CNEN, autarquia vinculada ao MCTI, investe na solução para armazenamento de rejeitos radioativos

CNEN, autarquia vinculada ao MCTI, investe na solução para armazenamento de rejeitos radioativos

15 de setembro de 2023 Off Por Marco Murilo Oliveira
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Centena tem capacidade de coleta de 60 metros cúbicos de descarte

A energia nuclear está presente na vida do ser humano de diversas formas, seja na medicina, agricultura, indústria, produção de energia elétrica e no meio ambiente. Sendo assim, os rejeitos contendo radiação merecem muita atenção e também cuidados especiais.

Por isso, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)- unidade vinculada do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), criou o Centena – Centro Tecnológico Nuclear e Ambiental como solução para o armazenamento de rejeitos radioativos no país.

O centro terá a função de pesquisa nuclear, sustentabilidade, conhecimento e depositório de rejeitos radioativos. Sua infraestrutura é formada por: centro de visitantes, laboratório, oficina, local de acondicionamento, bacia de coleta, trincheira e depósito.

A previsão de início de operação do Centena é em 2026 e o centro funcionará por 60 anos, com capacidade para 60 metros cúbicos de rejeitos. As empresas e indústrias que trabalham com materiais de baixa e média radiação poderão utilizar o serviço do Centena para dispensar seus rejeitos seguindo todas as normas de segurança e cumprimento às leis ambientais. O custo para armazenamento de descartes ainda será definido.

“O CENTENA é a solução para garantir a sustentabilidade do setor nuclear nacional, provendo um local dedicado ao armazenamento centralizado e definitivo de seus rejeitos, respeitando a qualidade de vida no presente e para as gerações futuras“, fala a engenheira Química e Nuclear e pesquisadora do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia da Nuclear (CDTN) do CNEN, Clédola Cássia Oliveira de Tello.

O Centena ficará localizado na região Sudeste onde tem maior volume de rejeitos do país. O terreno na cidade escolhida para instalação, tem entre 20 e 40 hectares, e ainda está em processo de homologação pelo MCTI.

Vale salientar que os radioelementos ficam uma média de 30 anos dentro dos produtos/materiais descartados. Por isso é necessário – 10 meias vidas, ou seja, 300 anos de armazenamento para que o local não apresente risco à saúde. Sendo assim, o Centena trabalhará 60 anos em operação, e outros 300 apenas para segurança institucional.

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação


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