Alunos da Escola Sesi são protagonistas de projetos de pesquisa na 12ª Fetec MS
29 de outubro de 2022Imagine que a Princesa Triunfo, filha do Rei Saúde, foi raptada pelo malévolo Sedentarismo e aprisionada em frente a um computador. Só um herói de coração puro e hábitos saudáveis poderá salvar a princesa das mãos dessa criatura vilanesca. Esse é o enredo de história de aventura trazido pelo jogo de tabuleiro Tech Vikings, no qual o jogador precisa praticar atividades físicas para completar a missão e derrotar o sedentarismo.
O jogo foi criado e desenvolvido por alunos da Escola Sesi de Naviraí e está sendo apresentado na 12ª edição da Fetec MS, a maior feira de ciências, tecnologia e inovação do Estado. O evento, realizado nesta semana no ginásio Moreninho, na UFMS, reúne até sábado (29/10) centenas de alunos de escolas públicas e particulares de Mato Grosso do Sul.
No estande dedicado ao projeto Tech Vikings, a estudante Nicolle Emanuelle de Souza Neves, do 8º ano do ensino fundamental, explica aos visitantes como surgiu a ideia de criar o jogo.
“Durante a pandemia, percebemos que muitas pessoas ficaram sedentárias, principalmente crianças e adolescentes. O sedentarismo leva a várias doenças, como obesidade, ansiedade e problemas cardiovasculares. Para resolver esse problema de uma forma lúdica, criamos o jogo TechVikings. O tabuleiro é constituído por 28 casas que trazem vários exercícios físicos, além de cartas especiais que exploram a criatividade do participante”, explica a aluna.
O jogo possui tabuleiro, cartas e peças criados pelos alunos do ensino fundamental e médio da Escola Sesi. O tabuleiro TechVikings já conseguiu bons resultados em feiras de ciências de âmbito regional e nacional. Para Nicole, participar da Fetec MS tem sido uma experiência incrível. “Nunca pensei estar passando por isso. Meu time de robótica do Sesi me proporciona tudo isso. A cada feira, a gente ganha mais conhecimento”, completou.
Estudante mergulha na “modernidade líquida” para investigar ansiedade social
Você conhece o conceito de “modernidade líquida”? A expressão, cunhada pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman, diz respeito a uma nova época em que as relações sociais são frágeis e maleáveis, como os líquidos. Para o autor, as relações econômicas sobrepuseram-se às relações sociais e humanas, permitindo que os laços entre as pessoas ficassem cada vez mais fugazes.
Esse tema tão instigante despertou a curiosidade da aluna Amanda Paschoalino Silva, do 3º ano do ensino médio da Escola Sesi de Campo Grande. A estudante se aprofundou no assunto para desenvolver um projeto de pesquisa que busca estabelecer relação entre a ansiedade generalizada e o aumento da liquidez nas relações humanas.
Segundo a aluna, a ideia é aplicar um formulário entre jovens de 12 a 23 anos, para obter a resposta do problema central: por que os jovens de Campo Grande estão cada vez mais inseridos dentro do conceito de modernidade líquida? Estreante em feiras de ciências, Amanda diz que a iniciação científica tem facilitado sua escolha por uma carreira profissional.
“Entrei na Escola Sesi no 1º ano do ensino médio, e desde então percebi que o que me motiva a construir as coisas práticas da minha vida são as questões sociais. Quando comecei a estudar esse projeto, encontrei algo que gosto e que me interessa na área de ciências humanas e sociologia.
Alunos se tornam protagonistas na feira de ciências
Para a maioria dos alunos, a participação em uma feira científica representa a culminância de um projeto que vem sendo desenvolvido há anos no ambiente escolar. Durante o evento, eles precisam demonstrar autoridade no assunto para apresentar ao público leigo as premissas, o desenvolvimento e a conclusão dos temas pesquisados.
O professor de física da Escola Sesi de Três Lagoas, Denis Welton da Silva Nascimento, destaca a importância de os alunos participarem de eventos como esse. “A feira é uma ótima oportunidade para os alunos trocarem experiências e conhecerem ideias que podem ser agregadas em seus projetos. A feira proporciona o desenvolvimento de várias habilidades que vão fazer muita diferença na vida profissional e acadêmica desses estudantes”, conclui.
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Fotos: Fiems