brasileira”, disse.

Ele apontou o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), nascido na Unidade, como uma das tecnologias mais impactantes para o crescimento do Brasil e o protagonismo do Cerrado no desenvolvimento agrícola nacional nos próximos anos.

“Aqui se concentra a maior parte das pastagens degradadas, e o solo e o clima são adequados para a produção agrícola e pecuária em alto grau de sustentabilidade”.

Zarc mitiga riscos de perdas com adversidades climáticas

Zarc foi apresentado pelo pesquisador Fernando Macena. Trata-se de uma ferramenta de apoio aos instrumentos de política agrícola e gestão de riscos na agricultura, com o objetivo de diminuir a exposição dos recursos públicos para crédito e seguro a riscos relacionados aos fenômenos climáticos adversos (como seca, chuva excessiva e granizo) ao permitir a identificação, em cada município, da melhor época de semeadura de 44 culturas agrícolas em diferentes classes de textura de solo e ciclos fenológicos.

Dessa forma, o Zarc orienta o produtor (tomador de crédito) e o agente financiador sobre as épocas mais adequadas (e menos vulneráveis) para o plantio, conferindo maior segurança ao financiador e ao financiado.

Com base em parâmetros de clima (dados históricos de chuvas e a evapotranspiração de referência do local), de solo (capacidade de armazenamento de água) e da cultura (ciclos e fases fenológicas, coeficiente de cultura e profundidade do sistema radicular), os pesquisadores calculam o Índice de Satisfação da Necessidade de Água (ISNA) da planta.

O ISNA é avaliado sobretudo nas fases de germinação e de florescimento e enchimento de grãos, que são as mais críticas.

“Analisamos essas duas fases para termos a garantia de que haverá água para as plantas germinarem, e de que haverá água para os grãos encherem”, explicou Macena.

A partir dessas informações, são gerados mapas e tabelas que indicam os níveis de riscos de ocorrência de eventos climáticos em cada decêndio (período de 10 dias) ao longo do ano para cada tipo de solo num dado município, determinando assim a janela ideal de plantio.

Política pública do Mapa desde 1996, o Zarc tem promovido uma economia média de R$ 5,9 bilhões anuais aos cofres públicos, sendo de uso obrigatório no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR); no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro); no Proagro Mais e no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf); também podendo ser utilizado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

A ferramenta é atualizada para cada cultura a cada cinco anos e recebe contribuições de mais de 100 pesquisadores de 32 unidades de pesquisa da Embrapa e de instituições parceiras.

As informações geradas pela pesquisa são validadas junto aos produtores das diferentes regiões brasileiras e só então encaminhadas ao Mapa, que edita as portarias que regulamentam o uso do Zarc pelas instituições de seguro e crédito agrícola.

Entre as inovações adotadas nos últimos anos, Macena citou a nova metodologia para estimar a água disponível no solo em função da textura – além do teor de argila foram incorporados, a partir de 2023, o percentual de silte e de areia, alterando a classificação dos solos de três (argiloso, médio e arenoso) para seis tipos ajustados, o que aumentou a riqueza e a precisão dos dados.

No momento, está em estudo o cálculo do Zarc conforme quatro níveis de manejo determinados por uma escala de indicadores (semeadora em nível ou em contorno; saturação de bases na camada de 0 a 20 cm do solo; teor de cálcio; saturação de alumínio; tempo sem revolvimento do solo; porcentagem de cobertura do solo com palhada antes da semeadura; e diversidade de culturas nos três últimos anos agrícolas).

Quanto mais alto o nível de manejo, maior será a janela de plantio com menores riscos climáticos.

Macena acredita que essa inovação será um indutor de tecnologias.

“O produtor que está no nível 1 quer chegar ao nível 4. Ele consegue melhorar o nível de produção fazendo plantio direto, rotação de culturas, corrigindo o solo, aplicando gesso agrícola e assim por diante.

São práticas que não só aumentam a produtividade como também melhoram a conservação do solo e dos recursos hídricos, aumentam a infiltração de água, o aprofundamento radicular e o estoque de carbono no solo”, disse, acrescentando que a ideia é conceder maior subvenção para quem protege o solo e os recursos hídricos e fixa carbono.

BioAS e ILPF poderão ser contempladas no Zarc

A pesquisa também busca incorporar ao Zarc tecnologias como a Bioanálise de Solo (BioAS) e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).

Lançada em 2020, a Bioanálise de Solo (BioAS) agrega o componente biológico às análises laboratoriais de solo, que até então estavam associadas somente à química e à granulometria do solo. “A biologia do solo é a base da saúde e da qualidade do solo, está associada aos componentes vivos e mais ativos, aqueles que são mais sensíveis às alterações do manejo do solo”, explicou o pesquisador Fábio Bueno. 

