Hélio Castroneves vence as 500 Milhas de Indianápolis

30 de maio de 2021 Off Por Ray Santos
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O brasileiro deu um show e, na estreia com a Meyer Shank, bateu Álex Palou e conseguiu vencer a Indy 500 pela quarta vez.

  • Gabriel Curty 30 mai 2021 16h29 | atualizado às 16h44

Helio Castroneves venceu a Indy 500 pela quarta vez Foto: IndyCar / Grande Prêmio

Helio Castroneves é, oficialmente, o maior da história da Indy 500. Neste domingo (30), o brasileiro deu um show e vence um duelo espetacular com Álex Palou para levar a maior corrida do mundo pela quarta vez, igualando o recorde de todos os tempos de AJ Foyt, Al Unser Sr. e Rick Mears.

Foi um triunfo incrível do veterano brasileiro. Em pilotagem impecável, Helio, aos 46 anos, levou a melhor em cima de Palou logo em sua corrida de estreia pela Meyer Shank. Foi, justamente em Indianápolis, a primeira vitória da equipe em sua trajetória na Indy.

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Palou chegou em segundo depois de trocar a liderança com Helio durante várias das voltas finais. Simon Pagenaud, passando Pato O’Ward no finalzinho, foi terceiro, com Ed Carpenter completando em quinto. Santino Ferrucci, Sage Karam, Rinus VeeKay, Juan Pablo Montoya e Tony Kanaan ficaram no grupo dos dez primeiros.

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Josef Newgarden e Scott Dixon passaram longe de qualquer briga. O americano foi o 12º, com o neozelandês em 17º. Pietro Fittipaldi completou sua primeira Indy 500 em 25º.

Helio Castroneves levou a sonhada quarta vitória em Indianápolis
Foto: Chris Jones/Indycar / Grande Prêmio

Saiba como foi a Indy 500:

Ainda nas voltas de formação, Will Power sofreu um problema de potência com a Penske #12 e precisou passar pelos boxes para ligar o carro apropriadamente. O australiano, por sorte, conseguiu alinhar em sua 32ª colocação antes da largada.

A bandeira verde para a maior corrida do automobilismo mundial veio às 13h47 (em Brasília), com o clima bastante ameno em Indianápolis, com os termômetros marcando 18ºC. Scott Dixon fez uma partida defensiva, se segurando dos ataques de Colton Herta nas primeiras curvas.

Mas Colton assumiu a dianteira logo de cara, deixando Dixon para trás e ainda puxando junto Rinus VeeKay, que engoliu o piloto da Andretti na abertura da volta 3, colocando a Carpenter e a Chevrolet no comando das ações no início do dia.

Tony Kanaan mantinha a quinta colocação, com Helio Castroneves saindo muito bem de oitavo para sexto. Pietro Fittipaldi dava uma leve recuada, de 13º para 16º, enquanto Power, impulsionado pela volta rápida que havia dado para não perder o pelotão, já surgia em 25º.

Will Power tomou um susto antes da largada, mas conseguiu voltar
Foto: IndyCar / Grande Prêmio

As voltas iniciais eram bastante conservadoras, com poucas mudanças no grupo da frente depois da largada. Mesmo assim, Castroneves deixava Kanaan para trás e entrava no top-5. Com 20 das 200 voltas, a tabela tinha VeeKay, Herta, Dixon, Ed Carpenter, Castroneves, Kanaan, Ryan Hunter-Reay, Álex Palou, Marcus Ericsson e Alexander Rossi.

A primeira janela de pit-stops começava na volta 30, com Fittipaldi indo aos boxes da Dale Coyne e sendo seguido, logo no giro seguinte, pelo então líder VeeKay. Hunter-Reay, Carpenter e Ed Jones fizeram o mesmo. Foi aí que Carpenter teve o primeiro problemão do dia, deixando o carro morrer e perdendo muitas posições.

No meio da confusão com Carpenter, a primeira bandeira amarela do dia. De forma bizarra, Stefan Wilson perdeu o carro e deu no muro dentro do pit-lane, em um acidente que, por sorte, não pegou mecânicos. De todo modo, já era o primeiro abandono do dia com sua Andretti.

Stefan Wilson bateu sozinho no pit-lane e começou uma confusão na Indy 500
Foto: Indycar / Grande Prêmio

Aí a corrida resolveu entrar na curva completa da loucura. Dixon, o grande favorito, ficou sem combustível e foi aos boxes, que estavam fechados. Só que o carro não ligou depois, ainda com o efeito da pane seca. O neozelandês perdeu volta, bem como Alexander Rossi, que sofreu exatamente do mesmo problema. A situação se complicava completamente para ambos.

