4 dicas para mulheres que desejam construir carreira como desenvolvedora

A função de desenvolvedor de software e aplicativos está classificada entre as vinte ocupações mais procuradas em nível global 

De acordo com um levantamento realizado pelo Google for Startups, o mercado de tecnologia enfrenta uma escassez de talentos em várias áreas, sendo a função de desenvolvedor de software e aplicativos classificada entre as vinte ocupações mais procuradas em todos os setores em nível global. Por outro lado, diversos fatores levam as pessoas – especialmente grupos minorizados – a descartarem a possibilidade de seguir uma carreira no campo tecnológico.

Para apoiar o avanço no setor, a {reprograma}, iniciativa de impacto social que foca em ensinar programação para mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica, priorizando negras, trans e travestis, lista 4 dicas para construir uma carreira como desenvolvedora. 

Aquisição de Habilidades e Competências
Dominar a programação é o alicerce fundamental para se tornar uma desenvolvedora de sucesso, tornando essencial aprender e praticar diferentes linguagens. No início, é crucial adquirir conhecimentos abrangentes nas linguagens mais comuns – como  Node.js,  Java, Python e JavaScript – e, posteriormente, é possível se especializar na área de maior domínio. Além disso, não subestime a importância das habilidades interpessoais, conhecidas como “soft skills”. Portanto, busque aprimorá-las por meio de treinamentos e participação em palestras.

Atualização Contínua
A tecnologia está em constante evolução e, por isso, é essencial estar atualizada com as últimas tendências e avanços. Assine boletins informativos, siga blogs, participe de conferências e webinars relacionados à área para se manter informada sobre as novidades. Isso garantirá que você esteja sempre preparada para as demandas e mudanças do setor.

Busque uma base de apoio
Sabemos que as mulheres enfrentam diversos obstáculos ao ingressar na área de tecnologia, muitas vezes devido a estereótipos de gênero e falta de confiança. Por isso, é crucial buscar uma base de apoio em grupos e comunidades que promovam a educação e o empoderamento, permitindo a troca de experiências e estratégias para superar a autossabotagem. Além disso, essa rede de contatos também facilita o networking, que desempenha um papel significativo no desenvolvimento da carreira. Encontrar uma mentora também pode ser extremamente valioso. 

Se desafie e busque experiência
Embora a carreira em tecnologia seja naturalmente desafiadora, é fundamental estar preparada para aproveitar grandes oportunidades em busca de experiência. Uma maneira eficaz de avançar nessa profissão é trabalhar em projetos de desenvolvimento pessoal, que permitem explorar e aprimorar suas principais habilidades. Ao fazer isso, você poderá enriquecer seu currículo,  criando um portfólio de alta qualidade que destacará suas capacidades. 

Esses são alguns passos importantes para construir uma carreira como desenvolvedora. As mulheres que enfrentam tais desafios podem superá-los e contribuir de forma significativa para a indústria de tecnologia, promovendo assim a diversidade e a inclusão no setor. Com dedicação e perseverança, e um mercado preparado para abrir portas para as novas gerações e grupos minorizados, em busca de superar as diversas lacunas de talentos na área, é possível alcançar o sucesso.

Sobre a {reprograma}
Fundada em 2016, pela peruana Mariel Reyes Milk e as sócias Carla de Bona e Fernanda Faria, a iniciativa de impacto social foca em ensinar programação para mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica, priorizando negras, trans e travestis, e tem o objetivo diminuir a lacuna de gênero na área de T.I. Até o momento, mais de 2 mil mulheres se formaram, sendo que mais de 71,7% se autodeclaram pretas ou pardas e 10% trans e/ou travestis. Em 2022, Nadja Brandão, mulher negra e advogada com foco em Governança Corporativa, Compliance e ESG assumiu como Diretora Executiva da iniciativa, que possui parceria com grandes empresas, como Mercado Livre, iFood e B3 Social.

Stefany Oliveira | OLIVER PRESS