Paciente relembra de entubação, cirurgia no coração, perda de bebê e importância do cuidado humanizado para recuperação
29 de setembro de 2022Publicitária ainda conta sobre o enfermeiro que colocou música e segurou sua mão enquanto esteve na CTI
Um sorriso largo, daqueles que brota no rosto espontaneamente e impõem a certeza de que dias melhores já chegaram. Uma cicatriz, de um coração renovado, que carrega consigo histórias de uma batalha vencida e de uma nova vida para viver. Postura firme, mas relaxada, de alguém que venceu e continua vencendo dia após dia. Esta é Melanieh Corrêa Monteiro Cipriano, publicitária e (ex) paciente do Hospital Unimed Campo Grande.
Quem olha Melanieh não imagina as histórias que carrega, mas bastam cinco minutos para saber de seu maior desafio. Ao todo, neste enredo, ela perdeu seu bebê e, só de internação no hospital da cooperativa, foram 45 dias, uma entubação e uma cirurgia no coração.
“Tenho uma doença chamada púrpura trombocitopênica idiopática, e bem no começo da pandemia sofri uma queda de plaquetas, porque essa doença começa a combater seu próprio corpo e as plaquetas diminuem. Neste mesmo período eu estava grávida. Tive várias complicações, acabei tendo uma infecção generalizada por Staphylococcus e, com isso, perdi meu bebê. Logo e seguida fui internada no Hospital Unimed CG”, lembra.
Um dia após o outro foi passando. Junto ao tempo houve mudanças drásticas e repentinas, deixando a publicitária e toda sua família preocupados pelo que estava por vir.
“Fiquei entubada por um bom tempo e eles descobriram que a bactéria estava alojada no meu coração. Precisei fazer uma cirurgia de emergência. Além disso, precisei também pedir doações de sangue. Após um tempo conseguimos as doações e assim consegui fazer a cirurgia. A partir disso, começamos a combater a infecção. No começo não entendia o que estava acontecendo comigo, mas acho que para minha família foi o mais impactante, porque eles recebiam as notícias de tudo que estava acontecendo comigo”, explica.
Mesmo vivendo momentos delicados, Melanieh relembra com carinho de seu período na unidade hospitalar, e ainda conta da influência que uma equipe dedicada e humana pode fazer em um processo de recuperação.
“Durante todo o processo os profissionais sempre foram muito racionais, mas ao mesmo tempo humanos. Eu tinha uma fisioterapeuta que todo dia, às 7h, chegava super alegre. Eu sempre estava meio para baixo, porque era mais um dia dentro do hospital e ali, naquele início da manhã, ela transformava o meu dia. Essas pessoas que colocavam o meu dia realmente para funcionar e meu ânimo para cima”, diz.
Outro instante foi marcante para Melanieh. Uma situação que sempre a emociona e foi gravada com muito carinho em sua memória. “Durante esse longo período de internação teve um momento que me marcou e aconteceu dentro do Centro de Terapia Intensiva (CTI). Foi quando eu realmente estava retomando a minha consciência da entubação e eu sentia muita falta da minha família. Lembro que estava chorando e um enfermeiro veio conversar comigo, não sei ao certo o que falei para ele, estava ‘grogue’, mas sei que pedi para ele colocar um hino. Ele colocou, ficou segurando minha mão o tempo todo e eu chorando, até que me acalmei e acabei dormindo. Recordo bem pouco da fisionomia dele, mas sem palavras, agradecimentos sempre”.
Hoje, tempos depois de sua internação, sentada em um banco do bosque do Hospital Unimed CG, Melanieh olha para a entrada da recepção de internação e confessa que apesar de todos os desafios, não houve traumas. “Sou muito feliz de todo processo que passei e sou muito grata por tudo e pela vida de cada um que cuidou/cuida de mim”, finaliza.
Clique aqui e assista o relato completo!
Comunicação Unimed Campo Grande – MS