CPI das Invasões de Terras aprova 21 requerimentos em última sessão antes do recesso

CPI das Invasões de Terras aprova 21 requerimentos em última sessão antes do recesso

16 de julho de 2023 Off Por Ray Santos
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Entres eles o convite ao secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os atos de invasão de terras no país, aprovou, nesta quarta-feira (12), os convites a Marcelo Werner, secretário de Segurança Pública da Bahia, e ao coronel Paulo José Reis de Azevedo, comandante da PM da Bahia. O estado foi um dos principais alvos das invasões desde janeiro deste ano.

Também foi aprovada a convocação de João Henrique Bernardes, auditor da CGU, e o pedido de informações a Suzano sobre as invasões na Bahia e ao Banco Central, sobre o LeftBank – instituição financeira ligada a ações do MST. Nesta terça-feira (11), os parlamentares da CPI requisitaram o convite do general Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do GSI – a análise da convocação do general será analisada após o recesso parlamentar.

Durante o debate, o presidente da comissão, deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) destacou que o número de invasões do MST, sob o governo Lula, despencou após a instalação da CPI. Apenas um ato ocorreu desde o início dos trabalhos do colegiado. Entre janeiro e maio deste ano, foram registradas 56 ocupações.

“Estamos conversando e dialogando com todos os parlamentares, sabemos que têm inúmeras famílias querendo produzir e por essas iremos lutar, por uma Reforma Agrária descente”.

Zucco afirmou que na volta do recesso parlamentar, no mês de agosto, o foco dos trabalhos na comissão será em apurar crimes como extorsão, invasão de terra, agressão e trabalho análogo a escravidão.

“Não é batendo boca que vamos resolver a solução da agricultura do pequeno, médio e grande produtor. Que essa CPI possa continuar entre agosto e setembro para que não tenhamos mais invasões e que as titulações possam acontecer sem precisar invadir e sem sair da democracia”, enfatizou o parlamentar

Vice-presidente da CPI, o deputado Kim Kataguiri (UNIÃO-SP) ressaltou que a comissão valoriza a agricultura familiar e o trabalho é atuar contra crimes.

“Não há ninguém contra a Reforma Agrária, o que está sendo discutido é a necessidade de dar dignidade para que a pessoa possa plantar o seu próprio cultivo na sua terra. Ou seja, não foram dadas condições mínimas para a pessoa se manter naquela terra”, declarou Kim Kataguiri.

O deputado, que é membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), destacou ainda que a comissão recebeu denúncias de extorsão contra lideranças de movimentos sem-terra, que invadiram propriedades produtivas privadas, principalmente no Estado de São Paulo.

“Esse é um debate que vamos ter nessa comissão em agosto para mostrar que de defesa da Reforma Agrária e dos mais vulneráveis, esse movimento não tem nada,” completou.

A próxima reunião extraordinária está marcada para o dia 1° de agosto, às 10h.

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