Ibovespa atinge 133 mil pontos e mercados seguem de olho em dados dos EUA
16 de agosto de 2024Esta quinta-feira (15) é marcada por uma agenda carregada de indicadores econômicos nos EUA, que podem fornecer novos sinais sobre a atividade econômica americana e influenciar as decisões de investidores em todo o mundo.
Além disso, o cenário nacional também traz importantes atualizações que podem impactar o mercado financeiro.
Indicadores dos EUA no radar
Hoje, às 9h30 (horário de Brasília), serão divulgados os pedidos semanais de seguro-desemprego e as vendas no varejo de julho nos Estados Unidos. Às 10h15, saem os dados de produção industrial de julho.
Esses indicadores são cruciais para entender o ritmo de crescimento econômico dos EUA e ajudarão a calibrar as expectativas do mercado em relação à política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central americano.
Além dos dados econômicos, os investidores também ficarão atentos às falas de dois importantes membros do Fed: Alberto Musalem, presidente do Fed de St. Louis, e Patrick Harker, presidente do Fed da Filadélfia. As declarações desses dirigentes podem fornecer pistas sobre a possível trajetória dos juros nos EUA.
Mercados internacionais
Os mercados internacionais apresentam movimentos mistos nesta quinta-feira:
- S&P 500 Futuro: +0,1%
- FTSE 100: Estável
- Nikkei 225 (Japão): +0,8%
- Hang Seng (Hong Kong): Estável
- Shanghai SE Comp. (China): +0,7%
- MSCI EM (Mercados Emergentes): +0,2%
- Dollar Index: Estável
- Yield 10 anos: Estável a 3,839%
O petróleo opera em alta, com o WTI cotado a US$ 77,5 o barril, enquanto o bitcoin recua 1,1%, sendo negociado a US$ 59.477.
Dados econômicos na China e impacto global
Na China, as vendas no varejo subiram 2,7% em julho, superando a alta de 2,0% em junho. A produção industrial chinesa cresceu 5,1% no mesmo período, abaixo dos 5,3% registrados em junho, mas ainda assim acima das expectativas do mercado.
A queda de 9% na produção de aço em julho, para 83 milhões de toneladas, sinaliza uma desaceleração na demanda por commodities, o que pode impactar o preço do minério de ferro e o desempenho de empresas exportadoras brasileiras.
Cenário nacional: taxa de desemprego e desoneração da folha
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga hoje, às 9h, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que trará a taxa de desemprego do segundo trimestre.
No primeiro trimestre, a taxa foi de 7,9%. A evolução desse indicador é fundamental para avaliar o ritmo da recuperação econômica brasileira.
Em Brasília, o Senado aprovou o projeto de lei complementar que renegocia a dívida dos estados com a União. O texto agora segue para a Câmara dos Deputados.
Além disso, a votação do projeto que trata do fim gradual da desoneração da folha de pagamento de 17 setores está prevista para ocorrer hoje no Senado.
Bolsas e câmbio
O dólar avançou 0,35% na quarta-feira (14), sendo cotado a R$ 5,469, enquanto o Ibovespa subiu 0,69%, fechando aos 133.317 pontos, o maior patamar de 2024.
Este foi o sétimo dia consecutivo de ganhos do principal índice da bolsa brasileira, impulsionado pela melhora global no apetite ao risco e pela alta de ações de peso, como Petrobras e grandes bancos.
Destaques corporativos
- Cosan: Reportou um prejuízo de R$ 227,2 milhões no segundo trimestre, uma redução de 78% em relação ao mesmo período do ano anterior.
- Marfrig: Reverteu um prejuízo e registrou lucro de R$ 75 milhões no segundo trimestre.
- BRF: Lucrou R$ 1,09 bilhão no segundo trimestre, contra um prejuízo de R$ 1,34 bilhão no mesmo período de 2023.
- Petz: Teve prejuízo de R$ 3,2 milhões no segundo trimestre, após ter registrado lucro no ano anterior.
- Gol: Apresentou um prejuízo de R$ 3,9 bilhões no segundo trimestre, revertendo o lucro de um ano antes.
- Americanas: Registrou um prejuízo de R$ 1,4 bilhão no primeiro semestre de 2024, 56% abaixo do resultado do ano anterior.
Monitor do Mercado