Dia Mundial do Transtorno Bipolar: diga não ao preconceito!
28 de março de 2023A data tem como objetivo chamar a atenção para a doença, levar informação à população e eliminar o estigma social
Nos dias de hoje, falar sobre tristeza e mau humor pode ser um desafio em uma sociedade que busca refletir constantemente vidas felizes, principalmente nas redes sociais, onde os likes são geralmente feitos para imagens de pessoas alegres e aparentemente sem problemas. No entanto, é importante estar atento aos sinais de que a saúde mental não vai bem e cuidar das emoções. O Dia Mundial do Transtorno Bipolar (31 de março) tem o objetivo de chamar a atenção para a doença, levar informação à população e eliminar o estigma social.
De acordo com a psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, Flavia Farias, o transtorno bipolar causa mudanças no humor, energia e níveis de atividade, além de afetar a capacidade de levar adiante tarefas do dia a dia. “As principais características são episódios depressivos alternados com situações de euforia e, em alguns casos, há uma mescla de acontecimentos depressivos com os de euforia”, explica a mestra em psicologia.
Segundo a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), o transtorno bipolar afeta cerca de 140 milhões de pessoas no mundo e os sintomas geralmente aparecem antes dos 30 anos, principalmente, entre 18 e 25 anos de idade. Para a psicóloga, o diagnóstico correto, o acompanhamento médico-psiquiátrico, o uso regular das medicações, o acompanhamento psicológico do paciente e de seus familiares são determinantes para a eficácia do tratamento.
“Infelizmente, os transtornos mentais não são tratados com naturalidade, como uma hipertensão, percebemos estigmas e preconceitos com transtornos psicológicos, o que dificulta o paciente falar sobre o seu caso e como se sente. Por isso, a importância da empatia em todos os momentos e em diferentes fases da vida”, pontua Farias.
Veja alguns sintomas da doença na fase de euforia:
– Sensação de extremo bem-estar;
– Aceleração do pensamento e da fala;
– Agitação e hiperatividade;
– Diminuição da necessidade de sono;
– Euforia ou irritabilidade;
– Impulsividade;
– Ideias de grandiosidade e sensação de “poder”.
Sintomas característicos da fase de depressão:
– Alterações de apetite com perda ou ganho de peso;
– Humor deprimido na maior parte dos dias;
– Apatia, perda de interesse ou prazer;
– Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio;
– Sentimento de culpa ou inutilidade;
– Tendência ao isolamento tanto social como familiar;
– Ansiedade e irritabilidade.
Para quem busca atendimento, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza serviços para pessoas em sofrimento psíquico, por meio da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), com Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde geralmente começa o cuidado em saúde mental. Além dos Consultórios de Rua, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Unidades de Acolhimento (adultos e infanto-juvenil) e serviços hospitalares.
Clínica-escola de Psicologia
A clínica-escola de Psicologia da Faculdade Anhanguera de Campo Grande também oferece atendimentos à população que são feitos por estudantes de graduação e supervisionados por docentes da área de ensino. O objetivo é contribuir com a melhoria da saúde mental e da qualidade de vida da população local.
Os atendimentos são realizados por meio de agendamentos que são feitos de forma presencial na faculdade, na segunda-feira e quarta-feira, no período da manhã, das 07h30 às 11h30. A instituição fica localizada, na Avenida Gury Marques, nº3203, Vila Olinda, Campo Grande-MS.
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