Sinpospetro alerta para os perigos do benzeno nos postos de gasolina de MS
29 de setembro de 2022Os trabalhadores dos postos de gasolina são uma das categorias profissionais mais expostas ao benzeno, substância presente nos combustíveis e considerada cancerígena. O risco de contaminação se dá em ações comuns no cotidiano dos frentistas, como secar a mão em uma estopa e guardá-la no bolso, encher o tanque dos carros acima do “click” (margem de segurança) ou permanecer sem máscara enquanto os reservatórios dos postos são abastecidos. O benzenismo é tema de campanha permanente do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso do Sul – Sinpospetro/MS.
“O benzeno representa um perigo tanto para os frentistas e demais funcionários de postos de combustíveis como também para o próprio consumidor na hora do abastecimento de seu veículo”, afirma José Hélio da Silva, presidente do Sinpospetro/MS, que tem procurado, por intermédio de toda sua diretoria, conscientizar trabalhadores e empresários, donos de postos, sobre os cuidados que se deve ter para evitar a contaminação.
O Sinpospetro/MS confeccionou material didático sobre “Os perigos do benzeno”, com informações da Fundacentro, que é distribuído nos postos de abastecimento da Capital e de todo interior de Mato Grosso do Sul. Esse material traz explicações sobre: O que é o benzeno, onde tem o benzeno, Como ele entra no corpo humano e como ele afeta a saúde das pessoas.
O assistente jurídico do Sinpospetro-MS, Jardel do Nascimento ressalta que esse material tem sido muito importante na formação de uma consciência preventiva à exposição ao benzeno. Ele destaca que o material traz também informações de como diminuir a exposição ao produto. “A única formas de prevenção é a não exposição, mas como precisamos trabalhar, é importante a adoção de medidas como:
Coletiva: Adoção de novas tecnologias de recuperação de vapores nos postos de combustíveis;
Individual: Não usar “paninho” (estopas e flanelas);
Sempre utilizar o abastecimento automático;
Lavar as mãos, evitar comer na pista;
Não puxar gasolina no tanque com a boca. Retirar o combustível do tanque do carro somente com bomba adequada para este procedimento;
Não cheirar a tampa do tanque ou aproximar a orelha ao tanque do carro;
Não lavar a roupa de trabalho junto com outras roupas;
Usar máscara para vapores orgânicos na coleta de amostra na medição do tanque e no desabastecimento do caminhão;
Fazer exame de sangue e cada seis meses, para ser avaliado pelo médico”
Por Wilson Aquino