Entenda como o Big Data tem beneficiado a Construção Civil

A tecnologia invadiu todos os setores produtivos da humanidade, e na construção civil nunca foi diferente. Aquela ideia de que para construir são necessários apenas tratores, ferragens, cimento, andaimes e trabalhadores não só é rasa como muito distante da realidade.

Muito além disso, este é um setor que opera grandes maquinários, mas que encontra em seus notáveis resultados a direção para onde crescer. Em outras palavras, o Big Data também está presente na construção civil, que faz muito bom uso de seus dados.

Para mostrar melhor essa relação, é importante esclarecer: Big Data é um termo que vem da Tecnologia da Informação (TI) para definir um conjunto absurdamente imenso de dados que, com o uso das ferramentas certas, podem ser organizados, lidos e interpretados, transformando-se em informações preciosas.

E onde isso entra na construção civil? As informações provenientes do Big Data têm levado às construtoras o caminho para manterem-se em alta competitividade no mercado.

Elas estão se valendo de informações como perfil de clientes, características dos imóveis construídos em localidades pré-determinadas, estatísticas do mercado imobiliário, mapeamento de insumos que otimizem os impactos nos custos e no prazo de entrega das obras, dentre outros diversos dados que aproximem as construtoras das demandas certas no timing correto.

“Há bem pouco tempo os empreendimentos imobiliários eram um negócio de altíssimo risco, um tiro no escuro. A construtora investia numa obra e torcia pra vender bem. Hoje esse risco é bem mais reduzido. Antes de iniciar a construção, a empresa já conhece a fundo os potenciais compradores, suas preferências e até seu perfil socioeconômico”, explica Renato Las Casas, diretor comercial da empresa de revestimentos sustentáveis Ecogranito.

Segundo ele, o uso de Big Data tem permitido às construtoras trabalhar em três fluxos – na redução dos custos, no prazo de entrega e no aumento das vendas. E isso tem proporcionado resultados substanciais no caixa.

“É inegável que o Big Data deu mais poder de fogo às construtoras. Elas trabalham com um volume muito maior de lançamentos imobiliários, porque dispõem das informações certas para investir de maneira mais assertiva. Não dá pra dissociar a performance dos últimos anos dessa nova capacidade de gerar informações preliminares”, avalia Las Casas.

Por Naves Coelho