Com a maior população do Centro-Oeste, Goiânia (GO) ocupa os primeiros lugares nas maiores receitas e despesas da região

21 de novembro de 2022 Off Por Ray Santos
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Dados são do anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil e trazem, ainda, as capitais Campo Grande (MS) e Cuiabá (MT) em destaque nos rankings

Com uma população de pouco mais de 1,55 milhão de habitantes, a capital Goiânia (GO) ocupa o primeiro lugar nos rankings de maiores receitas e maiores despesas da região Centro-Oeste em 2021. Os dados são do anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), e apontam que o município totalizou R$ 6,16 bilhões em receitas e R$ 6,06 bilhões em despesas no ano passado.

Em segundo lugar entre as maiores receitas e despesas do Centro-Oeste está a capital Campo Grande (MS), que totalizou R$ 4,67 bilhões em receitas e R$ 4,49 bilhões em despesas em 2021. Já na terceira posição aparece Cuiabá (MT), com R$ 2,94 bilhões em receitas totais e R$ 2,93 bilhões em despesas.

Complementando o ranking das maiores receitas do Centro-Oeste, aparecem os municípios de Aparecida de Goiânia (GO), com R$ 1,60 bilhão; Anápolis (GO), com R$ 1,38 bilhão; Rondonópolis (MT), com R$ 1,34 bilhão; Rio Verde (GO), com R$ 1,32 bilhão; Dourados (MS), com R$ 1,05 bilhão; Várzea Grande (MT), com R$ 876,02 milhões; e Três Lagoas (MS), com R$ 831,37 milhões.

No ranking das despesas, além das três capitais, aparecem Anápolis (GO), com R$ 1,35 bilhão; Rio Verde (GO), com R$ 1,10 bilhão; Várzea Grande (MT), com R$ 869,39 milhões; Dourados (MS), com R$ 844,55 milhões; Três Lagoas (MS), com R$ 731,18 milhões; Corumbá (MS), com R$ 618,58 milhões; e Sinop (MT), com R$ 578,34 milhões.

RANKING 1 – AS 10 MAIORES RECEITAS TOTAIS DA REGIÃO CENTRO-OESTE EM 2021

RANKING 2 – AS 10 MAIORES DESPESAS TOTAIS DA REGIÃO CENTRO-OESTE EM 2021

Brasil: receitas subiram 6,1% e despesas aumentaram 1,3%

Os dados do anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil apontam que, em 2021, a receita total dos municípios aumentou 6,1%, totalizando R$ 856,20 bilhões. A publicação destaca que, em 2020, mesmo diante das adversidades causas pela pandemia, as receitas municipais já haviam registrado um aumento de 6%, puxado pelos auxílios financeiros concedidos pela União para o combate à covid-19.

Tânia Villela, economista e editora do anuário, explica que o bom resultado das receitas totais em 2021 está associado à evolução de 4,6% do PIB e ao desempenho das receitas correntes, que cresceram 7,2%, alcançando a soma de R$ 828,73 bilhões.

Enquanto a receita total subiu 6,1%, o aumento das despesas foi bem inferior, de 1,3%, em valores corrigidos pelo IPCA, somando R$ 787,12 bilhões. Esse resultado foi fortemente influenciado pela contração de 1,7% nos gastos com pessoal, acontecimento inédito desde 2002. A redução de R$ 6,27 bilhões puxou os desembolsos dos municípios com os servidores para o patamar de R$ 367,05 bilhões.

“Essa retração ocorreu por conta da Lei Complementar nº 173/2020, que concedeu os auxílios financeiros aos entes subnacionais, porém vetou, como contrapartida, as contratações e os reajustes salariais ao funcionalismo até o final de 2021, visando preservar da saúde fiscal dos entes subnacionais. As despesas de custeio, por sua vez, elevaram-se pelo quarto ano consecutivo, desta vez em 6,1%, para atingir R$ 336,77 bilhões em 2021”, finalizou Tânia.

RANKING 1 – AS 10 MAIORES RECEITAS TOTAIS DO PAÍS EM 2021

RANKING 2 – AS 10 MAIORES DESPESAS TOTAIS DO PAÍS EM 2021

C2 – Aline Diniz | Kelly Kalle


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