Por que precisamos falar sobre a Doença de Alzheimer?

28 de setembro de 2023 Off Por Marco Murilo Oliveira
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Imagine um mundo onde os adultos são minoria. Jovens e crianças seguem a mesma tendência o que acontece sobretudo pela menor taxa de nascimentos e maior longevidade.

Neste contexto – onde há maior predominância de pessoas idosas e menos nascimentos, a Doença de Alzheimer, principal condição entre as demências, ganha relevância sobretudo considerando o aumento da população idosa.

A Doença de Alzheimer é a principal entre todas as demências, e seu impacto abala não apenas pessoas com essa condição, mas também suas famílias, cuidadores e a sociedade como um todo.

O que é a Doença de Alzheimer?

A Doença de Alzheimer é uma enfermidade neurodegenerativa progressiva e irreversível que afeta principalmente a função cognitiva. Esta condição recebeu esse nome em homenagem ao médico alemão Alois Alzheimer, que a descreveu pela primeira vez em 1906. Desde então, a pesquisa sobre a doença tem avançado consideravelmente, mas ainda não existe cura.

A primeira razão pela qual devemos falar sobre a Doença de Alzheimer é o seu impacto crescente na sociedade. Com o envelhecimento da população em muitos países, a incidência da doença está aumentando. O envelhecimento é o maior fator de risco para o desenvolvimento da doença, e à medida que as pessoas vivem mais, a prevalência da Alzheimer também aumenta. Isso coloca um fardo significativo no sistema de saúde, nos cuidadores e nas famílias que enfrentam desafios emocionais e financeiros imensos.

Além disso, a Doença de Alzheimer é uma das principais causas de demência no mundo. A demência é uma condição que afeta a memória, o pensamento, o comportamento e a capacidade de realizar atividades diárias. À medida que a Doença de Alzheimer progride, os indivíduos podem perder a capacidade de se comunicar, reconhecer seus entes queridos e cuidar de si mesmos. Isso não apenas resulta em sofrimento para os pacientes, mas também coloca uma carga emocional e física significativa sobre seus cuidadores, muitos dos quais são membros da família.

A Doença de Alzheimer também tem um impacto econômico considerável. Os custos associados ao tratamento e ao cuidado de pacientes com Alzheimer são altos. Isso inclui despesas médicas, custos com cuidadores, perda de produtividade no trabalho devido ao cuidado de familiares, entre outros. À medida que a doença se torna mais prevalente, esses custos só tendem a aumentar, o que pode sobrecarregar sistemas de saúde já sobrecarregados.

Outro motivo para falar sobre a Doença de Alzheimer é a necessidade de pesquisa contínua. Atualmente, não existe cura para a doença, apenas tratamentos que ajudam a aliviar os sintomas temporariamente. O desenvolvimento de tratamentos eficazes e, eventualmente, de uma cura, requer investimento em pesquisa científica. É vital que a sociedade reconheça a importância de apoiar a pesquisa sobre a Alzheimer, pois isso pode levar a avanços significativos no entendimento e no tratamento da doença.

Além disso, falar sobre a Alzheimer é essencial para aumentar a conscientização pública. O estigma associado à doença muitas vezes leva a um diagnóstico tardio, o que limita as opções de tratamento e cuidado. Promover a conscientização pode incentivar as pessoas a procurarem ajuda mais cedo, o que pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias.

O que eu posso fazer agora?

A Doença de Alzheimer também destaca a importância do planejamento futuro. Neste contexto, é fundamental adotar bons hábitos de vida como boa alimentação, exercícios físicos e treino cognitivo, ou ginástica para o cérebro, que interfere na criação de reserva cognitiva, um agende protetor que pode impedir o diagnóstico da doença no futuro

“Além da genética, fatores ambientais e comportamentais também desempenham um papel crucial na longevidade. Centenários frequentemente compartilham hábitos de vida saudáveis, como uma dieta equilibrada rica em nutrientes, a prática regular de atividade física e a manutenção de relações sociais significativas. Chamamos atenção ainda para o treino cerebral que tem se mostrado como significativa possibilidade para inúmeras pessoas no Brasil que adotaram a ginástica para o cérebro como estilo de vida”, alertou a assessora e parceira científica do método SUPERA – Ginástica para o cérebro, a professora – doutora Thais Bento Lima.

A Doença de Alzheimer é a principal entre todas as demências e exige uma atenção significativa da sociedade. Seu impacto crescente, tanto em termos de saúde pública quanto econômico, torna essencial que falemos sobre ela. Isso inclui a promoção da conscientização, o apoio à pesquisa, a preparação para o futuro e a busca de soluções para aliviar o sofrimento das pessoas afetadas pela doença. Somente através do reconhecimento e da ação coletiva podemos enfrentar adequadamente esse desafio que afeta milhões de vidas em todo o mundo.

Ana Lucia Ferreira


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