COP28: MME e Acelen discutem cooperação internacional para a transição energética
8 de dezembro de 2023Avanços regulatórios do Combustível do Futuro foram apresentados à empresa, que é vinculada a um dos maiores fundos soberanos do mundo
O secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, representou o Ministério de Minas e Energia (MME) durante reunião com a empresa de energia Acelen, criada pelo Fundo Suberano de Abu Dhabi, Mubadala Capital. No encontro desta quinta-feira (7/12), que faz parte da agenda de atração de investimentos da delegação brasileira, foi reforçada a importância da colaboração entre Brasil e Emirados Árabes Unidos e integração de investimentos privados e cooperação internacional para a transição energética.
Elaborado para criar marcos legais importantes para combustíveis sustentáveis como o diesel verde e o bioquerosene de aviação, o Projeto de Lei Combustível do Futuro foi destacado em várias agendas do MME na COP como parte de um pacote de iniciativas legislativas que vêm sendo privilegiadas tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado Federal, com o apoio do MME.
Ao longo de diversos encontros bilaterais, painéis e rodadas com investidores, o Combustível do Futuro foi apresentado também como um marco que dará a segurança regulatória necessária, associada à estabilidade política e econômica, para que os investidores optem por investir no Brasil.
Inovação e agricultura familiar
Uma iniciativa bem-sucedida do Brasil, que produz biocombustível a partir de oleaginosas, como a macaúba, foi apresentada como ação de redução de desigualdades e valorização da agricultura familiar.
O projeto da macaúba, do qual o Fundo Mubadala e a Acelen são parceiros, é uma iniciativa de biorrefino na Bahia, com sistema de produção de 20 mil barris de diesel verde equivalente e combustível sustentável de aviação (SAF), com o diferencial de ser feito a partir de óleos vegetais, especialmente macaúba e óleo de palma.
De um modo geral, os biocombustíveis e áreas relacionadas, como a captura e estocagem de carbono, devem atrair mais de R$ 200 bilhões em investimentos até 2037, estimulando que pequenos agricultores invistam tanto na produção de alimentos quanto na de matéria-prima para combustíveis sustentáveis.
Ministério de Minas e Energia (MME)