Brasileiros da Região Centro-Oeste pretendem fazer menos compras no fim de ano, diz pesquisa
16 de dezembro de 2022A menos de 10 dias do Natal, os brasileiros que moram na Região Centro-Oeste vão reduzir em 49% as suas compras no final do ano em comparação com o mesmo período do ano anterior. Trata-se do segundo maior percentual entre todas as regiões do país.
O dado é apontado na edição mais recente da pesquisa RADAR Febraban, divulgada nesta quinta-feira (15), que revela o balanço que a população brasileira faz do ano de 2022. O levantamento foi feito entre os dias 29 de novembro a 5 de dezembro, com 3 mil pessoas nas cinco regiões do País.
Se 49% dos centro-oestinos querem fazer menos compras, a proporção é de 45% no Norte e no Sul. O percentual ficou em 43% no Sudeste. Em todo o país, 46% dos brasileiros pretendem comprar menos.
Nem todos os resultados da pesquisa Radar são negativos na região Centro-Oeste: a grande maioria dos brasileiros está muito satisfeita com a vida que leva e muitos avaliam que 2022 foi um ano que trouxe melhorias no campo pessoal. A análise dos segmentos sociodemográficos mostra que os mais velhos estão mais satisfeitos com a vida que vêm levando do que os mais jovens (18 a 24 anos).
Quando avaliam a situação do país em geral, a opinião de que o Brasil melhorou em 2022 no comparativo com 2021 é um pouco maior do que a percepção de piora. No Centro-Oeste, as áreas em que o Brasil mais piorou e teve mais problemas em 2022 foram a da saúde (20%); inflação e custo de vida (13%); e corrupção (12%).
Já as áreas com o sentimento de que o Brasil mais teria melhorado e avançado neste ano são a do emprego e renda (22%); segurança (11%); corrupção (10%); e infraestrutura a exemplo da malha de rodovias e do setor de saneamento (9%).
Sentimentos com o futuro
Também foi divulgada nesta quinta-feira a pesquisa Observatório Febraban com expectativas dos brasileiros para o ano de 2023. Assim como no outro estudo, foram ouvidas 3 mil pessoas nas cinco regiões do País durante os dias 29 de novembro a 5 de dezembro.
Na Região Centro-Oeste, 69% dos brasileiros acreditam que o próximo governo irá ter uma relação ótima ou boa com o STF (Supremo Tribunal Federal). O índice nacional ficou em 67%. Em relação aos movimentos sociais, a proporção ficou em 54% no Centro-Oeste e em 59% em todo o país. Quando a pergunta foi sobre os bancos e o mercado financeiro, os percentuais ficaram respectivamente em 49% e 48%. E os índices ficaram em 38% e 40%, no caso do Congresso Nacional, e em 32% e 37% com relação ao empresariado.
Em geral, uma parcela 40% esperam que o próximo governo seja ótimo ou bom contra o índice nacional de 46%. Para os centro-oestinos, os setores que mais demandam atenção do Palácio do Planalto são os da educação (23%); fome e miséria (14%); corrupção (14%); e saúde (13%). Há expectativa para os primeiros seis meses de governo de que haja aumento do desemprego (40%); mais acesso ao crédito para as pessoas e as empresas (34%); e diminuição do poder de compra (40%). Os principais obstáculos seriam o comportamento dos juros, do dólar e da bolsa de valores (29%); a falta de apoio do Congresso Nacional (19%); e manifestações e a falta de apoio da população (14%).
Para 71% dos brasileiros que vivem na Região Centro-Oeste, a vida pessoal e familiar deve ficar melhor no ano de 2023. O índice nacional ficou em 74%. Para os centro-oestinos, as áreas que mais devem melhorar são a das finanças (33%); saúde física (28%); saúde mental (27%); trabalho ou emprego (24%); e relações com familiares e amigos (13%). Já o sentimento de uma piora, de um modo geral, ficou em 14% contra o índice nacional de 10%.
A íntegra do 13º levantamento Observatório Febraban, pesquisa FEBRABAN-IPESPE pode ser acessada neste link. O recorte regional poderá ser lido neste link.
Já a íntegra do levantamento de dezembro do RADAR Febraban, pesquisa FEBRABAN News-IPESPE pode ser acessada neste link. O recorte regional poderá ser visto aqui.
Agência em Foco