A formalização digital está alinhada com o ESG?
11 de novembro de 2022Por Luiz Rodrigues
Há tempos as empresas vêm envidando esforços para se alinharem a ações que visam atenuar os impactos causados pelo crescimento desenfreado do mercado. Embora o objetivo das companhias, por óbvio, seja majorar os lucros para se manter no mercado, o crescimento sem critérios, sem planejamento e sem ética traz benefícios efêmeros.
Assim sendo, foi com esta visão e preocupação que nasceu o acrônimo ESG (Environmental, Social and Governance), “cunhado em uma publicação de 2004, do Pacto Global da ONU, em parceria com o Banco Mundial, chamada Who Cares Wins. Surgiu de uma provocação do secretário geral da ONU, Kofi Annan a 50 CEO’s de grandes instituições financeiras, sobre como integrar fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais” (fonte: Pacto Global).
Nesse sentido, nada mais importante que unir as ações que até então já vinham sendo realizadas por muitas empresas e que agora ganham um caráter mais formal e de transparência. Isso facilita a avaliação do quanto as empresas estão aderentes e em conformidade com tais práticas.
Sob esse ponto de vista, o “E” de Environmental, nada mais é que a convergência das ações de sustentabilidade, como a conservação ou redução do impacto ambiental, pegada de carbono, eficiência energética e gestão de resíduos.
Já o “S” de social, envolve todos os colaboradores, investidores, fornecedores, comunidades no entorno, com intuito de criarem mecanismos positivos, seja no ambiente de trabalho, como ações voluntárias e outros temas correlatos como a privacidade e a proteção de dados.
Por fim, o “G” de governança, é a tradução de maior transparência de indicadores de gestão dos negócios e sua conformidade ou compliance com padrões e práticas estabelecidas.
A formalização digital e o seu alinhamento com o ESG
A crescente prática do paperless (Escritório sem papel), que ganhou maior ênfase no período de pandemia, consolidou de vez o uso do meio digital para a formalização de documentos eletrônicos com total validade jurídica. Contudo, a insegurança e as dúvidas sobre sua aplicabilidade e sua aceitabilidade no mercado foi substituída pela necessidade impositiva de que os documentos precisavam seguir seu fluxo e o meio digital foi a única alternativa viável.
Hoje há um reconhecimento de que essa prática está muito alinhada às questões ambientais, uma vez que ela contribui com a redução de papel, que por sua vez impacta positivamente na redução de consumo de água, energia elétrica e emissão de CO2. Fatores esses, necessários no processo de fabricação do papel e também oriundos dos escapamentos dos meios de transportes utilizados para levar e trazer documentos.
Nesse contexto, a proteção e a privacidade de dados, hoje muito necessárias e embasadas na LGPD, são proporcionadas por plataformas robustas que garantem a tramitação destes documentos com o uso de criptografia e outros recursos tecnológicos que protegem o seu acesso e seu entendimento.
Por fim, para atender à governança nos quesitos de rastreabilidade e auditoria, estas devem ser supridas pelas mesmas plataformas que dão segurança aos documentos e seus signatários.
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