Temperatura e tarifa nas alturas: vale a pena investir em um sistema de armazenamento de energia?
8 de outubro de 2024A possibilidade de independência energética atrai, dentre outros, pessoas com trabalho remoto, aquelas que dependem de aparelhos para sobreviver e aquelas que não querem ser afetadas pelas frequentes interrupções de energia
Simone Cesário
Assessoria de Imprensa da SolaX Power
As temperaturas elevadas e as ondas de calor estão cada vez mais frequentes. Aliado a esse cenário, as chuvas abaixo da média fazem com que as tarifas de energia elétrica fiquem mais altas. Ou seja, é um período no qual, tradicionalmente, o consumo de energia aumenta e as contas também tendem a ficar mais caras. É nesse momento que vem à tona aquela pergunta: será que é viável investir em um sistema de armazenamento de energia? Especialistas irão esclarecer essas e outras dúvidas acerca do sistema de armazenamento.
Primeiramente é preciso esclarecer o que é um sistema de armazenamento de energia. Trata-se de um sistema composto por um inversor híbrido e uma bateria, que permite armazenar a energia solar excedente captada ao longo do dia. A questão é simples: o que não usou, armazena. E qual o destino dessa energia armazenada? É possível utilizá-la nos períodos em que não há produção de energia solar, como dias chuvosos ou à noite, ou mesmo injetá-la na rede da concessionária e gerar créditos ao consumidor.
A SolaX Power é uma multinacional líder em soluções para o armazenamento de energia solar. O diretor-executivo da empresa no Brasil, Gilberto Camargos, exemplifica como uma bateria com capacidade de 17,3 kWh pode manter em funcionamento vários eletrodomésticos durante um dia, seja em um ambiente residencial (casa ou apartamento), comercial, industrial ou propriedade rural.
Com essa bateria, ele pontua que é possível realizar três usos do micro-ondas, manter a geladeira por 24 horas, a TV ligada por oito horas, luzes acesas por 24 horas, carregamento de quatro smartphones, uso de cooktop de indução por 40 minutos, ar-condicionado ligado por oito horas, três usos da cafeteira, ventilador ligado por 24 horas e o uso de panela elétrica por uma hora.
“Além de uma economia expressiva na conta de energia, o sistema de armazenamento agrega valor ao tradicional sistema fotovoltaico, pois proporciona a independência energética. Cada vez mais frequentes, as quedas de energia e apagões em várias regiões brasileiras se tornaram um problema que se agrava no período de chuvas intensas, como no caso do verão brasileiro que está se aproximando. Por isso, ter a possibilidade de não ser impactado mesmo quando há interrupção de fornecimento pela concessionária, é sinônimo de tranquilidade, e, muitas vezes, evita prejuízos financeiros ou até risco à vida, no caso de pessoas dependentes de aparelhos elétricos, explica o executivo.
Mas ainda há o questionamento em relação ao preço do sistema fotovoltaico e isso também vem se desenhando em um cenário positivo para o consumidor final. “O preço desses equipamentos apresentou uma redução significativa, tendo em vista a queda no valor das baterias, além da redução em torno de 50% no valor dos módulos fotovoltaicos (que são responsáveis pela maior parte do preço de uma usina fotovoltaica). Dessa forma, a queda no preço de um sistema de armazenamento solar foi de cerca de 50% e equipara-se ao valor do sistema tradicional fotovoltaico de cinco anos atrás”, explica o executivo.
Sócio da Plug Solar Energia e responsável pelas Áreas de Operações e Marketing, Caio Lucena, afirma: “A maioria das pessoas que busca um sistema de armazenamento atualmente tem como principal motivação a necessidade imediata, como a conservação de produtos na geladeira ou a preocupação de não ficar sem energia durante interrupções no fornecimento pela concessionária, especialmente para quem aderiu ao home office”.
Contudo, as vantagens de um sistema com inversor híbrido se ampliaram nos dias de hoje. Além da atratividade da redução de preços, há também a possibilidade de utilizar o excedente de energia para gerar créditos na conta. “De forma simplificada, em um inversor híbrido, a prioridade é carregar as baterias. Em seguida, manter as cargas da casa ou comércio funcionando com os módulos fotovoltaicos. Se ainda houver energia excedente, ela é injetada na concessionária de energia, gerando créditos que podem ser usados quando o consumo da casa ou do comércio for maior que a geração de energia do mês”, explica Caio. E complementa: “Isso só é possível com inversores híbridos. Antes, seria necessário ter três sistemas: um conectado à rede (on-grid), um autônomo (off-grid) e um com backup de baterias. A tecnologia de inversor híbrido uniu essas três funções em um único equipamento”.
A queda nos preços tornou o sistema de armazenamento mais acessível a diferentes perfis de consumidores. “Antigamente, devido ao alto custo, só conseguíamos vender para clientes com necessidades muito específicas. Com a queda dos preços das baterias, principalmente as de lítio, e a entrada dos inversores híbridos no mercado brasileiro, a tecnologia está se tornando mais popular. Além disso, com o aumento anual da tarifa do fio B, o retorno sobre o investimento está ficando cada vez mais rápido.”
Mas quanto tudo isso representa em valores? Hoje, um sistema com um inversor híbrido de 6000 W e uma bateria de lítio de 5,8 kW custa cerca de R$ 45 mil. “A princípio, pode parecer um valor elevado, mas em São Paulo, por exemplo, no final de 2023, um apagão deixou alguns bairros da capital sem energia por uma semana. Com todos os prejuízos que esse apagão prolongado pode ter causado, será que o investimento seria tão alto assim?”, questiona Caio.
Também é importante considerar a garantia, que é de cerca de dez anos para os inversores e 15 anos para as baterias. “Quando se coloca tudo na ponta do lápis, o valor não é tão alto. Se as baterias forem carregadas durante o dia com os painéis fotovoltaicos e, à noite, no horário de ponta, a energia for injetada na rede, o retorno do investimento ocorre em cinco anos (para quem compra energia em alta tensão), considerando que as baterias têm uma durabilidade mínima de 16 anos. No horário de ponta, a concessionária cobra tarifas altíssimas”, exemplifica Caio.
Sobre a SolaX Power – Multinacional fundada em 2012 com sede em Hangzhou, na China, e filiais em vários países, incluindo Holanda, Alemanha, Reino Unido, Austrália, Japão e EUA. Com mais de 2 mil funcionários em todo o mundo, a empresa é reconhecida por sua atuação nas áreas de pesquisa e desenvolvimento: são mais de 100 patentes internacionais e mais de 500 certificações de mercado.
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Simone Cesário – Jornalista Responsável
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