Depois do reposicionamento e de tanta doideira, a corrida tinha Herta na frente, com VeeKay, Conor Daly, Hunter-Reay, Castroneves, Palou, Pato O’Ward, Takuma Sato, Scott McLaughlin e Graham Rahal no top-10. Josef Newgarden já era 12º, com Juan Pablo Montoya logo atrás e Kanaan em 14º. Pietro vinha em 28º.

Uma série de pilotos parava novamente na reta final da amarela, com destaque para as Ganassi de Ericsson e Kanaan, que iam ao fundo do grid numa tática para puxar Dixon para frente. A relargada finalmente vinha na volta 47. E era bastante animada.

Herta segurava a ofensiva agressiva de VeeKay, enquanto Castroneves jantava Hunter-Reay por fora. O brasileiro saía lançado e até passava também Daly, mas logo tomava o troco do americano, que estava extremamente arrojado. Conor, inclusive, passou Herta e VeeKay em poucos giros, puxando um 1-2 da Carpenter, com Herta caindo para terceiro.

Aí a corrida resolveu entrar na curva completa da loucura. Dixon, o grande favorito, ficou sem combustível e foi aos boxes, que estavam fechados. Só que o carro não ligou depois, ainda com o efeito da pane seca. O neozelandês perdeu volta, bem como Alexander Rossi, que sofreu exatamente do mesmo problema. A situação se complicava completamente para ambos.

Depois do reposicionamento e de tanta doideira, a corrida tinha Herta na frente, com VeeKay, Conor Daly, Hunter-Reay, Castroneves, Palou, Pato O’Ward, Takuma Sato, Scott McLaughlin e Graham Rahal no top-10. Josef Newgarden já era 12º, com Juan Pablo Montoya logo atrás e Kanaan em 14º. Pietro vinha em 28º.

Uma série de pilotos parava novamente na reta final da amarela, com destaque para as Ganassi de Ericsson e Kanaan, que iam ao fundo do grid numa tática para puxar Dixon para frente. A relargada finalmente vinha na volta 47. E era bastante animada.

Herta segurava a ofensiva agressiva de VeeKay, enquanto Castroneves jantava Hunter-Reay por fora. O brasileiro saía lançado e até passava também Daly, mas logo tomava o troco do americano, que estava extremamente arrojado. Conor, inclusive, passou Herta e VeeKay em poucos giros, puxando um 1-2 da Carpenter, com Herta caindo para terceiro.

Alexander Rossi tentava um milagre para voltar para a corrida
Foto: IndyCar / Grande Prêmio

A janela era finalmente fechada com Rahal e Hildebrand, com o reposicionamento acontecendo na volta 82. VeeKay era novamente o líder, seguido por Daly, Herta, Palou, O’Ward, Hunter-Reay, Castroneves, Rahal, Sato e Newgarden. Pato vinha muito rápido e já tirava Palou do caminho na sequência.

O’Ward seguia muito veloz e a Chevrolet chocava a Indy 500 ao montar uma trinca na volta 85, com VeeKay, Daly e Pato na frente. Herta e Hunter-Reay puxavam a fila de seis Honda, com Newgarden no top-10, observando de perto a disputa.

Chegava a volta 100 e o terceiro stint vinha bastante tranquilo, meio típico do que acontece na Indy 500, com todo mundo guardando a ação maior para o quarto final de corrida. A Penske, então, resolveu arriscar: Newgarden era quem abria a terceira janela de paradas, tentando um undercut em cima dos líderes.

Josef Newgarden surgiu bem no grupo da frente
Foto: IndyCar / Grande Prêmio

Novamente, VeeKay e Daly iam aos boxes cedo, deixando a liderança da corrida com O’Ward. Quando a dupla da Carpenter voltava para a pista, a grande notícia: ambos estavam atrás de Newgarden, que, do nada, surgia como um real candidato a vencer.

O reposicionamento na pista trazia uma confusão na pista. Newgarden e Herta quase se encontravam, enquanto Castroneves escalava o pelotão na frente dos dois e de VeeKay. Foi aí, enquanto Rahal parava, que Palou surgia na dianteira e puxava Helio junto, passando O’Ward.

Veio, então, a segunda bandeira amarela do dia, encerrando o sonho da primeira vitória para Rahal. A RLL fez um pit-stop tenebroso, soltando o americano de volta para a pista com o pneu traseiro esquerdo solto. Graham nem teve o que fazer, ficou em três pneus e deu no muro. O pneu solto ainda acertou o bico de Daly, mas sem maiores danos. De todo modo, corrida parada.

