Evento, dia 20 (quinta-feira), divulgará resultados do relatório sobre como está o transporte de cargas no país
Foto: Youtube
O workshop será uma oportunidade para compartilhar experiências, discutir temas relevantes e fortalecer laços entre as principais lideranças do setor.
Além disso, busca promover a atualização e a transparência dos dados e de análises sob gestão do poder público, e identificar e incentivar ações estruturantes que impulsionem o desenvolvimento do transporte ferroviário de cargas domésticas..
André Ferreira, diretor-executivo do IEMA, participará do painel “O Planejamento Estratégico e a coerência das políticas públicas para o fomento do atendimento ferroviário ao Mercado Doméstico de Cargas”, que tem como meta refletir sobre a consistência entre os objetivos de aumentar a participação ferroviária no transporte, as políticas públicas e o arcabouço regulatório que mantêm a dinâmica atual do setor.
A presença do IEMA no evento reforça seu compromisso com a institucionalização de um processo decisório no setor de transporte de cargas transparente e incorpore as questões socioambientais do país.
Desde o ano passado, o instituto tem realizado estudos e promovido conversas com os setores públicos e organizações da sociedade civil para aprofundar a questão.
Sobre o acórdão
O Relatório de Levantamento sobre o Mercado Doméstico de Cargas, Acórdão 2000/2024 – TCU – Plenário, buscou identificar o potencial ferroviário subutilizado no mercado doméstico de cargas, analisando suas características e necessidades para subsidiar ações de fiscalização de políticas públicas no setor.
Foram mapeadas ineficiências no sistema de transportes e insatisfações dos usuários, evidenciando o desequilíbrio da matriz de transporte e seus impactos.
O documento mostrou que grande parte da malha ferroviária do país está subutilizada, com 36,3% sem tráfego, 22,76% com tráfego baixíssimo de menos de um par de trens por dia e, apenas, 12,66% com alta intensidade de uso.
O estudo também destacou a ênfase quase exclusiva das ferrovias do país no transporte de commodities, em detrimento do abastecimento interno.
No mercado doméstico de cargas, o TCU apontou escassez de informações estruturadas, com dados processados a partir da matriz origem-destino do Plano Nacional de Logística (PNL) 2035.
O texto também aponta lacunas nas políticas públicas como a ausência de diretrizes claras e falhas no planejamento logístico.
O Brasil investe pouco em infraestrutura de transportes, priorizando o modal rodoviário, o que contradiz os objetivos de racionalização da matriz.
Além disso, o estudo constata a necessidade de maior transparência nos dados e protagonismo no planejamento para impulsionar a participação ferroviária no mercado doméstico de cargas.
Programação:8:30 – 9:00 Credenciamento9:00 – 9:30
Abertura.9:30 – 10:30
Apresentação dos resultados do Levantamento sobre o Mercado Doméstico de Cargas
10:30 – 11:00 Intervalo
11:00 – 12:30 Painel 1 – O Modelo de Negócios Ferroviários Atual é adequado para o atendimento ao Mercado Doméstico de Cargas? Objetivo: Debater sobre a adequação do modelo de negócios e das políticas públicas atuais às demandas do abastecimento interno, considerando a predominância fática e cultural do modelo agro-mineral-exportador.
Sérgio Pinheiro Torggler – Professor de Escola Técnica (Etec) da fundação Centro Paula Souza/SP Davi Barreto, Diretor Presidente da ANTF – Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários Luis Baldez, Presidente da ANUT – Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga Hélio de Sousa – Diretor do Departamento de Outorgas Ferroviárias do Ministério dos Transportes Debates: (20’)12:30 – 14:00 Almoço
14:00 – 15:30 Painel 2
– Inovações tecnológicas para atender às demandas do Mercado Doméstico de Cargas frente às especificidades da Malha AtualObjetivo: Objetivo: Debater como avanços tecnológicos podem viabilizar operações ferroviárias mais eficientes para o transporte de cargas gerais/domésticas na malha ferroviária atual, enfrentando suas características e diversificando o uso das ferrovias para além do setor agro-mineral-exportador.
Representante da Wabtec CorporationVicente Abate, Presidente da ABIFER – Associação Brasileira da Indústria FerroviáriaRepresentante da ABOL – Associação Brasileira de Operadores Logísticos Cláudio Frischtak (a confirmar) – Especialista em infraestrutura Debates: (20’)15:30 – 16:00 Intervalo
16:00
– 17:30 Painel 3
– O Planejamento Estratégico e a coerência das políticas públicas para o fomento do atendimento ferroviário ao Mercado Doméstico de CargasObjetivo: Refletir sobre a consistência entre os objetivos de aumentar a participação ferroviária no transporte, as políticas públicas e o arcabouço regulatório que mantêm a dinâmica atual do setor.Maurício Ferreira Wanderley – Diretor na Unidade de Auditoria Especializada em Infraestrutura Portuária e Ferroviária do TCU – Tribunal de Contas da UniãoMarcelo Montalvão – Coordenador-Geral de Auditoria na CGU – Controladoria Geral da UniãoLeonardo Ribeiro – Secretário Nacional de Transporte Ferroviário do Ministério dos Transportes André Ferreira, Diretor-Executivo do Instituto de Energia e Meio Ambiente
Marcus Quintela – Diretor da FGV Transportes na Fundação Getulio VargasDebates: (20’)17:30 – 18:00 Encerramento
Isis Nóbile Diniz WhatsApp: (11) 98116-4880 E-mail: isis@energiaeambiente.org.br