Suinocultura tem potencial para gerar 2,8 mi m³ de biogás por dia

18 de novembro de 2022 Off Por Ray Santos
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A iniciativa que transforma resíduos em fonte de energia, reduzindo os impactos ambientais, foi tema na COP 27

A transformação de dejetos das granjas suínas, em energia limpa, foi tema nesta quinta-feira, na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima no Egito – COP 27. 

Durante o painel “Produção de energia elétrica pela captação de gás metano via dejeto de suinocultura”, o suinocultor e diretor da Associação Sul-matogrossense de Suinocultores – Asumas, Celso Philippi Júnior, apresentou dados e destacou o potencial da suinocultura na produção de energias renováveis.

Segundo o suinocultor, o Brasil conta com um potencial para gerar mais de 2,8 milhões de m³ de biogás por dia, além de sequestrar cerca de 9 milhões de toneladas de carbono equivalente.

O que poderia ser um grande passivo ambiental, a suinocultura tem transformado em uma solução sustentável. Além de contribuir com a redução de gastos com combustível e com energia elétrica, o biogás é fundamental para ajudar o Brasil a alcançar as metas relacionadas à redução de gases do efeito estufa.

Em vez de poluir o ambiente, rejeitos de suínos viram matéria-prima para gerar energia limpa”.
Diferente do que ocorre com os combustíveis fósseis, o biogás é produzido pela decomposição da matéria orgânica, impedindo a contaminação do lençol freático e a poluição da atmosfera, por meio do gás metano.

Apesar de toda potencialidade, o país ainda aproveita pouco dessa iniciativa.

“Temos uma capacidade de produção de energia de 5,7 GW por ano, mas no Brasil, o que é explorado representa menos de 10% dessa capacidade, isso ainda se deve por ser uma iniciativa relativamente nova e que acaba gerando um custo elevado para pequenos suinocultores implementarem nas granjas”, ressaltou Philippi.

A participação de um produtor sul-mato-grossense, dentro de um dos maiores eventos de sustentabilidade do mundo, destaca o trabalho que tem sido elaborado no Estado, na parceria do setor rural, com o governo de MS, através das políticas públicas.

“A suinocultura sul-mato-grossense dá exemplo de sustentabilidade e é peça fundamental para que o Estado alcance a meta de Carbono Neutro até 2030. O suinocultor tem aderido de forma contundente ao programa de incentivo, Isso demonstra que a suinocultura está sim, alinhada e produzindo com tecnologia, atendendo a demanda por proteína animal, e atendendo a demanda pela busca de uma energia alternativa”, destacou o superintendente de Agricultura e Pecuária, Rogério Beretta.


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