A BioAS se baseia na atividade de duas enzimas do solo (beta-glicosidase e arilsulfatase) como indicadores biológicos de saúde do solo.

Elas apresentam maior sensibilidade para mostrar efeitos das mudanças de manejo do solo; estão associadas ao funcionamento do solo (ciclagem de carbono e enxofre, respectivamente); estão correlacionadas a diversos indicadores microbianos; e mostram resultados precisos e consistentes, constituem uma metodologia de simples condução, com procedimentos analíticos relativamente baratos. 

“A atividade dessas enzimas se correlaciona muito bem com a produtividade de grãos, que é o aspecto econômico, e com a matéria orgânica do solo, que é o aspecto ambiental”, disse o pesquisador, apontando que solos mais saudáveis apresentam menores populações de fitonematoides, melhor eficiência no uso de nutrientes, melhor potencial de biorremediação de pesticidas, melhor qualidade dos alimentos e maior resistência dos cultivos frente aos estresses abióticos.

Na BioAS, são feitos os mesmos procedimentos de coleta de amostras para a análise química do solo, utilizando a camada de 0 a 10 cm de profundidade, onde se concentra a atividade biológica do solo e há maior influência das plantas.

Os valores da atividade das duas enzimas são interpretados a partir de algoritmos formatados com base nos mesmos princípios da calibração de nutrientes do solo, como a correlação com o gradiente de rendimento de grãos, a matéria orgânica do solo e o teor de argila do solo.

A pesquisa reuniu os atributos químicos e biológicos do solo em funções – ciclagem de nutrientes (enzimas), armazenamento de nutrientes (matéria orgânica e capacidade de troca de cátions) e fornecimento de nutrientes (teores de nutrientes e acidez do solo) – que são pontuados de 0 a 1 e formam o Índice de Qualidade FertBio.

No momento, a BioAS está calibrada para cultivos anuais no Bioma Cerrado e no Sul do Brasil. Ajustes nos algoritmos estão sendo feitos para as culturas da cana de açúcar, café, pastagens e eucalipto. O laudo da tecnologia funciona em sistemas de cores que indicam escores muito baixo (sistema de manejo inadequado), baixo, moderado, alto e muito alto (sistema de manejo adequado).

“Conseguimos ver a capacidade do solo de ciclar, armazenar e suprir nutrientes. É uma nova visão sobre solos, que vai além das informações sobre falta ou excesso de nutrientes”, comentou Bueno.

A Embrapa estabeleceu uma rede de inovação, que atualmente conta com 33 laboratórios comerciais, que foram capacitados para a realização das análises biológicas de solo utilizando os protocolos da BioAS. Dados de mais de 50 mil análises já foram enviados a uma interface web (Módulo de Interpretação da Qualidade do Solo), onde são analisados por algoritmos de interpretação, gerando os laudos para o agricultor. 

“A BioAS é capaz de mostrar se o solo está saudável, adoecendo, doente ou em recuperação”, disse o pesquisador mostrando exemplos de laudos que ilustram cada situação, diretamente correlacionada ao tipo de manejo adotado. Ele também mostrou, de acordo com os laudos, que solos saudáveis ou em recuperação produzem mais grãos que solos adoecendo e doentes.

A parceria com os laboratórios tem possibilitado a formação de um banco de dados sobre a saúde do solo no Brasil, que pode ser visualizada em mapas, por município e por estado. “Acreditamos que esse banco de dados, que cresce a cada dia, pode ser uma ótima ferramenta para programas que busquem melhorar a qualidade do solo em nível municipal, estadual ou federal”, apostou Bueno. 

Ele apontou que para se ter solos saudáveis é preciso adotar práticas de manejo como aumentar a diversidade de plantas, revolver o solo o mínimo possível, utilizar plantas vivas para cobrir o solo, formar palhada, manter animais na área quando possível e o ingresso de árvores no sistema, que constituem uma agricultura baseada em processos e não apenas no uso de produtos.

“Saúde do solo e manejo agrícola estão intimamente relacionados. E sabemos que cultivos agrícolas em solos saudáveis têm menor risco. Com isso, estudamos a possibilidade de ingresso da BioAS no Zarc”, finalizou. 

Os pesquisadores Roberto Guimarães Jr. e Robélio Marchão abordaram os sistemas de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta na vitrine de ILPF da Embrapa Cerrados.

