Quantos treinadores da seleção brasileira estiveram no comando por duas copas seguidas?

22 de agosto de 2022 Off Por Ray Santos
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Fonte: Unsplash

O comando da seleção brasileira é o sonho de qualquer treinador brasileiro. Mas também é inegável que a pressão pode ser exagerada, já que o futebol é o esporte nacional e criticar o técnico é quase que uma atividade diária para milhões e milhões de brasileiros.

Comparado com outras seleções, como a Alemanha, o Brasil tem um grande número de treinadores em sua história, com anos especialmente turbulentos. O mais marcante foi após a Copa de 1998, quando Vanderlei Luxemburgo e Emerson Leão caíram e Luiz Felipe Scolari assumiu a seleção um ano antes da Copa de 2002. O resultado foi o penta.

Neste momento há um cenário de calmaria e Tite é o treinador da seleção há seis anos, assumindo uma barra pesada em 2016 após a segunda passagem de Dunga pelo cargo. Seu trabalho é considerado bom, apesar da decepção na Copa de 2018, com a derrota para a Bélgica.

Por isso ele ganha nova chance em 2022 e chega como o favorito para a conquista segundo as casas de apostas. Caso você queira dar Palpites Copa do Mundo confira a lista preparada pelo site Academia de Apostas com as melhores plataformas, métodos de pagamento e também bônus de boas-vindas.

O Brasil, junto com a França, é o favorito para a maior parte das casas. Mas o tiro pode sair pela culatra, afinal a canarinho quase sempre é vista pelo mundo como uma das seleções mais fortes, mas nas últimas quatro edições somou decepções. Não precisamos lembrar de 2014, não é mesmo?

O que chama a atenção na permanência de Tite é a dificuldade para lembrar que o treinador teve a mesma chance que ele teve de treinar por duas copas seguidas. Quantas vezes isso aconteceu antes?

A resposta é apenas duas vezes. E uma delas tem um adendo. É preciso voltar aos anos 80 para recordar que Telê Santana conseguiu esse feito, treinando o Brasil na Copa de 1982 e 1986. Apesar de ter perdido em 1982, o encantamento com Telê e sua seleção espetacular não acabou, mas ele saiu por causa de uma proposta irrecusável financeiramente do mundo árabe.

Na preparação para a Copa de 1986 a seleção não engrenou e Telê voltou para ter uma segunda chance. O time estava invicto, mas mesmo sem perder caiu nos pênaltis para a França após empate no tempo normal.

Ou seja, assim como Tite, Telê teve chance em duas Copas seguidas sem ter vencido a primeira. Já Zagallo não: ele venceu em 1970 e conseguiu crédito para continuar até 1974. O Velho Lobo foi o comandante na conquista histórica do México e teve a primeira chance do sonhado Tetra (que só viria em 1994) já na Copa do Mundo da Alemanha. Entretanto a derrota para a Holanda foi um marco no futebol brasileiro devido ao estilo de jogo moderno e atrevido da Laranja Mecânica.

Voltando um pouco mais, é interessante notar que Vicente Feola e Aymoré Moreira, treinadores do Brasil na conquista de 1958 e 1962, não tiveram a chance de repetir as conquistas, mas se intercalaram na seleção. Feola saiu depois de 1958 por problemas de saúde e Moreira conquistou o bi. Feola voltou para 1966, uma campanha trágica, e depois foi substituído por Moreira, que não conseguiu ficar e foi substituído por João Saldanha. Aliás, este também não foi o treinador na Copa de 1970. Foi Zagallo.

Antes disso, o Brasil teve uma enorme série de comandantes e nas Copas ninguém conseguiu ficar no cargo por duas seguidas. Flavio Costa poderia ter conseguido isso, sendo até hoje um dos técnicos com maior permanência no cargo. Entretanto, o treinador assumiu o cargo em 1945 e em 1946 ainda não teve Copa, algo que só foi acontecer em 1950 no Brasil. Não preciso lembrar de 1950, não é?

Redação


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