Pequenos negócios geraram quase 70% das vagas abertas em fevereiro no Brasil

30 de abril de 2021 Off Por Ray Santos
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Do total de 401.639 vagas registradas em carteira, pouco mais de 275 mil delas foram abertas por micro e pequenas empresas

Os micro e pequenos negócios foram responsáveis por 68,5% dos empregos criados no Brasil em fevereiro, com pouco mais de 275 mil vagas geradas. Ao todo, foram 401.639 empregos com carteira assinada no mês de análise, segundo dados do levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. As médias e grandes empresas criaram 101 mil vagas no mês.

“Este é o oitavo mês consecutivo que as micro e pequenas empresas puxam a geração de empregos com carteira assinada. São os pequenos negócios que sustentam a geração de empregos no país e, por isso, é tão importante que sejam realizadas políticas públicas que amparem este segmento”, afirma Carlos Melles, presidente do Sebrae.

Segundo a pasta, este é o melhor resultado para fevereiro desde o início da série histórica, em 1992. Antes, a maior geração de emprego no período havia sido registrada em 2011, quando foram criadas 280.779 vagas formais de emprego. No acumulado do primeiro bimestre de 2021, 611 mil empregos foram gerados, sendo 476,7 mil (72,26%) em micro e pequenas empresas. 

O cálculo é feito utilizando o total de contratações no período – somaram 1.694.604 no mês passado – com a subtração do número de demissões – 1.292.965. Para obter estes dados, o Caged realiza pesquisas mensais com empregadores e, desde  o início do ano passado, informações do eSocial e do empregadorWeb – sistemas usados para registrar pedidos de seguro-desemprego – estão agregadas ao valor inicial de cálculo.

O saldo positivo obtido é importante por conta do período instável vivido na economia com a pandemia. Com a alta de casos e mortes, governadores e prefeitos buscam formas de conter o avanço da doença, sem que o setor de serviços seja atingido. No entanto, há medidas que estabelecem o fechamento dos locais fechados com maiores índices de circulação de pessoas, como o comércio.

Economia na pandemia

No decorrer da pandemia, a economia do país sofreu perdas em investimentos e empresas em solo brasileiro. Com isso, metade dos cidadãos se encontra sem segurança alimentar pela primeira vez em 17 anos, de acordo com a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan).

Por conta disso, há um consenso geral sobre a necessidade da distribuição do auxílio-emergencial para quem necessita dele para se manter durante o período. Agora,  aos que possuem renda acima do máximo para a concessão do benefício, é importante organizar as finanças, negociar dívidas e criar uma reserva de emergência para eventuais imprevistos na pandemia, que deve perdurar por mais alguns meses. 

Por Luisa Pereira


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