Fome cai 33% no Brasil, mas ainda afeta 14,3 milhões de brasileiros, diz relatório da ONU

Fome cai 33% no Brasil, mas ainda afeta 14,3 milhões de brasileiros, diz relatório da ONU

31 de julho de 2024 Off Por Ray Santos
Compartilhar

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) mostra uma queda de quase metade (43,9%) no número de pessoas em situação de insegurança alimentar no Brasil de 2020 a 2023.

A queda foi de 33% da população em insegurança alimentar entre 2020/2022 para 18,4% entre 2021 e 2023.

O que significa que, entre 2020 e 2022, 70,3 milhões de brasileiros estavam em insegurança alimentar moderada ou grave. E entre 2021 e 2023, esse número caiu para 39,7 milhões de brasileiros.

Além disso, 30,6 milhões tinham deixado o quadro de insegurança alimentar. Apesar do recuo, a fome afeta 14,3 milhões de brasileiros.

A insegurança alimentar moderada é quando as pessoas enfrentam incerteza sobre a sua alimentação e são forçadas a comer alimentos de baixa qualidade e/ou em menor quantidade por falta de dinheiro ou outros recursos.

Já a insegurança alimentar grave é quando, em algum momento, as pessoas ficam sem comida, passam fome e, no caso mais extremo, não comem por um dia ou mais.

Presidente da República: Luís Inácio Lula da Silva

“Problemas como a fome e a pobreza serão recorrentes. Essa é outra prioridade da nossa presidência do G20. Lidar com a desigualdade também será parte desse esforço. A riqueza dos bilionários passou de 4% do PIB mundial para quase 14% nas últimas três décadas.”

O Relatório “O Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo”, foi lançado durante reunião do G20, nesta quarta-feira (24) no Rio de Janeiro.

O presidente Lula participou da reunião ministerial da Força Tarefa para a Aliança contra a Fome e a Pobreza. Em seu discurso, ele classificou a fome como “a mais degradante das privações humanas, um atentado à vida e uma agressão à liberdade” e propôs a criação de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.

Presidente da República: Luís Inácio Lula da Silva

“Os super-ricos pagam proporcionalmente muito menos impostos do que a classe trabalhadora. Para corrigir essa anomalia, o Brasil tem insistido no tema da cooperação internacional para desenvolver padrões mínimos de tributação global, fortalecendo as iniciativas existentes e incluindo os bilionários.”

Em termos globais, o relatório da ONU mostrou que, no planeta, cerca de 733 milhões de pessoas passaram fome em 2023, ou seja, uma em cada 11 pessoas no mundo. Na África esse número salta para uma em cada cinco.

Segundo o relatório anual, o mundo falha em alcançar o ODS 2 – Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, que trata da Fome Zero até 2030; e mostra que o mundo retrocedeu 15 anos, com níveis de desnutrição comparáveis aos de 2008-2009.

Reportagem, katia maia

Agência Voz


Compartilhar