Carros usados e seminovos estão em alta e requerem cuidados na hora da compra; confira quais
4 de novembro de 2022Algumas recomendações são pouco habituais entre motoristas, mas são essenciais para valorizar os veículos e evitar problemas
(Crédito: iStock)
Comprar carros usados e seminovos é uma prática muito comum para os brasileiros, que, popularmente, buscam opções mais acessíveis e de maior custo-benefício como alternativa aos altos preços dos novos.
Essa procura aumentou recentemente e acendeu o alerta para alguns cuidados a serem lembrados pelos motoristas.
Após a intensa crise automobilística gerada pela pandemia – a maior desde 1950 –, a venda dessa categoria de automóveis disparou no país em 2022.
De acordo com a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), mais de 7 milhões de unidades já foram vendidas neste ano. Em 2021, cerca de 9 milhões de carros usados ganharam novos donos no Brasil.
O setor, diante da alta demanda, vai ser ainda mais explorado e exigir avaliações cuidadosas dos compradores na hora de fazer a escolha, seja por um veículo usado, que, em regra, tem mais de três anos de uso e alta quilometragem, ou seminovo, que deve ter entre dois e três anos de uso, apenas um proprietário e baixa quilometragem.
Pesquisa
Antes de fazer qualquer avaliação do carro, quando houver interesse por um anúncio, é recomendado desconfiar de ofertas muito abaixo do mercado e facilidades excessivas, procurar sempre em lojas da cidade em que mora, pesquisar em sites de grande circulação, para evitar acesso a páginas falsas na internet, e averiguar o perfil do proprietário e de intermediários, priorizando os de pessoa jurídica.
Durante a busca, observar fotos do veículo, com atenção aos detalhes, e verificar se está corretamente registrado, com os documentos em dia e sem notificações ou multas pendentes, é de suma importância.
Muito conhecido no ramo, o leilão de carros usados também pode ser procurado por compradores desse tipo de automóvel.
Avaliação
Na hora de avaliar o veículo, ou seja, a parte mais criteriosa, algumas considerações precisam ser feitas para garantir uma compra mais segura e menos impulsiva, já que essas aquisições são mais arriscadas.
Segundo a RB Consultoria Automotiva, verificar a quilometragem é essencial e pode mudar o rumo de um negócio.
Geralmente, os automóveis mais valiosos possuem quilometragem mais baixa, por isso vale ter bastante cuidado com possíveis adulterações no hodômetro – fraudes cometidas para superestimar o valor do carro.
Olhar as rodas não deve ser apenas um detalhe na avaliação. Atentar-se à marca do fabricante dos quatro pneus, medidas e desgaste, é relevante para detectar eventuais problemas estruturais ou de suspensão.
Um dos parâmetros técnicos mais analisados pelas mecânicas, o motor, apesar de ser mais difícil de ser avaliado por um usuário comum, não pode ser esquecido.
Contar com a opinião de um especialista é primordial para examinar adequadamente a condição do motor e de outros itens importantes, como o câmbio e a direção.
Outro ponto de atenção, este mais ligado à estética, é a lataria, com foco na pintura, levando em conta diferenças de cor, alinhamento de peças e quinas com escorrimento ou falhas de tinta.
Os faróis e vidros também merecem cuidado, pois impactam na valorização, conforme a RB Consultoria Automotiva.
Checar a data de fabricação dos faróis e se são originais faz a diferença, visto que, caso haja data posterior a de fábrica, pode indicar um histórico de batida frontal.
Os vidros precisam conter numeração de chassi igual a do documento do veículo.
Outras dicas válidas incluem estar atento ao estado de conservação dos bancos, sobretudo se forem de couro, e nunca depositar um sinal antecipado na hora do pagamento.
Luisa Pereira
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