Mesmo vivendo imersa no universo digital — e trabalhando com hashtag#MarketingDigital —, tenho uma predileção que pode soar um tanto anacrônica para alguns: escrever à mão. Sim, papel e caneta ainda são meus aliados mais fiéis quando o assunto é organizar ideias, anotar compromissos, dar início a estratégias, memorizar conceitos ou simplesmente deixar fluir o que vai no pensamento e no coração. Gosto também da agenda, dos livros físicos, jornais e revistas impressos. Aquele cheiro de uma nova impressão que desencadeia uma sensação nostálgica. Memória afetiva que ainda agrega.
Talvez isso venha também da minha formação: acredito que todo bom jornalista 40 + – assim como eu, rs – ganha, compra e coleciona blocos! O gravador do celular, por exemplo, salva todas as palavras ditas em uma entrevista, mas é o papel que organiza. Entre pautas apressadas e entrevistas inesperadas, é o meu caderninho que ampara, estrutura e dá direção. Para mim, a escrita manual é, muitas vezes, o ponto de partida da apuração, da reflexão e da narrativa.
Escrevo para mim. O bom e velho “papel e caneta” tem algo de terapêutico, quase mágico. E, a ciência comprova:
• Organização mental: Escrever à mão ajuda a estruturar ideias com mais clareza.
• Memorização e aprendizado: Estudos mostram que reter informações é mais fácil ao escrever manualmente.
• Criatividade fluída: A escrita manual estimula conexões criativas e espontâneas.
• Desconexão saudável: Um momento offline para respirar, refletir e se reconectar consigo.
• Registro afetivo: O papel guarda emoções e intenções que o digital nem sempre transmite.
• Ritual de autocuidado: Escrever pode ser um gesto de presença, escuta e acolhimento pessoal.
No fim das contas, escrever à mão é mais do que uma escolha de ferramenta. Em um mundo acelerado, é uma forma de parar, escutar e se reconectar com o que realmente importa.
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