Cientistas desenvolvem novo exame para diagnóstico mais preciso de Alzheimer
12 de julho de 2022Exame único pode identificar a doença ainda em seus estágios iniciais e facilitar tratamento
Crédito: Dr. Fabiano de Abreu (Arquivo pessoal) Foto ilustrativa (Metróploes)
Uma nova pesquisa, publicada pela Nature Portfolio Journal Communications Medicine, identificou um novo exame capaz de diagnosticar Alzheimer ainda em seus estágios iniciais e pode significar um grande avanço ao tratamento da doença.
Pesquisadores desenvolveram o novo teste a partir de um algoritmo, anteriormente usado para classificar tumores cancerígenos, após algumas adaptações para “ensinar” o sistema a identificar alterações
decorrentes do Alzheimer, o algoritmo foi aplicado ao cérebro e foi capaz de identificar a incidência da doença através de uma única ressonância magnética.
Para a pesquisa, a equipe realizou testes em mais de 400 pacientes com diagnóstico precoce de Alzheimer e o exame apresentou resultados corretos em 98% dos casos, o que pode facilitar a identificação da doença, que atualmente consiste em diversos exames, normalmente realizados quando o paciente já apresenta déficit cognitivo.
Segundo o neurocientista e biólogo, Dr. Fabiano de Abreu, autor do artigo “Ômega 3: Coadjuvante na prevenção da doença de Alzheimer” afirma que a descoberta representa um grande avanço para a detecção e tratamento da doença de Alzheimer.
“A doença de Alzheimer ainda nao possui cura, apesar das inúmeras pesquisas realizadas ao longo dos anos. Porém, a ciência está buscando sempre por uma melhor qualidade de vida para os pacientes portadores de DA, buscando estabelecer os sintomas para melhorar a qualidade de vida para estes indivíduos.”
“De fato, quanto mais cedo adotarmos medidas preventivas ou de tratamento, melhor será o prognóstico do indivíduo, uma vez que a perda neuronal não é tão intensa nas fases iniciais de declínio cognitivo quanto quando a demência já está estabelecida” Ressalta.
O que é Alzheimer?
A doença de Alzheimer é uma forma de demência, comumente atinge pessoas idosas, afeta diversas habilidades, como memória e raciocínio.
Atualmente, a doença não tem cura, mas os medicamentos utilizados amenizam os sintomas e promovem maior bem-estar às pessoas que sofrem do mal.
Sobre Dr. Fabiano de Abreu
Dr. Fabiano de Abreu Agrela, é um PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências.
É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva.