Mais de 300 pessoas participaram da I Mostra Literária da Pessoa com Deficiência – Inclui MS, realizada em Dourados no último fim de semana.
O evento, que ocupou os espaços da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), foi marcado por dois dias de intensa programação voltada à valorização da literatura e das expressões artísticas produzidas por, para e com pessoas com deficiência.
Com oficinas, rodas de conversa, exposições e apresentações culturais, a Mostra reforçou o compromisso com uma cultura verdadeiramente acessível e plural.
A abertura do evento foi celebrada com emoção e gratidão por parte da organização, que destacou a importância das parcerias envolvidas.
O projeto foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo com edital realizado por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, com apoio institucional e financeiro da Inpasa Brasil, e contou com a colaboração essencial da UFGD e das APAEs da região.
O produtor cultural Felipe Sampaio, idealizador da Mostra, destacou o caráter transformador da iniciativa, “a Inclui MS não é só um evento. É um movimento de escuta, de presença e de protagonismo. A literatura e a arte são ferramentas potentes para repensarmos o lugar da pessoa com deficiência na cultura brasileira.”
Um dos momentos mais inspiradores veio com a participação do influenciador e ativista Ivan Baron, que compartilhou sua trajetória de superação e militância. Em sua fala, reforçou:
“Capacitismo se combate com presença. Estar aqui, construir e ocupar esse espaço, é uma forma de dizer que nossas vozes importam e que temos muito a dizer.”
A programação contou ainda com a apresentação teatral do Palhaço Surddy, artista pernambucano que encantou o público na noite de 31 de maio, no Cine Auditório da UFGD. Seu espetáculo sensível, criativo e totalmente acessível arrancou gargalhadas e emocionou a plateia, encerrando a Mostra com chave de ouro.
Outro momento marcante foi a oficina ministrada pela professora Ana Aline Medeiros, que convidou os participantes a explorarem o corpo, as emoções e as texturas por meio da técnica de papel machê.
A proposta envolveu todos em uma experiência artística sensível e inclusiva, promovendo a escuta do próprio corpo como ferramenta criativa.
Durante o evento, a exposição de artesanato realizada pela APAE de Dourados também se destacou, além da feira inclusiva, fortalecendo a economia criativa local e promovendo o trabalho de artistas com deficiência da região.
Ao final da Mostra, a sensação era de missão cumprida e coração pleno. Como afirmou Felipe, “seguimos juntos, fortalecendo a inclusão e a literatura feita por, para e com pessoas com deficiência.”
Fotos: Pedro Braga–
Ana Ostapenko
Campo Grande – MS
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