Resposta da StandWithUs Brasil à nota emitida pelo Ministério das Relações Exteriores
10 de maio de 2023São Paulo, dia 10 de maio de 2023
Foto: Arquivo
Resposta da StandWithUs Brasil à nota emitida pelo Ministério das Relações Exteriores
Sobre a nota à imprensa número 174, com o título “Bombardeios israelenses na Faixa de Gaza”, divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, na terça-feira, 09 de maio, a StandWithUs Brasil se manifesta publicamente, com o objetivo de diferenciar ações empreendidas pelo Exército de Israel, um país democrático sob ataque, e os métodos utilizados pelos grupos Jihad Islâmica Palestina, Hamas e Cova dos Leões, considerados organizações terroristas por países como Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Japão e países da União Europeia.
No último mês, mais de 100 foguetes foram lançados contra Israel pela Jihad Islâmica Palestina. Apenas nesta quarta-feira, 10, foram mais de 450.
Os ataques aéreos visam civis israelenses, que também são alvo de outras formas de terrorismo, tendo sido vítimas de tiroteios, explosões, esfaqueamentos e atropelamentos propositais, desde o início de 2023, sem nunca serem tema de uma nota oficial do governo brasileiro, e tampouco receberam suas “condolências” e “solidariedade”, palavras dirigidas apenas aos palestinos no texto oficial de ontem.
Com o objetivo de proteger seus cidadãos, as Forças de Defesa de Israel retaliaram alvos da Jihad Islâmica Palestina, no início da semana, matando três de seus principais oficiais, segundo confirma a própria organização.
Como a nota do Itamaraty atesta, infelizmente, a operação foi realizada em uma área residencial, mas é importante esclarecer o motivo: é em bairros residenciais que membros de grupos terroristas se escondem e mantêm seu aparato bélico, com o objetivo de usar a própria população palestina como escudo humano.
Embora a nota oficial da chancelaria brasileira lamente as perdas de pessoas de lado a lado, sua posição não é condizente com os valores democráticos, pois dá a impressão de igualar ações de um exército comprometido com regras e procedimentos perante a Lei Internacional e exercendo seu direito e dever de proteger sua população, à metodologia destrutiva de grupos terroristas, que não é nociva apenas aos israelenses, mas, principalmente, à própria população da Faixa de Gaza e da Cisjordânia.
A maior parte das mortes de palestinos ao longo do ano foi de membros de grupos terroristas empenhados em atacar cidadãos israelenses, ao passo que a maioria das vítimas israelenses eram civis.
A Jihad Islâmica, cujo nome não é sequer citado no texto, é contra a Autoridade Nacional Palestina, do presidente Mahmoud Abbas, com o qual não aceita nenhuma interlocução.
Seu objetivo é a total aniquilação de Israel, fazendo com que seu território fique sob governo de uma ditadura islâmica.
Negociações de paz entre lideranças israelenses e palestinas requer que o lado palestino na Faixa de Gaza, atualmente sob controle ditatorial do Hamas, deixe as armas e reconheça o direito de Israel existir – algo que, até hoje, o grupo nega terminantemente.
Não há como o Brasil incentivar negociações de paz num cenário como o atual, em que o governo palestino controla uma parte do território, a Cisjordânia, enquanto a Faixa de Gaza está nas mãos de extremistas.
O Itamaraty, em respeito à sua história, deveria ser mais cuidadoso com suas palavras, evitando a desinformação, como vista em sua última nota, que parece condenar Israel pela sua defesa.