O que você precisa saber sobre o câncer de mama?
29 de setembro de 2022Mastologista da Unimed Campo Grande responde perguntas mais comuns
Cuidar da saúde da mulher é uma pauta frequente em toda a sociedade, mas, ainda assim, a desinformação sobre vários assuntos é uma barreira que precisa ser superada. Exemplo disso é o câncer de mama. Há mais de 20 anos, a campanha Outubro Rosa promove a conscientização sobre a doença, que se diagnosticada e tratada no início, tem grande chance de cura.
E para esclarecer as principais dúvidas sobre o tipo da doença com alto índice de mortalidade entre as mulheres, a Unimed Campo Grande conversou com a Dra. Samela de Oliveira Santos, mastologista da cooperativa médica. Confira!
1. O câncer de mama é hereditário?
Esse tipo de câncer pode ser hereditário, que é quando os familiares passam essa informação geneticamente aos filhos, e a porcentagem neste caso é de 10%. Porém, a maior parte dos cânceres, 90%, são adquiridos através dos hábitos carcinogênicos ao longo da vida.
2. Quais os sintomas da doença?
O principal sintoma é a presença de um nódulo palpável, mas existem outros relacionados à doença, como a saída de uma secreção pelo complexo aréolo-mamilar (mamilo), que pode ser transparente ou mais avermelhada. Também pode ocorrer o abaulamento ou uma retração na mama, alteração na pele, como a cor e o aspecto de “casca de laranja” (inchada e com vários pontinhos).
No consultório, a principal manifestação que observamos em uma paciente é a presença de nódulo não palpável ou de microcalcificações e isso é detectado nos exames de imagem.
3. Homens também podem ter câncer de mama?
Podem, sim! A incidência nos homens é de apenas 1%, e por isso não temos um programa de rastreamento específico para eles, porém, quando se nota uma alteração visível ou palpável na mama, é necessário procurar um mastologista para que seja feito o diagnóstico diferencial.
Quando um homem é diagnosticado com câncer de mama é preciso suspeitar sempre de uma alteração genética.
4. Mulheres podem engravidar e amamentar após tratar a doença?
Após o término do tratamento contra o câncer as mulheres podem sim gestar, mas o recomendável é que a gestação ocorra após os três primeiros anos após o tratamento, e o ideal seria somente após os cinco primeiros anos pelo risco existente da doença voltar.
Em relação à amamentação, se a paciente passou por tratamento ou uma cirurgia conservadora da mama ela pode amamentar normalmente, mas pode ser que ela encontre alguma dificuldade.
5. É possível prevenir o câncer de mama?
A prevenção do câncer de mama é uma questão multifatorial, que depende de vários fatores, o que exige que tenhamos hábitos saudáveis, como não fumar, e isso inclui todos os tipos de cigarro: palha, eletrônico, narguilé, etc., não consumir bebidas alcóolicas, porque não existe um limite considerado aceitável quando o assunto é a prevenção a esse ou a qualquer tipo de câncer, evitar o sedentarismo e a obesidade. Importante saber também que mulheres que gestam (engravidam) mais e amamentam produzem um fator de proteção a mais a esse tipo de câncer.
A mastologista enfatiza ainda “como vemos, não existe uma receita ou um remédio único que interfira na proteção ao câncer de mama. Essa é uma realidade, principalmente no público feminino. Então tudo o que pudermos fazer para evitar a doença, através de hábitos de vida saudáveis, é válido. E lembre-se! Faça sempre os exames de rotina, porque quem se cuida, se previne e se ama”.
Comunicação Unimed Campo Grande – MS