O que um país precisa para ser sede de uma Copa?

O que um país precisa para ser sede de uma Copa?

29 de novembro de 2022 Off Por Ray Santos
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Para sediar a maior competição futebolística mundial, é preciso ter atributos turísticos e cumprir uma lista de exigências 

A atenção de grande parte do planeta está voltada para a Copa do Mundo de futebol, que, neste ano, está sendo realizada no Catar, uma península arábica localizada na Ásia Ocidental. Esse é um dos mais importantes eventos esportivos e, por isso, mobiliza torcidas e investidores de diferentes nações. 

Por se tratar de um grande evento de porte mundial, existem regras rigidamente definidas para garantir a lisura e transparência de decisões e encaminhamentos. Poucos sabem, porém, que a burocracia, neste caso específico, surgiu para apaziguar os ânimos entre países competidores, especialmente da Europa e das Américas. 

Em resumo, desde a primeira Copa, realizada no Uruguai, no ano de 1930, houve discussões e controvérsias em relação ao local do evento. A distância sempre foi um ponto frágil nos debates, e a solução encontrada pela Federação Internacional de Associações de Futebol (FIFA), organizadora oficial da Copa, foi estabelecer um sistema de votação e diversos critérios para a escolha do novo país-sede dos jogos. 

Regras vigentes

Atualmente, para que um país seja a sede da Copa do Mundo, é necessário cumprir exigências estipuladas pela FIFA. Os requisitos fiscalizados pela entidade avaliam a quantidade mínima de 12 estádios de futebol, sendo ao menos um com capacidade para até 80 mil pessoas; segurança da área; espaço exclusivo para as delegações de futebol e treinamento dos times; e competência para acomodar e sustentar as transmissões das emissoras de todo o globo. 

Além do investimento em infraestrutura, existe a negociação relacionada com a eleição da nova sede. Até 2018, fazia-se um rodízio entre os continentes, mas o Comitê Executivo da Fifa votou por unanimidade para o fim dessa regra. Com isso, a competitividade se adensa na mesma proporção que o interesse em receber a competição. Ser um país-sede proporciona vantagens econômicas ao aumentar o fluxo de turistas e, consequentemente, as buscas por passagem aérea, hospedagem e comércios locais durante a Copa do Mundo. 

A decisão final sobre a nação que receberá o torneio cabe aos membros do Comitê Executivo, sendo possível por aclamação (mais de 50% dos votos) ou acordo entre os países que disputam a oportunidade de sediar o evento. Com exceção do Catar, a sede da Copa é eleita com, aproximadamente, sete anos de antecedência. Por isso, já se sabe que Estados Unidos, México e Canadá serão, juntos, os países-sede do torneio em 2026. Apesar das distâncias continentais, as projeções indicam que a competição terá recorde de participantes. 

Por Luisa Pereira


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