Operação no Rio mira empresas suspeitas de lavar R$ 135 milhões da milícia liderada por Zinho

Operação no Rio mira empresas suspeitas de lavar R$ 135 milhões da milícia liderada por Zinho

28 de fevereiro de 2024 Off Por Ray Santos
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Foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra 9 pessoas físicas e 7 jurídicas em bairros como Barra da Tijuca e Santa Cruz

Redação Terra Redação Terra 

28 fev 2024 – 14h47
(atualizado às 14h51)
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Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho
Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Estado (MPRJ) deram início nesta quarta-feira, 28, à Operação Cosa Nostra Fraterna, que tem como objetivo combater a lavagem de dinheiro ligada à milícia liderada por Luiz Antonio da Silva Braga, conhecido como Zinho, que está preso desde o fim do ano passado. A suspeita é que as empresas investigadas na ação tenham movimentado R$ 135 milhões entre 2017 e 2023.

De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, agentes da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) cumpriram mandados de busca e apreensão contra nove pessoas físicas e sete jurídicas em bairros como Paciência, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Guaratiba, Vargem Grande, Santa Cruz e Cosmos.

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A Justiça também determinou a interdição das empresas e o bloqueio de bens móveis e imóveis. Essa é a primeira grande operação realizada no Rio de Janeiro com apoio do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra).

A força-tarefa, composta por agentes da Polícia Civil e representantes de órgãos e instituições estaduais e federais, atua no combate a crimes financeiros e lavagem de dinheiro, visando desmantelar o tráfico de drogas e as milícias no Rio de Janeiro.

Além dos agentes da DCOC-LD, policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) também participam da operação. As ações são realizadas em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
Quem é Zinho

Zinho, é tio de Faustão e irmão de Wellington da Silva Braga, o Ecko, que chefiava a Liga da Justiça, a maior milícia fluminense. Com a morte de Ecko, Zinho é quem está à frente da organização criminosa. De acordo com o jornal O Globo, ele não passou por nenhuma força policial, mas, antes de comandar o grupo, era responsável pela contabilidade e lavagem de dinheiro.

Além de Ecko, outro irmão de Zinho já chefiou a associação criminosa, Carlos da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes. Conforme o Disque Denúncia, promotores do Ministério Público levantaram que o criminoso também é o sócio de duas empresas que fazem extração de saibro.

Ainda segundo O Globo, Zinho arrecada entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões mensais, na região que engloba a maior parte dos bairros de Santa Cruz, Campo Grande e Paciência. Grande parte do dinheiro é proveniente do transporte alternativo. Ele já foi preso por porte Ilegal de arma de fogo e associação criminosa.

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Fonte: Redação Terra


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