Manganês na água faz mal à saúde?

Descubra se o manganês na água faz mal à saúde e conheça os efeitos, tratamentos e como prevenir a contaminação em sua água potável.

O manganês é um elemento químico essencial para a saúde, mas quando encontrado em excesso na água potável, pode representar um grande perigo.

Em 2017, os níveis dessa substância no Rio Doce dispararam devido ao desastre ambiental causado pela mineradora Samarco, que despejou milhões de metros cúbicos de rejeitos no rio dois anos antes.

Essa contaminação impactou a qualidade da água e levantou sérias preocupações sobre a saúde pública. A exposição prolongada a altas concentrações de manganês pode afetar o sistema nervoso central, aumentando o risco de doenças como Parkinson e Alzheimer.

O que é o manganês e qual sua importância?

A Rota Ambiental, empresa especialista em equipamentos para tratamento de água, explicou que naturalmente presente no solo e na água, o manganês desempenha um papel essencial em diversas funções biológicas.

Ele participa da formação dos ossos, do metabolismo de carboidratos e da manutenção da saúde neurológica, sendo fundamental para o funcionamento adequado do organismo.

Além disso, sua capacidade de se combinar com outros elementos e atuar em processos químicos o torna indispensável para reações enzimáticas e funções antioxidantes.

No entanto, quando ingerido em excesso, pode se tornar prejudicial, afetando principalmente o sistema nervoso.

O manganês na água pode fazer mal?

Quando presente em concentrações elevadas na água potável, o manganês pode ser perigoso, especialmente para crianças e pessoas com predisposição a problemas neurológicos.

Estudos indicam que a exposição prolongada pode prejudicar o desenvolvimento infantil e levar a dificuldades cognitivas.

Entre os principais efeitos adversos, destacam-se fraqueza muscular, alterações psicológicas e comprometimento do sistema nervoso.

Para garantir a segurança da água consumida pela população, a Portaria GM/MS 888/2021 estabelece um limite máximo de 0,1 mg/l para o manganês na água potável.

Qual a concentração segura?

Os limites de manganês na água variam de acordo com a fonte. Em águas doces, o máximo permitido é 0,1 mg/l, enquanto em águas marinhas o limite é de 0,5 mg/l. No caso de águas subterrâneas, a regulamentação estabelece um limite de 100 mg/l.

Respeitar essas diretrizes é essencial para evitar impactos negativos na saúde e garantir a qualidade da água distribuída à população.

Como o manganês afeta a água potável?

A presença excessiva de manganês pode causar mudanças perceptíveis na água, tornando seu uso problemático.

Em locais afetados por desastres ambientais, como no caso do Rio Doce, essas alterações são ainda mais evidentes.

  • Sabor e odor desagradáveis: A água pode adquirir um gosto amargo e um cheiro de terra, tornando-a pouco atrativa para o consumo.
  • Mudanças na aparência: A coloração pode variar entre marrom e preta, comprometendo a confiança na qualidade da água.

Como remover manganês da água?

Para garantir que a água seja segura para o consumo, é necessário adotar processos de tratamento eficientes.

Métodos como filtragem e purificação são essenciais para eliminar o excesso de manganês e outros contaminantes.

Uma solução eficaz é o filtro para retirar ferro e manganês da água, que atua removendo esses elementos indesejáveis, melhorando a qualidade e o sabor da água potável.

  • Filtração por desferrizadores: Essa técnica remove tanto ferro quanto manganês sem o uso de produtos químicos, resultando em uma água mais pura. Para garantir o bom funcionamento dos filtros, é necessário realizar manutenções periódicas.
  • Assistência especializada: Empresas experientes no tratamento de água, como a BIOSIS, oferecem soluções eficientes para manter a qualidade da água e proteger a saúde da população.

Riscos da contaminação por manganês

A contaminação da água por manganês é um problema frequente em áreas com alta atividade industrial. O desastre de Mariana, por exemplo, comprometeu a qualidade da água do Rio Doce por centenas de quilômetros, deixando níveis elevados de manganês, ferro e alumínio na lama despejada.

Especialistas alertam que a exposição contínua a essa contaminação pode ser neurotóxica, especialmente para quem consome alimentos contaminados, como peixes e crustáceos.

Como prevenir a contaminação?

Manter a água potável livre de contaminação por manganês exige medidas preventivas eficazes. Algumas ações fundamentais são:

  • Filtração eficiente: Sistemas de tratamento devem ser instalados antes da distribuição para garantir a remoção de metais pesados.
  • Manutenção dos reservatórios: A limpeza e monitoramento frequente dos reservatórios ajudam a evitar o acúmulo de contaminantes.
  • Educação ambiental: Campanhas de conscientização ensinam a população sobre o descarte correto de resíduos e a importância da preservação da água.
  • Monitoramento contínuo: A parceria com órgãos reguladores permite um controle rigoroso da qualidade da água, garantindo que os níveis de manganês permaneçam dentro dos limites seguros.

A análise frequente da água é indispensável para evitar riscos à saúde. Com ações preventivas e tratamento adequado, é possível garantir que a água consumida seja segura e livre de substâncias prejudiciais.