Com avanços, combate à epilepsia ganha destaque no “Purple Day”

Com avanços, combate à epilepsia ganha destaque no “Purple Day”

20 de março de 2024 Off Por Marco Murilo Oliveira
Compartilhar

Data roxa busca conscientizar, prevenir, vencer preconceitos e debater tratamentos inovadores na luta contra a epilepsia

Celebrado em 26 de março, o “Purple Day” (Dia Roxo, em inglês), é a jornada global de enfrentamento à epilepsia. A data busca esclarecer e alertar sobre a doença, além de dar luz aos avanços da ciência no tratamento e prevenção.

A epilepsia é um distúrbio neurológico caracterizado por crises agudas que culminam em espasmos graves e perda momentânea de consciência, fazendo com que o paciente produza cargas elétricas excessivas num agrupamento de células do cérebro.

Ela pode variar de breves lapsos de atenção, a desmaios ou convulsões prolongadas, sendo mais prováveis em pacientes atingidos por lesões no cérebro ou por grandes infecções corporais.

Falando em números, a doença afeta 50 milhões de pessoas no mundo, montante maior do que a população de um grande país como a Espanha. Só no Brasil, atinge dois milhões de pessoas, com apenas um quarto destes pacientes com controle total de seus sintomas por meio de terapias e consultas médicas regulares.

Para além do impacto direto na saúde e rotina, a condição também afeta a vida familiar e social do doente. De acordo com Fabrício Borba, neurologista e coordenador do setor de neurofisiologia clínica do Hospital São Luiz Campinas, da Rede D’Or, a data é essencial, pois atua como uma fonte de conhecimento e acolhimento.

“É fundamental que a sociedade entenda e apoie pessoas com epilepsia, eliminando estigmas e promovendo inclusão para gerar naturalmente motivação e segurança ao paciente”, enfatiza Borba.

Inovações e opções ao paciente

O especialista destaca que o combate à epilepsia vem ganhando maior amplitude e força através de novas técnicas. 

“Os tratamentos evoluíram significativamente nas últimas décadas. Somado aos medicamentos antiepilépticos tradicionais, hoje temos opções como cirurgias pouco invasivas, estimulação cerebral profunda e terapias genéticas. Todas trazem novas esperanças aos pacientes, dando a eles um leque dinâmico de alternativas de tratamentos de acordo com os vários casos e manifestações da doença”, explica o médico do São Luiz Campinas.

Inaugurado em maio de 2023, trata-se do maior hospital privado do interior paulista, com mais de 40 especialidades e um serviço completo de diagnóstico, com o exame de Eletroencefalograma contínuo para pacientes neurocríticos, único em Campinas e região.

“A detecção e o monitoramento contínuo do EEG são essenciais para o manejo adequado de pacientes com crises epilépticas, permitindo intervenções rápidas e precisas, direcionando corretamente condutas e medicações a cada pessoa”, explica Dr. Fabrício Borba.

Agência VFR


Compartilhar