Como vender mais no Natal deste ano depois da Copa e Black Friday?
15 de dezembro de 2022Não é nenhuma novidade que o bolso do consumidor brasileiro sofre com a chegada do fim do ano, principalmente devido à Black Friday e datas comemorativas como Natal e Ano Novo. E, neste ano, temos também a Copa do Mundo, que incentiva ainda mais o consumo da população.
De acordo com o estudo Radiografia do Endividamento das Famílias nas Capitais Brasileiras, realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), a porcentagem de famílias endividadas alcançou o valor histórico de 78% no primeiro semestre, ou seja, cerca de 13,1 milhões de lares tinham alguma dívida nos seis primeiros meses de 2022.
Porém, mesmo com um cenário econômico menos favorável, os lojistas estão otimistas e esperam um aumento de 23% nas vendas do Natal com relação a 2021, como mostram dados da Pesquisa do Instituto Fecomércio-DF (IF-DF). Entretanto, para que seja possível vender bem e atingir resultados positivos após a Copa e a Black Friday, o varejo precisa adotar uma postura mais estratégica. Listamos três dicas para ajudar nessa missão. Confira:
Se atente às tendências de comportamento
Um dos principais pontos para conseguir aproveitar as datas e de fato alavancar as vendas é estar por dentro das tendências e entender o comportamento do consumidor. “Depois da pandemia, a expectativa é sempre por uma experiência híbrida. Nesse sentido, algumas pesquisas sobre o assunto têm demonstrado que dois pontos mudam o jogo: economia e confiança. A loja física é válida se for para evitar o frete, por exemplo. Já a online exige reputação e diferenciação por preço, parcelamento, frete e devolução. O ponto é entender como proporcionar a melhor experiência omnichannel, lembrando que se você for um e-commerce, pode usar do poder do ecossistema para vender em lojas parceiras”, analisa Mateus Magno, CEO da Samba Digital.
Ainda sobre omnicanalidade, o conceito de social commerce, por exemplo, veio para ficar e promete inúmeras inovações até 2025. Fazer uso das redes sociais para vender mais tornou-se indispensável para os varejistas, uma vez que a conectividade social caiu no gosto do consumidor. “O live commerce, que combina o comércio virtual com transmissões ao vivo, também deve estar entre as tendências queridinhas do Natal. A ferramenta já é vista, inclusive, como principal aliada das marcas nas datas sazonais, e pode ser utilizada por pequenos e médios varejistas que visam se destacar e garantir mais sucesso”, afirma Jackson Araújo, COO da Showkase.
Foque na análise de dados
Segundo o estudo “A evolução das startups no setor de varejo”, desenvolvido pela Liga Ventures em parceria com a PwC com o objetivo de analisar a inovação nesse mercado, de 2021 para este ano o segmento teve aumento de 17,85% no volume de empresas. Entre as 373 startups ativas, 5,6% são voltadas para a análise de dados.
É fato que as organizações se atentaram para a importância da coleta e análise de informações que auxiliam a traçar o perfil do cliente, suas expectativas e satisfação com a marca, sobretudo, nas datas sazonais. “As empresas, cada vez mais, realizam pesquisas com seus respectivos clientes, pois veem o feedback do consumidor como um dado tão importante quanto aquele extraído de um relatório financeiro. Em um mercado tão competitivo, transformar a voz do consumidor em ação para melhorar sua experiência é sempre imprescindível”, afirma Tomás Duarte, cofundador e CEO da Track.co.
Blockchain e segurança
Atualmente, dentre todas as tecnologias, a blockchain ganha cada vez mais relevância em diversos segmentos. Sabemos que quando se trata de informações financeiras, os dados precisam ser altamente protegidos e invioláveis, principalmente em épocas com alto volume de vendas e transações, como é o caso de datas sazonais como Black Friday e o Natal. “Durante esse período, a solução de blockchain reduz possíveis problemas criando um sistema descentralizado e à prova de violações para registrar diversas transações. Todas as movimentações financeiras devem ser aprovadas pelas duas partes (cliente e estabelecimento) e são automaticamente atualizadas para os dois em tempo real”, afirma Pedro Santiago CEO da Idez, primeira fintech especializada em serviços financeiros para PMEs, que atua sob o modelo Bank as a service.
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