NACIONAL | AMAZONAS: PF cumpre mandados de prisão e é recebida à tiros por família de gêmeas “fura-fila”

3 de junho de 2021 Off Por Ray Santos
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Operação Sangria tem 19 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão temporária, envolvendo governador e Secretário de Saúde

Por LEO RIBEIRO

02/06/21 às 11H00 atualizado em 02/06/21 às 11H07

Na casa de Nilton Costa Lins Júnior, agentes foram recebidos a tiros. – (Reprodução)

No Amazonas, a Polícia Federal deflagrou a 4ª fase da “Operação Sangria” para cumprir mandados de prisão, após investigações apontarem supostas irregularidades na construção do hospital de Campanha Nilton Lins, usado para o combate à Covid no estado. Ao todo são 19 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão temporária por ordem do STJ.

Na casa de um dos alvos, o empresário Nilton Costa Lins Júnior, agentes da polícia foram recebidos a tiros. Segundo o portal G1, não foi informado se os disparos foram feitos em direção aos policiais ou para o alto.

Ele é suspeito de integrar esquema de desvio de recursos, sobrepreço e fraude à licitação na construção do hospital de campanha Nilton Lins. Ainda, segundo informações do Brasil 247, o tiros teriam sido efetuados pelo filho do empresário.

Nilton e sua família ficaram nacionalmente famosos após as duas gêmeas, Gabrielle e Isabelle Kirk Lins – filhas da atual mulher do presidente da mantenedora da Universidade Nilton Lins – serem nomeadas para cargos comissionados na prefeitura, às vesperas do início da vacinação em Manaus.

David Almeida, prefeito local pelo partido Avante, assinou a nomeação das gêmeas ricas  às pressas, assim elas ficaram conhecidas pelo ato ilícito de “furar-filas” e ainda conseguirem tomar a segunda dose do imunizante, quatro dias após os pedidos de exoneração, de acordo com o Portal Brasil 247.

Segundo reportagem da Veja, as meninas são recém-formadas em medicina. Assumiram cargo na UBS na cidade de Manaus e, logo no primeiro dia de disponibilização da Coronavac no Amazonas, tomaram a vacina.

Ainda, são alvos de mandado de prisão o secretário de Saúde Marcellus Campêlo e outros quatro. Agentes realizaram buscas na casa do governador, na sede do governo amazonense, na Secretaria de Saúde, na casa do secretário, na residência do dono do Hospital Nilton Lins e na própria unidade hospitalar. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou também quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do governador e do secretário de Saúde.

** (Com informações da VEJA, Brasil 247 e G1 Política).

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