Guimarães destacou a necessidade do desenvolvimento de tecnologias que promovam o aumento da produtividade agropecuária com segurança e menor impacto ambiental possível, citando dados do Banco Central do Brasil sobre as principais causas de pagamento de seguro do Proagro entre 2019 e 2024: seca (62%), chuva excessiva (20%) e geadas (9%). 

“Precisamos desenvolver sistemas mais adaptados às mudanças extremas de temperatura que vêm, de fato, ocorrendo. A Embrapa tem um portfólio de tecnologias que podem atender a diferentes condições de clima, de solo e de tipos de produtores”, lembrou o pesquisador, explicando que a ILP e a ILPF combinam diferentes sistemas agrícolas e pecuários na mesma área e no mesmo ano agrícola. Estima-se que os diferentes sistemas de integração sejam utilizados em cerca de 20 milhões ha no País.

Entre as possibilidades de integração, pode-se cultivar uma primeira safra soja no verão, seguida por segunda safra de milho consorciada com pasto; após a colheita do milho, tem-se a pastagem estabelecida (terceira safra) e a quarta safra de animais; uma quinta safra de palhada, que pode ser usada no plantio direto da safra de verão subsequente; e ainda uma sexta safra de serviços ecossistêmicos prestados pelas culturas.

Guimarães detalhou o sistema Antecipe, que antecipa, com segurança, o plantio do milho safrinha nas entrelinhas da soja em 20 dias antes da colheita da oleaginosa, com o uso de uma máquina plantadeira específica.

Também pode ser feito, nesse sistema, a semeadura do milho junto com a pastagem antes da colheita da soja. De acordo com experimentos na Embrapa, é possível obter 0,8 a 1,5 sc/ha a mais de milho para cada dia de antecipação do plantio da cultura.

“Isso representa segurança, produtividade e renda para o produtor”, comentou.

O pesquisador ressaltou que os sistemas integrados têm grande oportunidade de incrementar as produtividades no Brasil.

“Hoje, podemos tranquilamente duplicar a produção agrícola e pecuária sem desmatar um hectare, apenas intensificando de forma sustentável as áreas, principalmente as com pastagem de baixa produtividade, que são um grande nicho para uso da ILP e da ILPF”, comentou, apontando que a área estimada de pastagens de baixo vigor no País é de 36 milhões ha; desses, 28 milhões ha apresentam alta aptidão para serem renovados com agricultura. 

Dados de pesquisa mostram aumentos de produtividade até 10 vezes em pastos renovados após a lavoura.

Os custos de implantação são amortizados pela venda dos grãos e de silagem, sendo muito mais baixos que os de uma renovação convencional de pastagem.

Além disso, não há a necessidade de adubar a pastagem, que aproveita os fertilizantes residuais da cultura agrícola.

A introdução do componente florestal no sistema integrado contribui para o aumento da produtividade animal devido ao conforto térmico promovido pela sombra das árvores, de acordo com dados de estudo realizado com vacas zebuínas na Unidade.

Os animais à sombra não apenas produziram mais leite como também mais folículos ovarianos e embriões.

Entre os benefícios para o componente agrícola, a palhada deixada pela pastagem promove aumento da ciclagem de nutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio no solo.

Além disso, as raízes das gramíneas forrageiras conseguem retirar, em camadas mais profundas, nutrientes que os cultivos agrícolas solteiros não acessariam.

Esses benefícios contribuem para o uso mais eficiente dos fertilizantes.

O aprofundamento das raízes da gramínea forrageira proporciona, ainda, o aumento da infiltração de água no solo, maior fixação de carbono e maior atividade microbiana em relação aos sistemas com lavouras ou pastagens contínuas, conforme resultados de experimentos – uma área com ILP acumulou sete vezes mais carbono em 11 anos, média de cerca de 5 tCO2eq/ha/ano.

“Percebemos que a pecuária e a agricultura conduzidas dessa maneira sequestram mais carbono que emitem”, afirmou.

Os pesquisadores também constataram, nos sistemas integrados, a relação direta entre raiz, matéria orgânica do solo e conteúdo de água no solo.

“Mais água no solo representa mais segurança para produzir. Temos observado em produtores que têm constantemente utilizado a palhada, sobretudo em solos mais frágeis, que isso muitas vezes representa a lucratividade ou não num ano de veranicos”, comentou Guimarães.

Uma compilação de ciclos de cultivo observados em 16 fazendas e campos experimentais em diversos locais, tendo como única variável a presença da gramínea forrageira com ou sem animais, mostrou incremento de 11 sc/ha na soja.

“Isso representa não apenas segurança, mas também produtividade, além de fazer com que o produtor permaneça no campo produzindo alimento de forma saudável”, justificou o pesquisador.

