STF abre o Ano Judiciário e destaca união dos Poderes e defesa da democracia
Barroso cita Lula e reforça fortalecimento institucional; PGR acompanha sessão e avalia denúncia contra Bolsonaro
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, abriu nesta segunda-feira (3) o Ano Judiciário de 2025. A sessão solene contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e dos novos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre.
Durante seu discurso, Barroso, ressaltou a harmonia entre os Três Poderes e fez referência ao presidente Lula, relembrando sua eleição com mais de 60 milhões. O presidente do STF reforçou ainda que os chefes dos Poderes são independentes, mas unidos pelos princípios da Constituição e pelo bem do país.
O ministro defendeu o diálogo democrático e harmônico entre os Poderes. Segundo ele, “não há pensamento único, porque isso é coisa de ditaduras. As diferentes visões de mundo são tratadas com respeito e consideração”.
O presidente do STF também relembrou os ataques de 8 de janeiro de 2023 e afirmou que as instituições venceram a tentativa de golpe, garantindo a normalidade democrática. Barroso apresentou ainda projetos do STF, como a agenda de sustentabilidade e a modernização digital do Judiciário.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também discursou na solenidade. Ele reafirmou o compromisso da PGR com a defesa da democracia. Sua fala ocorre no momento em que o órgão avalia se apresentará denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 39 pessoas por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Segundo ele, este ano será marcado por pautas de “sobressaído interesse aos valores democráticos”. E, assim como essa Corte, a Procuradoria-Geral da República também está pronta para cumprir seu papel”, afirmou.
Os julgamentos do STF serão retomados na quarta-feira (5), com temas como a legalidade da revista íntima em presídios, a redução da letalidade policial no Rio de Janeiro e a revisão da anistia concedida a cabos da Aeronáutica afastados pelo governo militar em 1964.
Alta da Selic deve impactar mercado imobiliário, crédito e consumo
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa Selic de 12,25% para 13,25% ao ano, anunciada na quarta-feira (29), terá reflexos diretos em diversos setores da economia, com destaque para o mercado imobiliário e o consumo das famílias.
De acordo com Marcos Valadão, sócio da Armada Asset e especialista em gestão de investimentos, os efeitos da alta da Selic são amplos, mas o mercado imobiliário sente um impacto imediato, já que a maioria dos financiamentos está atrelada à taxa básica de juros. Com o crédito mais caro, a demanda por imóveis tende a cair, afetando as vendas e desacelerando a construção civil.
O especialista explica que a elevação dos juros não afeta apenas o setor residencial, mas se estende ao consumo como um todo, reduzindo investimentos e desacelerando a economia. O aumento da Selic encarece o crédito tanto para empresas quanto para consumidores, tornando o acesso a financiamentos mais difícil e pesando no orçamento das famílias endividadas. Esse custo mais alto não se restringe ao mercado imobiliário, mas impacta diversos setores, o que pode levar a uma desaceleração da economia como um todo e a um aumento do desemprego em áreas sensíveis ao crédito.
Além disso, o encarecimento do crédito tende a reduzir o consumo e, consequentemente, frear a atividade econômica, um dos principais mecanismos utilizados pelo Banco Central para conter a inflação. Marcos Valadão pondera que a política monetária busca equilibrar o crescimento econômico com o controle dos preços. Embora a alta dos juros reduza o ritmo da economia, ela também ajuda a atrair
investimentos estrangeiros para títulos públicos, fortalecendo o real e minimizando a volatilidade cambial. Isso contribui para evitar uma desvalorização excessiva da moeda, que poderia pressionar ainda mais os preços.
Alerta para casos de febre amarela em 4 estados do Brasil
Atenção aos moradores de São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins! O Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre o aumento da transmissão da febre amarela entre dezembro e maio, principalmente nestes estados. São Paulo concentra a maior parte dos casos em 2025, e, por isso, o governo federal está reforçando o envio de vacinas. Serão 2 milhões de doses até fevereiro, garantindo que ninguém fique sem proteção.
Além disso, equipes do Ministério da Saúde estão em Ribeirão Preto ajudando na investigação dos casos. E na próxima semana, especialistas se reúnem em Campinas para alinhar as estratégias de combate à doença.
Atenção para a vacina!
Ela é a principal forma de prevenção e faz parte do calendário nacional. Se você mora em áreas de risco ou vai viajar para regiões rurais e de mata, verifique sua carteira de vacinação e procure um posto de saúde pelo menos dez dias antes da viagem.
Quem deve se vacinar?
- Crianças a partir de 9 meses
- Adultos até 59 anos que nunca tomaram a vacina
- Pessoas que receberam a dose fracionada em 2018 e vão viajar para áreas de risco
E para os idosos acima de 60 anos? A vacinação pode ser feita, mas sempre com uma avaliação médica antes.
Sintomas da febre amarela:
- Febre alta
- Dor de cabeça
- Dores no corpo
- Náuseas e vômitos
Em caso de surgimento desses sintomas, procure um médico imediatamente e informe se esteve em áreas de risco. Proteja-se!
Use roupas compridas, aplique repelente e evite locais de mata sem estar imunizado. A febre amarela pode ser grave, mas com prevenção e informação, todos podem ficar seguros!
Reportagem, Janary Damacena