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A absorção líquida acumulada em 2024 foi de 41.612 m², praticamente o dobro da média histórica de 20.663 m², o que reforça o apetite por novos escritórios na região
A região conhecida como Pinheiros expandida, que se refere ao eixo Pinheiros/Rebouças, que vai além do Rio Pinheiros, tem se destacado como um importante polo de atração para o mercado imobiliário corporativo.
Nos últimos anos, a vacância de imóveis na região tem caído significativamente, enquanto o valor do metro quadrado tem registrado constante elevação.
Essa tendência reflete a crescente demanda por escritórios bem localizados e com boa infraestrutura, o que faz da região uma extensão natural da Avenida Rebouças, um dos principais eixos de desenvolvimento de novos escritórios em São Paulo.
O mercado corporativo dessa região abrange bairros como Pinheiros, o eixo da Rebouças e edifícios próximos à Marginal Pinheiros, todos situados na Zona Oeste da cidade.
O desenvolvimento da Linha Amarela do metrô, especialmente ao cruzar o Rio Pinheiros, impulsionou a atração de novos empreendimentos comerciais nos arredores da Estação Butantã.
Em relação à mobilidade, a Prefeitura de São Paulo, através da SP Obras e via investimentos da OUCFL (Operação Urbana Consorciada Faria Lima), está na fase final das obras da Ciclopassarela Jornalista Erika Sallum.
O projeto conectará pedestres e ciclistas às duas margens do Rio Pinheiros. De um lado, a passarela dará acesso à Praça Oliveira Penteado, e do outro, à Rua Eugênio de Medeiros. O investimento é da ordem de R$ 40 milhões com entrega estimada para janeiro de 2025.
Os dados do 3º trimestre de 2024 mostram o vigor desse mercado. O estoque total na região conta com 86 edifícios, totalizando 704.814 m², com uma taxa de crescimento de 6,47% desde 2005.
Somente nos primeiros nove meses de 2024 foram entregues 40.566 m² de novo estoque, superando a média histórica de 25.851 m²/ano verificada entre 2006 e 2023.
Além disso, atualmente ainda temos outros 80.131 m² de escritórios em construção, previstos para serem entregues até o final deste ano.
Só em 2024, foram entregues 40.566 m² de novo estoque, e mais 80.131 m² estão em construção, superando a média histórica de 25.851 m² anuais entre 2006 e 2023.
A taxa de vacância, atualmente em 13,98%, está dentro da faixa de equilíbrio (10% a 15%), o que indica um mercado saudável.
A absorção líquida acumulada em 2024 foi de 41.612 m², praticamente o dobro da média histórica de 20.663 m², o que reforça o apetite por novos escritórios na região.
Da mesma forma, a absorção bruta acumulada neste ano foi de 68.637 m², muito acima da média histórica de 47.118 m².
Os novos edifícios nesse eixo têm sido rapidamente locados, com valores pedidos de aluguel que variam entre R$ 125,00 e R$ 160,00 por metro quadrado.
Entre as transações recentes de destaque, o HBR Corporate Tower Pinheiros foi 100% pré-locado pelo Hospital Albert Einstein, e o White 2880 foi inteiramente locado para a Stone.
Outros empreendimentos, como o Pinheiros One têm se destacado com importantes locações recentes. A Zamp, responsável pelas operações no Brasil de Burger King, Popeyes, Subway e Starbucks, assinou recentemente um contrato de locação equivalente a quase 4 mil m².
Atualmente, o prédio já abriga empresas como Braskem, Flora, Riachuelo e Felsberg, além da Barzel, uma das proprietárias do edifício, ao lado da Tellus.
Com 70% de ocupação, o prédio atualmente passa por um retrofit, com investimentos de mais de R$ 20 milhões.
Outros destaques da região são o River One, que atingiu 76% da ocupação, com locações para empresas como Editora Globo, Iron Mountain e Plano & Plano.
O River South, empreendimento ainda em desenvolvimento, deve se juntar ao estoque de alta qualidade da região no 2º semestre de 2025. Trata-se de um complexo mixed-use que contará com unidades residenciais, mais de 20 mil m² de área corporativa e outros 2.500 m² destinados a incrementar o comércio local da região.
Além disso, vale destacar o recente lançamento da Cyrela e J. Safra Properties na região. Trata-se do projeto Vista Cyrela Furnished by Armani/Casa.
O empreendimento residencial será um dos altos da capital paulista, alcançando 206 metros de altura.
O mercado corporativo no eixo Rebouças e Butantã consolida sua relevância como um dos principais destinos para a expansão de negócios em São Paulo, impulsionado por alta demanda, fácil acesso, investimentos contínuos em infraestrutura urbana e novos empreendimentos de qualidade.
Adriano Santos