Ele mostrou dados do balanço dos gases de efeito estufa (GEE) em sistemas ILP e ILPF e pastagens na Embrapa Cerrados e em outras áreas – foram medidas, durante seis anos, as emissões de metano pelo gado e de óxido nitroso pelo solo a partir dos cultivos agrícolas, bem como o carbono estocado no solo e no tronco das árvores.

Em pastos de baixa produtividade o balanço foi desfavorável em 910 kgCO2eq/ha/ano. A ILP anulou todas as emissões de metano e óxido nitroso dos componentes agrícola e pecuário e capturou cerca de 900 kgCO2eq/ha/ano. Já a ILPF, graças ao grande poder de sequestro de carbono pelas árvores de eucalipto, obteve balanço favorável de 22 tCO2eq/ha/ano, mostrando que é possível produzir com menor impacto ambiental.

Com base nesses resultados, a pesquisa tem buscado a certificação de produtos agrícolas e pecuários produzidos em sistemas de baixo impacto ambiental, desenvolvendo, em parceria com o setor privado, selos como Soja Baixo Carbono, Soja Carbono Neutro e Carne Carbono Neutro.

“Se forem adotadas todas essas boas práticas, hoje a agricultura e a pecuária são solução para a questão das mudanças climáticas”, declarou Guimarães.

Modelos de consórcios de plantas  

Na Fazenda Entre Rios, cerca de 40 participantes do congresso da Alasa conheceram modelos de consórcios de diferentes culturas com vegetação nativa em Áreas de Reserva Legal (ARL) e de Proteção Permanente (APP) que incrementam os serviços ecossistêmicos que protegem a agricultura, como polinizadores e a conservação de água e de solo.

Apresentado pelo pesquisador Felipe Ribeiro e por José Brilhante Neto, um dos proprietários da fazenda, o trabalho é resultado de 12 anos de projetos voltados à recuperação de vegetação nativa e ao uso sustentável de propriedades rurais por meio de sistemas integrados.

Ribeiro apontou a preocupação com a adoção de boas práticas agropecuárias que vão ajudar a dar mais sustentabilidade para a produção agrícola e, assim diminuir, o preço do seguro rural. “Um consórcio de plantas oferece maior segurança para que o produtor consiga fazer mais de uma safra dentro do mesmo ano e tenha mais retorno econômico durante esse ano. Assim, qualquer problema que ele possa ter com a cultura que ele esteja plantando vai ser minimizado de uma certa maneira”, comentou.

O coordenador de Inteligência Comercial e Defesa de Interesses da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Felipe Spaniol, ressaltou que a pesquisa e a ciência são a base da revolução da agricultura e da pecuária do Brasil, que leva em conta o meio ambiente, o aumento da renda e a melhoria da vida da população que vive no campo.

“Em eventos assim, em que conseguimos trazer um público internacional para conhecer, na prática, a realidade da produção agropecuária brasileira, levamos informações sobre o que o País vem fazendo de bom. Isso vai nos colocar num patamar de reconhecimento das boas práticas e nos posicionará como solucionadores dos grandes problemas globais”, completou.

Jaine Cubas, assessora técnica na coordenação de Sustentabilidade da CNA, lembrou o papel da pesquisa científica para o estabelecimento e a compreensão de metodologias adequadas para apoiar os produtores rurais na recuperação produtiva de passivos ambientais e de áreas de Reserva Legal (ARL) ou de Preservação Permanente (APP) que sofreram algum tipo de supressão vegetal, utilizando espécies de plantas com valor agregado que contribuam para a conservação dos recursos naturais e tragam retorno econômico.

“Modelos como o apresentado aqui trazem uma segurança para o produtor. É um modelo que foi pensado para trazer oportunidades para o produtor na hora de recuperar as áreas degradadas. Conseguimos aliar a produção com a preservação dos recursos naturais”, disse, lembrando que o próprio Código Florestal brasileiro preconiza o equilíbrio entre produzir e conservar.

Para José Brilhante Neto, a visita foi uma importante oportunidade para mostrar a resiliência dos sistemas que integram lavoura, pecuária e floresta a um público internacional voltado à seguridade rural.

“Vemos que esses sistemas que já implantamos numa parte da fazenda são mais resilientes. São sistemas que o produtor pode adotar e auferir renda em diversas categorias; no nosso caso, grãos, pecuária com a raça Guzerá e ainda temos o aporte da árvore em si. Quando você tem um sistema mais resiliente, os riscos na sua produção são menores, isso diminui problemas. Então, vejo uma grande vantagem”, afirmou.

Breno Lobato (MTb 9417/MG)
Embrapa Cerrados

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