Georgia Szpilman e Dília Tosta celebram os 100 anos de Maria Josephina em concerto especial na quinta-feira, 2/3, no CCJF

Georgia Szpilman e Dília Tosta celebram os 100 anos de Maria Josephina em concerto especial na quinta-feira, 2/3, no CCJF

28 de fevereiro de 2023 Off Por Ray Santos
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Com direção de Rubem Gabira, soprano e pianista homenageiam a centenária musicista recitando as doces cartas de amor escritas por seu marido, o maestro e compositor Francisco Mignone

            Celebrando os 100 anos da pianista Maria Josephina – nascida, em Belém, no dia 25 de março de 1923 – a soprano Georgia Szpilman e a pianista Dília Tosta vão apresentar o concerto “Cartas de Amor de Francisco Mignone para sua Jô”, no próximo dia 2 de março, quinta-feira, às 19h, no Centro Cultural Justiça Federal. Com direção do ator, diretor e coreógrafo Rubem Gabira, o espetáculo tem como fio condutor o amor do maestro e compositor Francisco Mignone pela pianista Maria Josephina, registrado em diversas cartas escritas ao longo dos anos para aquela que se tornaria sua esposa e companheira de uma longa e linda jornada musical e pessoal.

            Ao recitar as cartas de amor do Maestro endereçadas a sua amada pianista Josephina – ou sua Jô, como gostava de chamá-la – entrelaçadas por suas composições onde o amor e o contentamento dão vida às palavras, as musicistas realçam não apenas genialidade musical do maestro, como também sua característica romântica, delicada e sempre atento ao amor.

            Mignone nasceu em São Paulo em 3 de setembro de 1897, e seu pai o grande flautista Alfredo Mignone, foi seu primeiro professor e incentivador, logo se forma em piano, flauta e composição e em 1920 recebe uma bolsa de estudos para estudar composição em Milão, onde compõe sua primeira ópera, “Contratador de Diamantes”. Nascida em Belém do Pará, a pianista Maria Josephina passou em um concurso e ganhou uma bolsa para estudar no Rio de Janeiro. Na nova cidade, foi aluna, inclusive, de Liddy Chiaffarelli Mignone, então mulher do maestro. A professora morreu em 1962, em um desastre aéreo. Dois anos depois, aos 66 anos, Francisco Mignone se apaixonou por Maria Josephina. Casados, passaram a trabalhar juntos. Ora em concertos a quatro mãos ora Josephina tocava as peças escritas por Mignone para piano e orquestra sendo regida por ele. Assim surgiu o Duo Mignone, mantendo-se ativo por 14 anos, até a morte do maestro.

Georgia Szpilman – Soprano

            Com vasta experiência camerística e em musicais, Georgia Szpilman se destaca pela versatilidade, dedicando-se, atualmente, ao canto lírico. Tem atuado como solista em grandes produções como: Turandot (Liú), As Bodas de Fígaro (Condessa), Il Triptico, Electra, Fosca (papel título), O Condor (Odaléia), Viúva Alegre (Valentina), Cavaleria Rusticana (Lola), Norma (Clotilde), Carmen (Mercedes), La Traviata (Flora), entre outras.

            Na área de música erudita contemporânea, trabalha com a compositora Jocy de Oliveira, tendo participado do Festival Internacional de Mulheres Compositoras. Apresentou-se na 1ª Audição de Composições Brasileiras e esteve nos espetáculos da série Palavras Brasileiras – Momentos da História do Brasil em Música. Em Israel, participou do Festival de Verão de Jerusalém, cantando árias e canções de Carlos Gomes. Em Freiburg, na Alemanha, apresentou-se com árias de Wagner, Lieds e canções de Villa-Lobos. É integrante, como corista, do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Também se apresentou em inúmeros musicais de sucesso, como Sinatra Olhos Azuis e West Side Story, Anne Frank

Dília Tosta – Pianista

            Seu estudo de piano foi com o professor Pierre Klose pela UFBA; graduou-se em piano com Heitor Alimonda e em canto com Therezinha Shiavo pela UFRJ. Dedicou-se a música de camara e foi pianista co-repetidora da Escola de Música da UFRJ, atuando nas classes de graduação e de mestrado. Foi pianista acompanhadora do cantor cubano Ramon Ortega; da mezzo soprano, russa Sofia Makhametova; da soprano italiana Lília Reys; do baixo Alexandre Trick; do violoncelista Peter Dauelsberg e de Pedro Leon; e atuou em recitais com a mezzo soprano russa Oxana Kornievskaya e com o tenor russo Georgy Gaivoronskiy.

            Tem atuado com instrumentistas e cantores nas salas de concertos do Museu da República, do Forum de Ciência e Cultura, da Camara de Vereadores do Município do Rio de Janeiro, da FINEP, do IBAN, do MASP e da Sala Cecilia Meireles. Foi pianista preparadora da Companhia de Opera da Cidade do Rio de Janeiro. Realizou gravações com cantores líricos para a Radio MEC e participou da gravação do CD “Opera Brasileira em Língua Portuguesa da UFRJ”, em 1999. Foi diretora musical da Companhia Lírica do Rio de Janeiro. Em 2019 fez a direção musical e acompanhou a Ópera “Otelo”, na Cidade das Artes – Rio de Janeiro.

Ruben Gabira – diretor

            Iniciou sua carreira no musical em “Chorus Line” como ator, cantor e bailarino, sendo indicado na categoria revelação APETESP. Em Viena onde foi se aprimorar no canto, ficando por 13 anos participando em mais de 30 musicais, tais como West Wide Story, Cabaret, A Noviça Rebelde, Evita, Hair, Kiss me Kate, entre outros. Ainda em Viena, participa como “Orfeu” no Teatro Odeon de Viena. No Brasil, foi indicado como melhor ator para o Prêmio Bibi Ferreira de Teatro Musical com a protagonista Bernadete do musical “Priscilla – A rainha do deserto”. Tem atuado em seriados e novelas da TV Globo, além de dirigir e atuar em curtas para o cinema.

SERVIÇO

2/3, quinta-feira – Georgia Szpilman e Dília Tosta apresentam “Cartas de Amor de Francisco Mignone para sua Jô” no Centro Cultural Justiça Federal

Horário:  19hs                                                          

Endereço: Av. Rio Branco 241, Centro

Ingressos: R$40,00 (inteira) / R$20,00 (meia-entrada)

TEL: 21-3261-2550

Programa

Três pequenas valsas de esquina

3ª valsa de esquina

Improviso

Alma adorada

Quando uma flor desabrocha 

8ª valsa de esquina

Doce nome de você

Três pintas

Cantiga de ninar  

*Ária da Domitla – (João Guilherme Ripper)

A folhinha de pimenta

Se tu soubesses

*A inclusão da ária da ópera Domitila, do compositor Guilherme Ripper, veio da necessidade de demonstrar os segredos e a magia das cartas de amor, retratadas nesta composição, trazendo mais força e dramaticidade ao concerto.

Cezanne Com,.


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