Fundo gerido pelo Ministério das Comunicações apoia o CPQD com pilotos de transmissão em tempo real de imagens médicas
Foto: Divulgação/ASCOM/Miguel Alves-PI Para otimizar o acesso à saúde, especialmente em áreas remotas, o Ministério das Comunicações destinou R$ 7,3 milhões, por meio do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel), ao CPQD.
O objetivo é apoiar o projeto 5G Saúde, que reúne iniciativas de conectividade voltadas à inovação na telemedicina brasileira.
Um dos testes está sendo realizado em Miguel Alves (PI), com pacientes da zona rural atendidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e médicos da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, localizados na capital paulista.
“A telemedicina é uma realidade, mas precisa de conectividade e evolução para ser eficiente e atender pacientes que estão distantes dos grandes centros ou com dificuldade de locomoção. Temos apoiado o CPQD em testes que contribuam para a redução de barreiras geográficas entre um médico e a pessoa que precisa de atendimento. O Funttel é destinado a projetos de inovação e avanços tecnológicos em diversas áreas”, afirmou o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho.
Iniciado em maio deste ano, o piloto utiliza rede privativa 5G com componentes abertos e desagregados, com base no conceito de Open RAN (rede de acesso por rádio aberta).
O objetivo é avaliar se a tecnologia 5G Open RAN é adequada e eficiente para a transmissão em tempo real de imagens de exames médicos de alta complexidade, como o ecocardiograma, que exige elevada capacidade e velocidade de transmissão.
A experiência envolve o Centro de Competência Embrapii-CPQD em Open RAN e parcerias com a BP, o InovaHC (Núcleo de Inovação e Tecnologia do Hospital das Clínicas da USP) e a Samsung Brasil.
Além do piloto no Piauí, o 5G Saúde conta com outros dois projetos-piloto em andamento. Um deles, realizado em parceria com a operadora de planos de saúde MedSênior, prevê a criação de uma ferramenta segura para a troca de informações entre diferentes sistemas, utilizando blockchain e identidade digital descentralizada. Entre as aplicações previstas está um prontuário eletrônico inteligente, com controle do próprio paciente sobre quem pode acessar ou utilizar seus dados.
A plataforma poderá integrar todo o histórico de saúde do cidadão, incluindo consultas, prescrições digitais, exames, aquisição de medicamentos e retornos médicos.
Outro piloto está previsto para acontecer nos próximos meses no Hospital Estadual Mário Covas, na Grande São Paulo, em parceria com a startup brasileira UVCTEC.
A empresa desenvolveu um equipamento de desinfecção por radiação ultravioleta (UVC), destinado a ambientes como hospitais e clínicas médicas e odontológicas.
A nova versão, criada em conjunto com o CPQD e com o apoio do Funttel, contará com conectividade 5G e recursos para gestão inteligente do dispositivo, fornecendo dados como tamanho do ambiente, nível necessário de radiação para inativação de agentes patogênicos específicos, tempo de exposição e outras informações gerenciais.
Esses dados serão processados pela Pailot, plataforma do CPQD que integra Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (IA).
A integração com a unidade da UVCTEC permitirá, futuramente, o desenvolvimento de modelos preditivos de IA voltados à melhoria dos processos de desinfecção hospitalar.
“Com a integração à Pailot e a adição da conectividade 5G, proporcionada pelo projeto 5G Saúde, os usuários poderão acompanhar remotamente, em ambiente de nuvem, as condições de operação do equipamento. Dessa forma, esperamos contribuir para a redução dos casos de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), causadas por vírus, bactérias e fungos — um problema sério no Brasil e no mundo. Segundo o Ministério da Saúde, 14% das pessoas internadas em hospitais brasileiros adquirem algum tipo de IRAS”, explicou Norberto Alves Ferreira, gerente de Soluções Sistêmicas de IA e IoT do CPQD.
Ascom MCom
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