Juros a 1,97% ao mês é jogada política para beneficiar o mercado financeiro 

Juros a 1,97% ao mês é jogada política para beneficiar o mercado financeiro 

30 de março de 2023 Off Por Ray Santos
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O Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (SINDNAPI), vem mostrar seu profundo descontentamento com a decisão tomada hoje, 28 de março de 2023, pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), sobre as novas taxas de juros para os empréstimos consignados do INSS.

A decisão determinada pelo CNPS em fixar a taxa máxima de juros para os consignados do INSS em 1,97% ao mês, mostra o descaso do Governo Federal com os Aposentados, Pensionistas e idosos brasileiros, e o cuidado que o mesmo tem com o mercado financeiro. Bastou fazer uma greve branca no crédito para que o Governo cedesse.

Nos causa ainda mais indignação, a posição tomada por outras entidades, tanto de aposentados, quanto de trabalhadores que, ao primeiro aceno do Governo, contrariaram a decisão tomada em reunião realizada no dia 27 de março no Sindnapi, que contou com a participação de outras entidades, entre elas a CSB, COBAP, CONTAG, Força Sindical, UGT, e CUT, onde ficou acordado que não aceitaríamos nenhum índice que fosse maior que 1,90% ao mês.

No momento em que as taxas de juros viraram assunto nacional, e era oportuno suavizar as taxas impostas ao crédito consignado do INSS, e diga-se sem risco algum a inadimplência nesta modalidade, perde-se a oportunidade de fazer frente ao grandes bancos, que já muito lucraram em cima deste segmento da sociedade.

Um governo que se elegeu com discurso de cuidar do povo, mas esqueceu-se de convocar para ajudar nessa decisão os representantes mais prejudicados com as altas taxas de juros praticadas pelos bancos, não nos passa muita credibilidade quanto aos cuidados com a população brasileira.

O Sindnapi reafirma seu propósito em defender os direitos dos idosos brasileiros na construção de uma vida digna e com qualidade.

Lamentamos os atores, que na reunião de hoje, determinaram uma taxa de juros maior do que os bancos precisam para se manterem no pódio das empresas que mais lucram no País.

João Batista Inocentini, Presidente Nacional do Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Idosos.


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