Desafio Universitário Centro de Tradições Pantaneiras premia melhor criação de marca inscrita
6 de dezembro de 2022Realizada pelo Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae/MS, competição contou com cinco finalistas para a votação online
Com uma logomarca que foca na tradição do homem pantaneiro, o acadêmico Gabriel Simplicio Nunes, da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), foi o grande vencedor do “Desafio Universitário Centro de Tradições Pantaneiras”. O resultado foi anunciado no último sábado (3), durante o evento de premiação da 10ª edição do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade, realizado no Bioparque Pantanal, em Campo Grande.
Na data, os conselheiros do Sebrae/MS, Alfredo Zamlutti, presidente do Sistema FAEMS e Fernando Ribeiro Martins, presidente da Associação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Estado de Mato Grosso do Sul (AMEMS), além do diretor de Operações do Sebrae/MS, Tito Estanqueiro, entregaram o prêmio para o universitário. Na ocasião, também foram reconhecidos os acadêmicos Felipe Pereira Mendes (UCDB) e Valeria das Dores Silva Oliveira (UEMS), que ocuparam, respectivamente, os 2º e 3º lugares.
A competição cultural foi aberta a estudantes de universidades de Mato Grosso do Sul, que enviaram propostas de marcas para compor a identidade visual do Centro de Tradições Pantaneiras (CTP), projeto que é uma iniciativa do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae/MS, para valorizar o modo de vida do povo pantaneiro, além de fomentar a economia criativa, os produtos turísticos e promover geração de emprego e renda para comunidades locais.
“Há muito tempo nós já tínhamos que ter criado essa versão do símbolo do Pantanal. Esse concurso foi muito bem-feito, são artistas modernos, e o vencedor merece o prêmio. Esta iniciativa está valorizando aqueles homens pantaneiros que estão lá, há mais de 200 anos, cuidando desse patrimônio da humanidade”, destacou o conselheiro do Sebrae/MS e presidente do Sistema Faems, Alfredo Zamlutti.
Segundo o diretor de Operações do Sebrae/MS, Tito Estanqueiro, a competição buscou promover o bioma. “Ao lançar a possibilidade de acadêmicos participarem e criarem essa identidade, foi a oportunidade de eles interagirem com as instituições que estão no mercado e queremos promover ainda mais o bioma Pantanal, mostrando que é uma riqueza do sul-mato-grossense, de todo o Brasil e do mundo. Queremos promover o bioma de maneira mais firme e consistente, fortalecendo toda a cadeia produtiva e abarcando todas as atividades que existem hoje no Pantanal”, disse.
Para participar do Desafio, cada participante enviou uma proposta de marca diretamente pelo site do Desafio Universitário Centro de Tradições Pantaneiras. Uma comissão técnica avaliou as propostas e as cinco melhores foram para votação popular.
O acadêmico de Publicidade e Propaganda Gabriel Simplicio Nunes, que ocupou o primeiro lugar na premiação, afirmou que o resultado exigiu horas de pesquisa, e destacou que o apoio da família foi fundamental. “Foram muitas horas de esforço e pesquisa para chegar nesta representação. Estava buscando entender como o pantaneiro se relaciona com o solo, com a fauna e a flora, e cheguei nessa representação dessa intimidade entre os animais, a fazenda e o pantaneiro. Esse trabalho significou muito esforço, e vencer isso foi questão das pessoas que estavam ao meu redor, que me ajudaram a divulgar e conseguir votos e devo isso à minha mãe e minha namorada”.
Na segunda posição, Felipe Pereira Mendes, também do curso de Publicidade e Propaganda, reforçou o investimento em pesquisa e estudos para chegar no resultado. “Venho de uma família que veio de fora do estado. Então, pesquisei bastante e tive a ajuda do meu pai, que me deu uma ideia brilhante de umas silhuetas fortes do Pantanal, e a partir disso, uni com um berrante, porque isso sempre foi algo que me marcou, essa tradição do estado. Foi muito gratificante ter sido selecionado como finalista e ter esse reconhecimento. O que vale é o que ficou de aprendizado, até para a área que busco, de Publicidade”, disse.
Os três primeiros colocados receberam como premiação uma monitoria especial de 30 horas promovida por laboratório de inovação do Mato Grosso do Sul. Os dois primeiros no desafio vão ter a monitoria especial, além de um pacote de três dias no roteiro turístico pantaneiro Corumbá-Serra do Amolar, incluindo passagens e hospedagem pagas com direito a acompanhante. Já o primeiro lugar obteve ainda um celular de última geração.
Centro de Tradições Pantaneiras
O programa de Valorização da Cultura Pantaneira foi denominado Centro de Tradições Pantaneiras. É um projeto que está em desenvolvimento e procura estruturar ações de governança em âmbito regional para agregar valor aos ícones da cultura dessa região e ressaltar essas iniciativas nos 12 municípios pantaneiros do Estado: Sonora, Coxim, Rio Verde de MT, Corguinho, Rio Negro, Porto Murtinho, Bodoquena, Anastácio, Aquidauana, Miranda, Corumbá e Ladário.
A coordenadora de turismo do Sebrae/MS, Isabella Montello, explica que o Centro vai consolidar informações histórico-culturais sobre esses municípios e qualificar empreendedores culturais do território em gestão e produção cultural. Nessa construção de ações, esses empreendedores terão mais condições de acessar novos mercados, terão atrativos para comercializar produtos da economia criativa e do turismo.
“Esse programa vai apoiar iniciativas de valorização da cultura pantaneira, além de incentivar a instalação de centros nos municípios do território, atuar em escolas, formar um observatório da cultura pantaneira, dialogar com o selo Made in Pantanal e servir de uma curadoria para esses ícones que temos nessa cultura tão diversificada. É um grande estímulo ao empreendedorismo do homem pantaneiro”, detalha.
Para conduzir esse trabalho, uma Comissão Estadual do Centro de Tradições Pantaneiras será instalada para atuar na promoção do desenvolvimento social e cultural, na preservação socioambiental e nas iniciativas integradas de geração de trabalho e renda. Gestores municipais, representantes de setores culturais, Fundação de Cultura de MS, Instituto Homem Pantaneiro, Moinho Cultural, Sebrae, Senac, Sesc, Sesi, Senar, Fiems, Fecomércio, Famasul, UFMS, UEMS, centros de referência da cultura pantaneira locais e outras instituições alinhadas com o tema vão integrar essa comissão.
Sebrae – MS