Estudo sobre eficiência de insumos à base de nitratos na cafeicultura recebe Prêmio Carlos Florence, da ANDA

Estudo sobre eficiência de insumos à base de nitratos na cafeicultura recebe Prêmio Carlos Florence, da ANDA

25 de setembro de 2023 Off Por Daniel Suzumura
Compartilhar

Trabalho acadêmico é conduzido há quase 10 anos pela
Universidade Federal de Lavras em parceria com a Yara Brasil

São Paulo, 25 de setembro do ano 2023 – O estudo conduzido por Leonardo Fernandes Sarkis, sob orientação do professor Douglas Guelfi, da Universidade Federal de Lavras (UFLA), na Fazenda NKG, em Santo Antônio do Amparo (MG), com foco em avaliar o uso de insumos à base de nitrato e sua relação com o aumento em produtividade e redução de emissões de gases de efeito estufa na cultura do café arábica conquistou o 1º lugar no Prêmio Carlos Florence, da ANDA – Associação Nacional para Difusão de Adubos.

A pesquisa, em parceria com a Yara, líder mundial em nutrição de plantas, vêm sendo desenvolvidas há 9 anos, desde a safra 2015/2016, e apresenta resultados relacionados ao aumento de produtividade por meio da aplicação de soluções nutricionais à base de nitrato de amônio, como as linhas YaraBela e YaraMila, em comparação à aplicação de ureia, além da redução de emissões de óxido nitroso (N2O), importante gás de efeito estufa, em 78,5%, se comparado ao uso de fertilizantes convencionais. Parte dos resultados foram recém-publicados na revista científica internacional Atmospheric Environment.

O levantamento também destaca a perda de nitrogênio por volatilização na cultura do café na mesma comparação, fertilizantes à base de nitrato x ureia, em que, na aplicação do primeiro produto, as perdas foram de 23 kg/N em oito safras, aproximadamente 0,7% do nutriente aplicado; enquanto no segundo, a perda foi de 408 kg, 18% do total do nutriente aplicado. Os resultados em café arábica comprovam que os insumos contendo nitrato de amônio podem reduzir significativamente a volatilização de amônia em relação ao uso da ureia, influenciando na eficiência de uso de nitrogênio, além de proporcionar aumento na produtividade, com ganhos de aproximadamente 4 sacas de café por hectare.

“Nosso trabalho voltado para o setor de fertilizantes, através de extenso estudo a campo, trouxe conceitos inovadores e gerou resultados inéditos, englobando tanto aspectos agronômicos quanto ambientais. Acreditamos que este estudo apoiará pesquisadores, agricultores e indústrias de fertilizantes com uma nova visão, conceitos e resultados inéditos de tecnologias de fertilizantes nitrogenados como opções interessantes para reduzir as perdas de N-NH3 por volatilização, mitigar as emissões de Gases de efeito estufa como o óxido nitroso, promover alta qualidade biológica do solo, aumentar a retenção de N no solo e aprimorar a eficiência de uso de nutrientes e a sustentabilidade dos sistemas de produção”, afirma Leonardo Fernandes Sarkis.

Para o orientador, os anos de envolvimento e dedicação ao tema tornam o estudo uma referência. “Este é um dos projetos mais completos já realizados no mundo sobre o manejo de adubação cafeeiro. Quero dedicar este prêmio a todos os pesquisadores que se empenham em estudar soluções inovadoras para o mercado de fertilizantes. Por meio de estudos como esse colaboramos com o desenvolvimento de inovações, sejam para o manejo da adubação nitrogenada, para o aumento da qualidade dos cultivos ou ainda para a redução das emissões de gases de efeito estufa”, esclarece Douglas Guelfi.

“Este é mais um importante reconhecimento em prol da inovação no mercado de fertilizantes. Por meio de pesquisas como esta, a Yara prova que é possível aumentar a produtividade na cafeicultura de forma sustentável, por meio do uso de soluções nutricionais com baixa emissão de carbono, elevando a qualidade do produto e reduzindo o impacto ambiental”, afirma Thaís Regina de Souza, pesquisadora sênior da Yara. Além das pesquisas em café, a empresa conduz diversos estudos similares nas principais culturas agrícolas brasileiras, que já mostraram resultados expressivos.

A edição do Prêmio Carlos Florence recebeu 23 trabalhos e contou com 40 participantes de universidades estaduais, federais e privadas de diversas regiões do Brasil. 

Sobre a Yara

A Yara, líder mundial em nutrição de plantas, cultiva conhecimento para alimentar o mundo e proteger o planeta de forma responsável. Para concretizar o compromisso de cultivar um futuro alimentar positivo para a natureza, oferece um portfólio de produtos de alta tecnologia com baixa emissão de carbono, desenvolve ferramentas agrícolas digitais destinadas à agricultura de precisão e trabalha em estreita colaboração com pesquisadores e parceiros da indústria para construir uma cadeia de valor do alimento cada vez mais sustentável. Com uma atuação integrada, a companhia também fornece soluções industriais para usos diversos, entre eles a redução de poluentes, melhorando a qualidade do ar das cidades.

Fundada na Noruega, em 1905, para resolver a emergente crise de fome na Europa, está presente no mundo todo, com mais de 17 mil colaboradores e operações em mais de 60 países. No Brasil, a Yara está idealmente posicionada em todos os principais polos agrícolas. Com mais de 5 mil colaboradores, a empresa atende todos os perfis de produtores e culturas, colaborando com o crescimento da agricultura e o protagonismo do país no desafio de alimentar uma população mundial crescente. Desde que se instalou no Brasil, na década de 1970, a Yara vem trabalhando para fomentar a produção de fertilizantes, reduzindo a dependência de importação de matéria-prima e modernizando a indústria nacional, em linha ao seu compromisso global com a agenda de descarbonização.


Compartilhar