ELEIÇÕES 2022 Quaest 2º turno: Lula tem 54% e Bolsonaro 46% de votos válidos

Na pesquisa anterior, divulgada em 6 de outubro, Lula e Bolsonaro tinham esses mesmos percentuais

Por TERO QUEIROZ – 13/10/22 às 15H01 atualizado em 13/10/22 às 16H39

Esses são Lula (dir) e Jair Bolsonaro (esq.). Fotos: Reprodução

Lula (PT) tem 54% dos votos válidos no 2º turno das eleições 2022, ante 46% das intenções de voto para Jair Bolsonaro (PL). Os números estão na pesquisa Genial-Quaest divulgada nesta 5ª-feira (13.out.2022). Eis a íntegra. 

Na pesquisa anterior, divulgada em 6 de outubro, Lula e Bolsonaro tinham esses mesmos percentuais em votos válidos — quando são incluídos os votos de indecisos, brancos e nulos. Assim que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinará quem será o vitorioso no dia 30 de outubro.  

Nessa rodada da  Quaest, em votos totais — quando considera-se os indecisos, brancos e nulos — o petista recebeu 49% das menções e o mandatário recebeu 41%. Os indecisos são 4%, e 6% manifestaram a intenção de votar em branco ou anular. Eis o gráfico: 

Por região, a pesquisa revela a seguinte configuração percentual de intenções de votos no 2º turno:

• Nordeste: 68% votam em Lula, ante 24% que dizem votar em Bolsonaro;
• Sudeste: 46% votam em Bolsonaro, ante 41% que dizem votar em Lula;
• Sul: 53% votam em Bolsonaro, ante 36% que dizem votar em Lula; 
• Centro-Oeste: 52% votam em Lula, ante 39% que dizern votar em Lula; 
• Norte: 53% votam em Lula , ante 37% que dizem votar em Bolsonaro. 

Eis o gráfico: 

Por sexo, o eleitorado brasileiro se divide da seguinte maneira: 50% das mulheres votam em Lula, ante 39% que votam em Bolsonaro. Entre os homens: 47% votam em Lula, ante 42% que votam em Bolsonaro. Nas duas análises, 6% estão indecisos, votam branco ou nulo. Eis o gráfico: 

Por idade, a mostra revela que o público idoso está bastante inclinado em votar no ex-presidente, assim como os jovens. O público menos interessado no retorno de Lula é o público de meia idade:  

• De 16 a 34 anos: 48% votam em Lula, ante 41% que votam em Bolsonaro;
• De 35 a 59 anos: 49% votam em Lula, ante 40% que votam em Bolsonaro;
• De 60 anos ou mais: 51% votam em Lula, ante 38% que votam em Bolsonaro;
• Indecisos: 4%;
• Brancos e nulos: 6%.

Eis o gráfico: 

Segundo a pesquisa, se dividir o eleitorado entrevistado nos seguimentos por escolaridade, a configuração é a seguinte: 

• Pessoas com ensino fundamental: 58% votam em Lula, ante 32% que votam em Bolsonaro; indecisos e nulos são 5% cada; 
• Pessoas com ensino médio: 46% votam em Lula, ante 44% que votam em Bolsonaro; indecisos são 4%; brancos e nulos, 7%; 
• Pessoas com ensino superior: 47% votam em Bolsonaro, ante 41% que votam em Lula; indecisos são 4%; brancos e nulos, 7%. 

Eis o gráfico:  

Essa rodada da Quaest também mostrou que as pessoas mais humildes economicamente votam em Lula homogeneamente, no revés, a classe mais rica vota homogêneamente em Bolsonaro. O público que está no meio da pirâmide social está empatada tecnicamente. Eis o gráfico: 

Os pesquisadores também questionaram entre o eleitorado que votou na 3ª (Simone Tebet – MDB) e 4º colocado (Ciro Gomes – PDT), para qual candidato destinaria seus votos agora no 2º turno. 25% dos que votaram em Tebet disseram que vão votar em Lula, ante 28% que pretende votar em Bolsonaro. 16% dos eleitores dela ainda se dizem indecisos. 31% disseram que devem votar nulo. Do eleitorado de Ciro Gomes: 54% vão votar em Lula, ante 21% que pretendem votar em Bolsonaro. 10% do eleitorado de Gomes está indeciso. 15% disseram que devem anular seu voto. Entes as pessoas que votariam branco, nulo ou se abstiveram no 1º turno, nesta segunda etapa, 45% devem votar em Lula, ante 27% que pretende agora votar em Bolsonaro. 12% disseram estar indecisos. 16%  vão votar branco, nulo ou nem pretendem comparecer às urnas. Eis o gráfico: 

Com base no histórico das eleições brasileiras, são altas as taxas de eleitores que não comparecem às urnas no 2º turno. Devido a isso, a Quaeste desenvolveu uma pesquisa considerando o método Likely Voters (Eleitores prováveis). Essa prática foi adotada nos Estados Unidos da América, para tentar acertar minimamente a participação real (conhecida apenas após a eleição), que é geralmente menor do que os auto-relatos das intenções de voto dos entrevistados nas pesquisas pré-eleitorais. Então, o desafio do pesquisador é tentar identificar quem realmente vai votar no dia da eleição e quem vai ficar em casa. Nesse cenário, um embate em Lula e Bolsonaro com verdadeiros comparecentes às urnas no segundo turno seria o seguinte: Lula teria 53% dos votos válidos dos eleitores prováveis, ante 47% de votos válidos dos eleitores prováveis que seriam depositados em Jair Bolsonaro. Eis o gráfico:  

Eleitores prováveis por região votariam da seguinte maneira:

• Nodeste: 71% votariam em Lula, ante 29% que votariam em Bolsonaro; 
• Sudeste: 52% votariam em Bolsonaro, ante 48% que votariam em Lula; 
• Sul: 59% votariam em Bolsonaro, ante 41% que votariam em Lula; 
• Centro-Oeste: 57% votariam em Bolsonaro, ante 43% que votariam em Lula; 
• Norte: 52% votariam em Lula, ante 48% que votariam em Bolsonaro.   

Eis o gráfico: 

A mostra ouviu 2 mil eleitores e eleitoras de 10 a 12 de outubro de 2022. A margem de erro é de cerca de 2 pontos percentuais para mais ou para menos em um intervalo de confiança de 95%. O código de registro no TSE é BR-07106/2022. A pesquisa custou R$ 112.865,23 pagos pelo Banco Genial. Eis a íntegra dos custos.