Mais de 100 botos morrem em menos de uma semana em lago afetado pelo calor no AM

Mais de 100 botos morrem em menos de uma semana em lago afetado pelo calor no AM

30 de setembro de 2023 Off Por Ray Santos
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ICMBio classificou o incidente como ‘emergência ambiental’ e mobilizou equipes para apurar a causa da morte dos botos

Redação Terra Redação Terra 

29 set 2023 – 22h51
(atualizado às 23h07)
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Mais de 100 botos morrem em lago superaquecido no Amazonas
Foto: Miguel Monteiro/Instituto Mamirauá

Autoridades ambientais trabalham para identificar a causa da morte de mais de 100 botos em um lago considerado ‘superaquecido’ na Amazônia. De acordo com o Instituto Mamirauá, equipes trabalham para determinar a causa da mortandade, que pode estar associada a um período de seca e altas temperaturas no Lago Tefé, no Estado do Amazonas.

Dentre as espécies afetadas estão os botos-cor-de-rosa, animais símbolo da região amazonense, e os tucuxis, outra espécie de golfinho de água doce. As mortes foram contabilizadas entre os dias 23 e 29 de setembro.

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O evento é considerado uma ‘emergência ambiental’ pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que trabalha junto ao Mamirauá e às autoridades ambientais para salvar os botos sobreviventes.

Em comunicado, o Instituto Mamirauá afirma que dispõe de equipes para realizar o monitoramento dos animais vivos, busca e recolhimento de carcaças, coleta de amostras da água para análise de doenças, além do monitoramento do próprio lago que, em meio à onda de calor, atingiu temperaturas de 39ºC em uma profundidade de três metros. A média histórica é de 32ºC.

O instituto alerta para que a população tenha cuidado com a água do lago e evite o uso recreativo do local. Além do Mamirauá e o ICMBio, também atuam no local o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Rede de Encalhe de Mamíferos Aquáticos da Região Norte (Remanor), WWF-Brasil, Defesa Civil o Governo do Estado do Amazonas, entre outros.
Seca no Amazonas

O fenômeno climático El Niño tem favorecido a seca em 38 rios na Amazônia e outros quatro no Pantanal, que devem permanecer com vazões abaixo da média histórica até pelo menos dezembro. As informações são do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), com base em medições da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

Entre os rios afetados, destacam-se os dois maiores formadores do Rio Amazonas, o Negro e o Solimões, bem como gigantes como o Tapajós, Madeira, Juruá, Tocantins, Xingu e Purus, todos na região amazônica. A seca se estenderá até dezembro, com impactos severos, principalmente no estado do Amazonas, que deve enfrentar uma seca extrema.
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No Pantanal, além do próprio Rio Paraguai, cujo pulso de inundação é essencial para o bioma, os rios Cuiabá, São Lourenço e Aquidauana também estão em níveis críticos. O Rio Araguaia, que atravessa as regiões do Cerrado e da Amazônia, enfrenta uma situação igualmente preocupante.

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Fonte: Redação Terra


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