Microsoft aproveita briga contra Apple e se une com Epic Games
30 de setembro de 2020Parece que a Epic Games ganhou uma aliada em sua batalha judicial que está ocorrendo há algumas semanas contra a toda poderosa Apple. A Microsoft está apoiando a desenvolvedora de jogos, que além de ter seu principal título removido da App Store, o Fortnite, está impedida de fornecer suporte e ferramentas relacionada a Unreal Engine, para iOS e macOS.
Como a empresa fundada por Bill Gates se aproveita da rixa
A Microsoft registrou um documento em uma corte do estado da Califórnia. No documento, a dona da marca Xbox e do Windows alegava que a empresa criada por Steve Jobs, ao revogar o acesso da Epic a ferramentas de desenvolvimento de jogos no sistema iOS e macOS, estaria ameaçando a comunidade de criadores de jogos em sua totalidade, e que eles não tem nada a ver com a batalha judicial. Em toda essa briga, jogadores também acabaram sendo prejudicados, mas se você quer continuar se divertindo e não depender dos caprichos das grandes empresas há, entre muitas opções de jogos disponíveis na internet, cassinos online que oferecem bônus de registro e que apresentam uma experiência de jogatina tão ou mais emocionante quanto o Fortnite.
O documento é assinado por Kevin Gammill, gerente de experiências de desenvolvedores de jogos da Microsoft. Para Gammill, a decisão da Apple cria muitas desvantagens para os desenvolvedores de títulos que utilizam a Unreal Engine, o motor gráfico criado pela Epic Games. A partir do ponto de vista do executivo, quando a gigante da tecnologia impõe essa decisão, acaba impedindo a entrada de muitos profissionais em sua plataforma além de gerar problemas para aqueles que já utilizavam a ferramenta. Ele ainda ressaltou que foi pego de surpresa com o rumo que as coisas levaram.
Perda de tempo e dinheiro
Gammill ainda aproveitou para explicar porque a medida é tão prejudicial. Segundo ele, as decisões relacionadas à produção de games são tomadas anos antes do seu lançamento, com base principalmente em contratos e garantias, e que com a medida tomada pela Apple, essas cláusulas são interrompidas. A falta de confiança gerada, de que as ferramentas de suporte concedidas não são permanentes, gera um burburinho em todo o mercado de games, e faz com que vários projetos que estavam em andamento fiquem por um fio – necessitando de adaptações de última hora, que geralmente são muito caras e até mesmo impossíveis de serem feitas. Isso rende somente perda de tempo e dinheiro, levando alguns projetos à ruína.
No documento, ainda estão presentes afirmações sobre como a Unreal Engine é fundamental, não somente para Epic Games, mas também para o nicho do mercado de jogos eletrônicos, que inclui o próprio mercado de iOS, uma das principais forças no mobile. Para provar seu argumento, a Microsoft cita o seu próprio caso – a empresa conta com um contrato de licenciamento válido por alguns anos relacionado ao uso da Unreal Engine, além de muitos estúdios sob a sua posse que utilizam a ferramenta para criar e desenvolver seus títulos, que serão lançados para Xbox, PC e dispositivos móveis, até aqueles com sistema operacional iOS.
O texto ainda afirma que a Unreal Engine é uma tecnologia das mais versáteis, além de baratas, sendo um dos principais alicerces para os negócios de desenvolvedores independentes. Por conta disso, ao impedir que a Epic Games forneça ferramentas e suporte relacionados a Unreal Engine no macOS e iOS, a empresa fundada por Jobs acaba interferindo e prejudicando de forma direta os criadores e sua atuação.
A decisão da Apple pode atingir também jogos já lançados para o iOS e macOS. Sem acesso a elementos necessários para o lançamento de atualizações, muitos games podem apresentar problemas ao serem rodados em hardwares novos da Apple ou até mesmo com atualizações do seu sistema operacional, fazendo com que muitos jogos sejam removidos da App Store sem que seus criadores possam fazer nada a respeito. Uma medida como essa agride ainda mais as empresas criadoras de jogos que trabalham ou já trabalharam junto à Apple. Nas redes sociais, o documento recebeu apoio de Phil Spencer, diretor da marca Xbox.
Naiá Editorial & Escritora Digital