Seguro de vida: investimento ou cuidado?
27 de maio de 2021Foto: Google
Mesmo que já exista desde o século XVII, muita gente ainda não sabe como esses seguros funcionam
Se nós perguntarmos se você sabe como funciona um seguro automotivo, provavelmente saberá como responder, já que é algo presente na vida de muitas pessoas. Quando falamos sobre seguro de vida, porém, a realidade costuma ser bem diferente, já que muitas pessoas não sabem como ele funciona.
De acordo com a CNSEG (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais), 70% dos automóveis em 2017 circulavam sem cobertura. Ao compararmos com dados do IBGE, referentes ao mesmo ano, a frota de automóveis era de 52,9 milhões, ou seja, mais de 37 milhões não estavam segurados.
O percentual de segurados poderia ser maior, de fato, mas quando comparamos com o número de pessoas que possuem seguro de vida, a diferença é gritante. De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, apenas 19% dos brasileiros tinham algum tipo de seguro de vida em 2017.
A diferença é ainda maior quando comparada a outros países. O mesmo estudo da Universidade de Oxford mostrou que a média em outras 11 nações é de 32%, índice 68% maior do que temos por aqui.
É comum ter dúvidas em relação a este tipo de seguro ser um investimento ou um cuidado. Além disso, o fato de não saber muito bem como ele funciona é um impeditivo que influencia diretamente na penetração dos seguros de vida na população brasileira.
Se você também tem essas e outras dúvidas, fique tranquilo, pois acabou de vir ao lugar certo. Continue conosco para aprender mais sobre um tema tão importante e, assim, entender como essa é uma ótima escolha para você e sua família, independentemente de sua idade.
Como funciona o seguro de vida?
Essencialmente, de forma muito parecida ao que acontece com o seguro automotivo: quando acontece algo que foge dos planos, ele entra em ação para ajudar a lidar com o ocorrido. Porém, neste caso, os beneficiários podem tanto ser o próprio contratante quanto seus familiares.
Geralmente, o titular, ou seja, a pessoa que contrata um seguro de vida, pode incluir diferentes coberturas, como as seguintes:
- Morte;
- Garantia funeral;
- Despesas médico-hospitalares;
- Invalidez acidental permanente, total ou parcial;
- Diárias por internação hospitalar;
- Diárias por incapacidade temporária por Acidente;
- Doenças graves;
Assim como também acontece no seguro automotivo, as coberturas variam de acordo com o que o titular contratar. Por isso, cada apólice tem suas peculiaridades, o que significa que duas pessoas podem ter um seguro de vida, inclusive da mesma seguradora, mas com coberturas totalmente diferentes.
No seguro de vida, os beneficiários possuem um papel ainda mais importante do que ocorre em outros tipos de seguro, como no automotivo. Afinal, eles correspondem às pessoas que o titular escolhe para receber o valor do seguro em caso de morte.
Geralmente, os beneficiários escolhidos são o cônjuge e os filhos. Porém, o titular tem a opção de escolher outras pessoas caso queira, como amigos, vizinhos, parentes mais distantes ou mesmo herdeiros.
Há casos em que o próprio titular pode receber o valor do seguro, como quando ele apresenta invalidez acidental, tem alguma doença grave ou foi acometido por uma doença terminal. Ainda assim, a contratação do seguro de vida é bastante pensada na subsistência da família caso algo venha a ocorrer com o titular.
Quanto custa o seguro de vida?
O valor do prêmio (prestação paga pelo segurado, que pode ser mensal ou anual) depende muito das coberturas escolhidas, além de vários outros fatores, como os seguintes:
- Faixa etária;
- Condições de saúde;
- Profissões de risco;
- Sexo;
- Hábitos;
- Prática de esportes radicais;
- Histórico familiar.
Em tese, quanto maior for o “risco” do titular, maior tende a ser o valor do seguro de vida. Assim como é feita uma análise do perfil do condutor para determinar quanto ele terá que pagar em seu seguro automotivo, o mesmo princípio se aplica à precificação do seguro de vida.
Por exemplo, uma pessoa de mais idade, que tenha algum tipo de doença grave e histórico familiar de outras doenças, geralmente terá um custo maior em seu seguro do que outra pessoa mais jovem, sem histórico de doenças na família ou condições graves de saúde.
Ainda assim, cabe ressaltar que o preço do seguro de vida costuma ser significativamente mais baixo que o do seguro automotivo.
Ainda assim, para saber exatamente quanto custará um seguro para o seu perfil, é fundamental fazer uma cotação com a seguradora, com todas as coberturas desejadas.
Afinal, o seguro de vida é um investimento ou um cuidado?
Depende muito do ponto de vista. Sumariamente este é um cuidado, mas ao considerar os benefícios que ele pode trazer, seja para o titular, para sua família ou para os beneficiários escolhidos, porém, ele também passa a ser um investimento.
Além de contar com as coberturas tradicionais do seguro de vida, os segurados podem recuperar uma parte do valor investido se o segurado desejar ou encerrar a cobertura.
Salvo este tipo, o valor investido no prêmio do seguro não pode ser resgatado, seja pelo segurado ou por seus beneficiários. Porém, caso aconteça algo inesperado, as pessoas, que o titular escolheu, receberão uma indenização que pode ser de grande valia para lidar com um momento tão delicado.
Caso o titular contrate um seguro mais completo, ele mesmo pode desfrutar da indenização, como quando se opta pela cobertura por Invalidez Permanente, Total ou Parcial por Acidente, despesas médico-hospitalares, diárias por incapacidade temporária por acidente.
Portanto, no final das contas, o seguro de vida é um cuidado e também um investimento. Afinal, pensar nas pessoas que você ama é um investimento a curto, médio e longo prazo, garantindo que elas possam lidar com alguma eventual situação inesperada com maior tranquilidade e conforto.
Além disso, como o custo do seguro de vida costuma ser bem mais baixo que o de outros seguros com os quais estamos acostumados, especialmente o seguro automotivo, ele se coloca como uma alternativa financeiramente viável e que, portanto, merece estar entre as suas prioridades.

Maria Gabriela Ortiz
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