Amizade: Trocas Valiosas*

Amizade: Trocas Valiosas*

31 de julho de 2024 Off Por Ray Santos
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Em uma recente entrevista, a linda e talentosa atriz Jane Fonda, no programa Her Call Daddy, foi questionada sobre qual é o benefício de ter um grupo forte de amigas? 

E ela respondeu sem titubear: “A nossa saúde. E complementou falando de um estudo de Havard que diz que não ter amigas é tão ruim para a saúde quanto fumar. As mulheres olham nos olhos, pedem ajuda, mostram vulnerabilidade e Fonda diz que essa deve ser uma das razões para as mulheres viverem, em média, 05 (cinco), 07 (sete) anos a mais que os homens. E os homens quando conversam continuam falando sobre mulheres, carros e esportes”.

Mas infelizmente trago um dado triste. A pesquisa PoderData, realizada pela Poder360 de 2 a 4 de abril de 2023, mostra que 1 em cada 4 brasileiros dizem ter, no máximo, 1 amigo próximo. Esse universo de 28% é composto por 14% que dizem não ter amigos e outros 14% que relatam ter apenas 1. O número de brasileiros que não têm amigos aumentou no último 1 ano e meio. Em setembro de 2021, no meio da pandemia de coronavírus, a taxa era de 9%. 

Tenho a benção de ter um grupo de amigas, que trocam sentimentos, emoções, fatos da vida, ideias etc; sendo a origem desses vínculos primeiramente a amizade, o bem querer, o respeito, a admiração, que somente depois ensejou também um relacionamento profissional haja vista que todas nós estamos em sintonia com interesses, assuntos similares relacionados ao Desenvolvimento Humano e Organizacional, surgindo daí também uma parceria de trabalho.

Nossas trocas são semanais e regadas a conhecimento de cursos e estudos que fazemos juntas. Trata-se de troca valiosa e que brinda a vida com muita informação e material que faz a diferença positiva. 

O que seria melhor que trabalhar com amigas queridas com leveza e propósito de apoiar nossos semelhantes e as organizações, estas últimas por quais todas nós vivemos por muitos anos?
 

Falando aqui em primeira pessoa, esses vínculos de amizade geram crescimento por meio da experiência vivida por cada um e aprendizados ilimitados, além de ser um espaço de segurança para falar, ouvir, ser quem realmente se é, sem máscaras, filtros etc., é algo sagrado, precioso e até raro; e que somente as relações verdadeiras e cheias de amor, permitem.
 

Como somos adeptas do compartilhar, mencionarei aqui sobre algumas trocas preciosas que tivemos nas duas últimas semanas, por serem boas sementes e que podem germinar por aí, quem sabe, com um efeito positivo assim como foi e é para nós? Diga-se que muitas destas trocas baseiam-se no livro “uma vida bem vivida”, cuja autora é a médica centenária doutora Gladys McGarey, Ed. Rocco., são elas:

  1. Nestes últimos tempos estamos refletindo muito sobre o ciclo da terceira idade, idosos, velhice etc, e que o fim (sentido de finitude mesmo) de um ser, que tem o privilégio de viver essa idade, dependerá de duas coisas importantes: o que aquele idoso plantou e o que, portanto, irá colher das pessoas no seu entorno; e principalmente das qualidades das relações construídas ao longo da vida
  2. Pois, segundo a experiência e o que estamos aprendendo neste sentido, nos mostra que prover o idoso com dinheiro, para quem o tem é fácil, porém dar amor, cuidado, atenção e tempo é que é o grande desafio, é o amar apesar da “inutilidade” e do trabalho que dá;

Um movimento bem interessante que percebo é a união de gerações. Tem surgido mundo afora um tipo de moradia que se especializou em mesclar gerações. É uma espécie de alternativa às casas de idosos tradicionais, acolhendo os mais velhos, que tiram proveito da rede de apoio na vizinhança, e os mais novos, que podem deixar os filhos sob os cuidados de um amigo setentão, em um dia a dia saudavelmente compartilhado, de acordo com uma reportagem publicada na Veja em 28/05/2023. 
 

  1. O maior temor não é a morte, propriamente dita, mas como serão os nossos últimos dias de vida, com quem estaremos e de que maneira estaremos especialmente pensando em nossa dignidade, bem viver e felicidade?
  2. Amor é o que há de mais importante na vida, amor em sentido amplo. O amor é cura. Importantíssima a reflexão sobre como recebo e dou amor? Segundo as palavras do apresentador e jornalista Pedro Bial “amor é o que dá sentido a vida, capacidade de se doar, de se entregar, de se submeter, de se transformar, escutar; e a maior expressão de amor é dar atenção a alguém, é cuidar de alguém;
  3. Estamos aqui por um motivo, importante entender qual a nossa real essência, a nossa missão.
  4. Vida é movimento. Esse movimento te leva em direção de sua essência? O que está te afastando de sua essência e de sua missão?
  5. Como você está construindo e nutrindo suas relações? Quais as conversas de qualidade que está tendo?
  6. Quanto vale a sua energia? 
  7. Estamos abrindo espaço, tempo, para enxergar os milagres da vida?
  8. Você está cuidando do seu EU do futuro, aquele que você quer ter o prazer e o orgulho de encontrar logo mais adiante?

Por toda a minha experiência de vida e carreira, ouso a dizer que é muito difícil alguém sem o devido apoio técnico e de acolhimento, pensar em todos estes aspectos tão relevantes da vida de qualquer um de nós, por si só. 

Lembremos que o desenvolvimento na fase madura, adulta, ao contrário da fase infantil, adolescente, não ocorre de forma espontânea e depende de um esforço intencional, consciente por parte das pessoas e organizações, trata-se do desenvolvimento vertical e não o horizontal ao qual estamos mais acostumados, depende de uma autoeducação. 

Assim, recomendo firmemente que busquem contatos de especialistas para enxergar com melhores lentes e agir nesse universo amplo de ideias importantíssimas para ir rumo ao bem viver, de maneira a ter mais leveza, consciência das direções e escolhas tomadas. 

Estamos à disposição para apoiar, estimular e facilitar um plano de ação que os levem a sair do automatismo que o dia a dia e os sistemas aprisionam as pessoas. 

Como diz a professor Lúcia Helena Galvão, no EntrePalcos “É extremamente necessário, as pessoas darem uma parada, para mergulhar em si mesmas, questionarem-se quem eu sou de fato? A sociedade precisa disso, menos para fora e mais para dentro e para cima. A essência governando a vida!”

Meu muito obrigada a essas amigas queridas e tão amadas, este texto é em homenagem a vocês, que fazem a minha vida muito mais cheia de cores, bons aromas, sabedoria e aprendizados valiosos, vocês fazem a diferença positiva em minha vida, fazendo inclusive eu refletir mais, ampliando perspectivas para melhores ações a serem implementadas.

* por Viviane Gago, advogada e consteladora pelo Instituto de Psiquiatria da USP (IPQ/USP) com parceria do Instituto Evoluir e ProSer e facilitadora pela Viviane Gago Desenvolvimento Humano. Mais informações no site


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