Fogão ou Cooktop? Saiba como escolher a melhor opção para a cozinha
1 de dezembro de 2022Decidir qual é o eletrodoméstico ideal requer levar em conta o tamanho e o estilo do ambiente, além de fatores técnicos, como pontos de elétrica e gás. Giselle Macedo e Patrícia Covolo, da Macedo e Covolo Arquitetura, apontam as diferenças e as vantagens de cada um
Embora o fogão convencional, de piso, ainda seja o mais usado pelos brasileiros, os modelos de embutir e os cooktops cresceram de importância nos últimos anos devido ao aumento na procura por projetos de cozinha com a sonhada ilha. Além da configuração da bancada, no entanto, outros fatores influenciam a escolha. O tipo de fonte de alimentação (a gás ou elétrica), o tamanho do ambiente e até mesmo o estilo desejado para a decoração são determinantes. Para ajudar você a decidir qual a melhor alternativa, a arquiteta Giselle Macedo e a designer de interiores Patrícia Covolo, da Macedo e Covolo Arquitetura, reuniram um guia completo sobre os equipamentos, com as principais características e as possibilidades estéticas de cada um deles. A dupla de profissionais alerta que a fase de pesquisa precisa incluir uma leitura atenta do manual técnico do fabricante e isso vale para qualquer equipamento. Ali, você encontrará informações essenciais, como espaço de instalação, respiros indicados e a localização correta dos pontos de elétrica e gás. |
Nesta casa com projeto da Macedo e Covolo Arquitetura, o forno foi instalado sob o cooktop, simulando um fogão de embutir | Foto: Eduardo Pozella |
As vantagens do fogão de piso, embutido e do cooktop Fogões de piso são alternativas mais econômicas para ambientes que já estão prontos e não passarão por reforma. No caso de uma mudança, o eletrodoméstico pode ser levado embora com facilidade. Fogões de embutir, por sua vez, são usados em ambientes em que o aproveitamento da bancada precisa ser priorizado. “Por se tratar de uma peça 2 em 1, ela otimiza o espaço. Mas antes da escolha é preciso verificar o manual do fabricante”, explica a arquiteta Giselle. Segundo ela, alguns pré-requisitos precisam ser cumpridos para viabilizar a instalação, como seguir com rigor as medidas recomendadas para a bancada e a marcenaria, assim como a localização indicada para a tomada e o registro do gás. Cooktop é uma opção adotada quando o morador topa investir um pouco mais nos equipamentos e existe área suficiente no ambiente. Adotar essa alternativa e fazer uma torre de forno+ micro-ondas se torna bem interessante. O cooktop deixa área livre sob a bancada enquanto a torre coloca o forno numa altura mais confortável para o manuseio de travessas quentes. “É uma solução prática e bonita, que permite mesclar eletros com funcionamento elétrico e a gás”, explica a designer de interiores Patrícia. |
O fogão embutido contribui para a linguagem clean da marcenaria, com puxadores do tipo friso. Além disso, neste projeto da Macedo e Covolo Arquitetura, a base de alvenaria sob o mobiliário facilita a limpeza do ambiente | Foto: Eduardo Pozella |
Escolha assertiva para cozinhas pequenas Na opinião de Giselle e Patrícia, o fogão de piso é certeiro quando tanto a metragem como o orçamento são enxutos. “Conseguimos ter forno e fogão acoplados, o que economiza espaço, com um custo mais acessível do que a combinação de cooktop + forno”, comenta a arquiteta. Fogões de piso também são simples de instalar e os modelos com pés altos simplificam a limpeza sob o equipamento. “Mas deixam o ambiente com um visual mais antiquado quando comparado com os projetos com cooktop ou fogão de embutir”, complementa a designer de interiores. O melhor uso para o fogão de embutir Em cozinhas planejadas, nas quais a proposta é obter um resultado clean, as profissionais do escritório Macedo e Covolo Arquitetura costumam preferir o fogão de embutir. Essa escolha implica seguir com precisão as indicações do manual do fabricante, pois erros podem significar ter de refazer a marcenaria e a bancada. Normalmente, fogões de embutir exigem que a bancada seja um pouco mais profunda para viabilizar a abertura do tampo de vidro. Além disso, é necessária uma máscara em volta do eletrodoméstico para o acabamento da marcenaria, que irá variar de um modelo para outro. Um dos atributos desse tipo de fogão é favorecer a limpeza do ambiente: como fica suspenso, é possível prever uma base de alvenaria recuada em toda a extensão da bancada, o que facilita o uso de vassouras e rodos. Orientações para a instalação correta Giselle e Patrícia afirmam que é necessário contratar mão de obra especializada, qualquer que seja o equipamento escolhido. Alguns itens também precisam ser checados, como a tomada, que nunca pode ficar atrás do fogão, e o registro de gás, que deve ter fácil acesso em caso de vazamento. Por fim, vale verificar qual o tipo de gás fornecido ao imóvel, pois poderá haver a necessidade de conversão do fogão ou forno. Em algumas situações é possível combinar cooktop a gás com forno elétrico. “Diversos clientes preferem esse tipo de forno. Com duas peças independentes, ganhamos flexibilidade no projeto”, destaca Giselle. Nem sempre o forno precisa ser instalado em uma torre quente. Em muitos casos, ele é colocado abaixo do cooktop para simular a situação de um fogão de embutir, mas com peças separadas e em tamanhos diferentes. |
Espaçosa, a cozinha projetada pela Macedo e Covolo Arquitetura ganhou layout em “L”, o que garantiu uma bancada com maior superfície de apoio e lugar estratégico para o cooktop | Foto: Evelyn Muller |
Situações em que instalar apenas o cooktop é a melhor opção Ter somente o cooktop é uma alternativa que Giselle e Patrícia adotam em apartamentos pequenos ou flats onde o uso da cozinha é esporádico. “Nesses casos, costumamos especificar também um miniforno elétrico para o aquecimento de pequenos pratos”, explica Patrícia. O cooktop é um equipamento considerado mais moderno em termos de design, acredita a dupla. “Há diversos acabamentos, por isso, permite maior diversificação nos projetos. Em locais em que não há instalação a gás, pode-se optar pelos modelos elétricos ou de indução, que vão precisar apenas de um ponto de energia”, diz Giselle. |
Neste apartamento reformado pela Macedo e Covolo Arquitetura, o cooktop fica ao lado da churrasqueira e, para eles, foi executada uma coifa única sob medida | Foto: Eduardo Pozella |
Sobre Giselle Macedo e Patrícia Covolo Giselle Macedo, arquiteta e urbanista graduada pelo Mackenzie, e Patrícia Covolo, formada em artes plásticas pela Universidade São Judas e em design de interiores pela Panamericana Escola de Arte e Design, associaram-se em 2009 para criar projetos de arquitetura e design de interiores nas áreas residencial e comercial. Ambas acumulam vasta experiência, atuando em escritórios renomados desde 1998 e 2004, respectivamente. A dupla busca a excelência no atendimento aos clientes e trata cada projeto como único, não importando a dimensão. Adequar os desejos dos moradores aos espaços é uma preocupação constante: as profissionais aliam função e estética de modo que o resultado traga satisfação e reflita a personalidade dos usuários. Antenadas com as tendências do mercado nacional e internacional e sempre abertas ao uso de novos materiais, Giselle e Patrícia desenvolvem um trabalho com estilo contemporâneo e aconchegante. www.macedoecovolo.com.br/ @macedoecovolo |
Redação DC33