Equipes de MS dão show de garra e superação no último dia do Festival Sesi de Robótica
21 de março de 2023As equipes sul-mato-grossenses demonstraram muita garra e superação no terceiro e último dia do Festival Sesi de Robótica, disputado em Brasília (DF) neste sábado (18/03). Dentre os oito times de MS no torneio nacional, duas alcançaram a fase eliminatória: BR Racing, na F1 in Schools, e TechVikings, na FIRST Robotics Competition (FRC).
O superintendente regional do Sesi, Régis Borges, parabenizou os estudantes e técnicos que representaram a Rede Sesi de Educação em Mato Grosso do Sul no torneio nacional.
“A responsabilidade que esses jovens vão adquirindo é muito significativa, porque eles são porta-vozes desse processo de transformação que a robótica traz. A missão deles agora é voltar para as escolas e compartilhar esses aprendizados e experiências com os outros colegas, para que tenhamos um ciclo virtuoso e que novas pessoas tenham oportunidade de participar de momentos como esse. Parabéns pela inspiração que eles conseguem desenvolver perante a comunidade escolar de todo o Estado”, disse Borges.
Em sua quinta edição, o Festival Sesi de Robótica aconteceu entre os dias 15 e 18 de março no Estádio Nacional Mané Garrincha e contou com a participação de 1,9 mil competidores e a presença de 46,6 mil visitantes.
Confira um resumo do que rolou com as equipes de MS no último dia de festival:
FIRST Tech Challenge (FTC)
Logo no início da programação de sábado, as quatro equipes sul-mato-grossenses disputaram a última rodada da fase de classificação, buscando somar pontos para alcançar a fase de alianças. A Tera Robotics, da Escola Sesi de Três Lagoas, teve o melhor desempenho de MS e terminou em 12º lugar, o que não foi suficiente para avançar à etapa seguinte.
O técnico da Tera Robotics, Fernando Anselmo, enalteceu o esforço dos alunos. “A gente esperava mais. Ganhamos cinco rodadas e perdemos uma porque tivemos um pequeno problema com nosso robô. Ainda assim, o saldo é positivo. Ficamos em 12º lugar geral nacional entre 55 participantes. Só dois alunos são remanescentes da temporada passada, os outros 80% da equipe são novos. Por ser a primeira vez e eles não terem experiência em competições, foi um saldo bem positivo”, disse.
O espírito de cooperação entre as equipes, algo muito forte nos torneios de robótica, marcou a trajetória da Tupitech, da Escola Sesi de Corumbá. O motor do robô estragou durante a prova e a participação corumbaense esteve quase arruinada. A mão amiga veio da Nautilus, de Pato Branco (PR).
“A gente não tinha mais alternativas, então mandei uma mensagem no grupo dos técnicos para saber se alguém tinha um servo motor disponível. A Nautilus nos atendeu prontamente, e nós conseguimos voltar para a competição”, comentou a técnica da Tupitech, Ellen Conrado. A equipe de Corumbá terminou o festival na 30ª colocação.
F1 in Schools
A equipe BR Racing, da Escola Sesi de Dourados, foi a única de Mato Grosso do Sul a avançar à fase de mata-mata. No confronto com a Pugnator, do Maranhão, a vitória escapou por centésimos de segundo. Ao final da competição, o time douradense terminou em 13º lugar dentre 44 escuderias no quesito velocidade.
Na avaliação da técnica Priscilla Keroline Franco Neto, o resultado consolida a evolução da escuderia em relação à temporada passada, quando acabou eliminada na etapa classificatória. “Os tempos que fizemos na pista mostram que a parte de engenharia no caminho certo. Mas notamos que o nível técnico das demais equipes cresceu bastante de um ano para cá, e não apenas na pista, mas também nos outros elementos de avaliação, como marketing e plano de negócios. Pegamos dicas e tivemos aprendizado com várias equipes para voltarmos mais fortes no ano que vem”, afirmou a técnica.
FIRST LEGO League Challenge (FLL)
A TechVikings, da Escola Sesi de Naviraí, começou o sábado com dois compromissos no sistema de alianças. No entanto, a dupla não somou pontos suficientes para chegar à fase final. Nicolle Emanuelle de Souza Neves, do 9º ano do ensino fundamental, se mostra satisfeita com o aprendizado que a robótica propicia, algo tão relevante quanto a conquista de um troféu.
“O que a robótica me influenciou é incrível. A robótica me ensinou a fazer boas apresentações em público e ter melhor interação com a equipe. Não é só construir robôs, e sim ter uma boa relação com seus colegas de equipe. Quando a gente forma uma equipe, também forma uma família”, contou Nicolle.
FIRST Robotics Competition (FRC)
Com agenda cheia durante todo o sábado, a TechVikings entrou na arena três vezes na parte da manhã para assegurar a sexta posição e avançar às quartas de final no sistema de alianças. Já no período da tarde, a equipe não conseguiu o mesmo desempenho e acabou eliminada.
Segundo o técnico Anderson Douglas, o resultado deve ser encarado de forma positiva, já que a TechVikings competiu como novata no torneio e ainda assim ficou entre as oito melhores do país. “Isso nos traz confiança para disputar o próximo torneio off-season, em maio”, concluiu.
FIEMS