A ordem apontava Palou, Castroneves, O’Ward, VeeKay, Newgarden, Hunter-Reay, Sato, Herta, Daly e Harvey. Montoya vinha em 11º, com Power em 13º, Kanaan em 20º, Fittipaldi em 25º e Dixon, já na volta do líder, em 26º. O neozelandês estava de volta.

Os pilotos relargaram na 125 e veio a briga de foice no escuro. Castroneves e O’Ward logo tiraram Palou da frente, mas o brasileiro foi superado pelo mexicano logo depois, com Pato virando líder de novo. Palou, se recuperando no stint, passava Castroneves também. Álex virava líder de novo na 131.

Na volta 136, Palou parecia implorar para ser superado, mas Helio estava satisfeito com a segunda colocação naquele ponto da corrida. Newgarden, enquanto isso, parava de novo mais cedo que o resto, caindo para 30º. Daly foi o segundo nos boxes, abrindo de vez a janela.

Palou parava na 148, logo depois de não conseguir colocar uma volta em Newgarden. Castroneves, por sua vez, foi na 150, seguido por O’Ward e Montoya. Na pista restavam apenas Sato, Power, Ericsson, Ferrucci, Rosenqvist, Hildebrand, Fittipaldi, Dixon, Bourdais, Jones, Chilton e McLaughlin.

Takuma Sato liderava a corrida faltando 44 voltas
Foto: IndyCar / Grande Prêmio

Só que Power não só deixou aquele grupo, mas a disputa da prova, praticamente. O australiano rodou no pit-lane e ficou ali atravessado, perdendo muito tempo, mas sem bater em nada, sem bandeira amarela. A corrida ficava bastante interessante, afinal, o grupo que ainda não tinha parado podia tentar uma tática ousada de só mais um pit-stop. Era o pulo do gato.

Dixon, Bourdais e Jones eram os últimos a parar, já faltando só 40 voltas para o fim. Estava claro: ao menos o trio parecia capaz de ir até o fim da corrida sem mais nenhum pit-stop, embaralhando muito as coisas. No grupo dos que certamente ainda parariam, a ordem era a seguinte: Palou, Castroneves, O’Ward, Hunter-Reay, VeeKay, Herta, Pagenaud, Newgarden, Carpenter e Sato.

Com 31 voltas para a bandeira quadriculada, Newgarden e Daly abriam a janela final de paradas, com Simona junto e rodando no pit-lane, mas no mesmo esquema de Power: sem batida, sem bandeira amarela. Na pista, Helio passava Palou e assumia a dianteira em momento importante.

Pato O’Ward fez mais uma corridaça em Indianápolis
Foto: IndyCar / Grande Prêmio

O catalão até retomou a posição nos boxes, mas Helio não tomou o menor conhecimento de Palou e deu um passão na reta. Começava uma batalha espetacular entre os dois e O’Ward, que pareciam os três candidatos reais ao triunfo com 25 voltas restando. O brasileiro, então, dançava na reta, cortando o vácuo de Palou da forma que podia.

Álex voltava a passar Helio e os dois iam duelando de forma impressionante. Aquela era a batalha pela quarta colocação, já que Rosenqvist, Hildebrand e Sato ainda tentavam esticar até o fim da corrida sem paradas. A retomada de Castroneves vinha com 18 voltas para o final.

Hildebrand ia aos boxes com 14 giros para o fim e a briga seguia espetacular com Palou, Castroneves e O’Ward vendo Pagenaud chegar junto no bolo. Rosenqvist e Sato mantinham a dianteira, implorando por uma bandeira amarela com só dez giros pela frente, mas virando 10 mp/h mais lentos que os demais.

Simon Pagenaud andou muito bem
Foto: IndyCar / Grande Prêmio

Faltando 8 voltas, dois momentos que podiam decidir a corrida: Rosenqvist ia finalmente para o pit-stop final, enquanto Castroneves passava Palou. Sato ia aos boxes faltando 7 giros e o cenário estava claro: Helio, Palou, O’Ward e Pagenaud disputavam, de fato, a vitória. E o brasileiro ia na frente.

Palou retomou a dianteira com quatro voltas para a chegada e parecia ter tudo para levar a primeira Indy 500 para a casa, mas parecia que tudo estava escrito para a quarta vez de Castroneves. Quando o catalão pisou muito internamente, o brasileiro aproveitou, deu o bote e reassumiu a liderança para de lá não sair mais.

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